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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Assombração Global




Como uma alma penada ando pelo mundo. Um espectro, um fantasma, um ser mesquinho e fútil cuja existência física se resume a um pequeno ponto inserido nesta Gigante Esfera, que gira continuamente sem esforço, sem dar por nós e indiferente às nossas emoções.
Os nossos sonhos insignificantes são esmagados pela imensa engrenagem.
A artificialidade condiciona.nos tornando o real em banal.
Confinados ao espaço pré-fabricado e ao ambiente controlado por ar condicionado vivemos os nossos dramas e preocupações, objectivos e ansejos, sozinhos no meio de tantos outros mortos-vivos cuja existência se resume a lutar por um lugar ao sol, e quanto mais se luta e tenta ultrapassar os obstáculos mais altos estes se tornam.
Estamos prisioneiros dum sistema podre e pestilento que nos oprime e esmaga.

E não há alternativa a um outro mundo nem lugar ao amor e ao carinho, quando este é tratado com desdém e depois dizimado como uma erva daninha.
E não há espaço para sentir alento quando tudo o que os espectros transmitem é uma frieza calculada, pesada, medida e controlada por computador.
Viajamos assim sem destino, espalhando a doença e aumentando a paranoia, e tudo é desperdiçado e as emoções são extintas.
Morrendo assim os sentimentos, terminando para sempre....



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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Berro contra a aberração

A janela existe o caminho também, a primeira está aberta de par em par o caminho à nossa frente...E a porta?Encerrada a 7 chaves. O caminho que existe é aparentemente plano contudo está cheio de armadilhas. É difícil ver com claridade o horizonte quando nos tiram e assim não há sentido. E mesmo com bom senso e sensibilidade tendo como raiz uns principios e ética justos, fica-se catalogado de proscrito. Ha julgamentos sem fundamento outros que são dados sem conhecimento de causa. Faz-se o possível para cumprir o objectivo mas este não e linear. Atiram-nos para o centro do vasto oceano e embora pareça calmo caimos no meio tempestade. E embora queríamos ser integros e rectos, as regras são alteradas sem aviso e a seu bel-prazer e anda-se em círculos. Rema-se contra a maré e afundamo-nos no pântano e ninguém nos dá a mão, por falta de fé. Surge a desmoralização e desmotivação, e leva-nos ao desespero e a um círculo vicioso de falta de comuicação que em ultima instancia redunda no nosso monólogo que é apenas um grito mudo que em nada ecoa e segue para os confins do Universo sem nunca ser escutado...

sábado, 7 de janeiro de 2012

Insatisfação


Não há contentamento que satisfaça
Nesta nossa existência curta
Todo o amor intenso passa
e um tremor o coração aperta

A exigência de tudo querer
consome-nos o corpo e alma
Só o facto de termos de ter
é tão mesquinho e
cabe numa pequena palma

Sofremos por não possuir
Vivemos em eterna desgraça
Quando chega a hora do partir
paixão amor e vida, tudo passa

Cabe-nos a nos decidir
Viver somente a razão
ora se optamos pela emoção
e quando esta chega
Está prestes a alma a ir...

Desamores


Vivemos de sonhos de espectativas e de ideais pré-concebidos e de inumeros preconceitos.
Estamos sempre à espera de encontrar o melhor emprego, a melhor casa e o amor eterno.
Certo é que cada vez me convenço que não há um amor e uma paixão para sempre.
Pois são ocnceitos que se esgotam e se desvanecem com o tempo e o que fica duma relação,
é sempre as memórias e as recordações dos bons momentos juntos.
O Homem não foi feito para estar sozinho e precisa duma companhia, mas será que essa companhia lhe dará eternamente o amor e viverá para sempre apaixonado?
O não será melhor ter como companhia a melhor amizade, a perceria, o companheirismo, o confidente, a harmonia dos seres, a sintonia das almas, e a comunhão de um conjunto de emoções e sensações que nos façam felizes? E para além de nos completarem nos complementem e nos dêem aquilo que não temos e vice-versa?
Não será melhor encontrar na parceira aquilo que nos faz falta, do que procurar uma paixão que se desvanece e vamos sempre sentir nunca a tivemos?

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

a minha desejada e desaparecida amada

O meu amor é uma ideia lindaUm formoso e terno ente e gentil ser que praí andaTerá decerto a orelha quentede tanto dela falar e não saber de nadaA minha amada é um belo e onirico conceitotudo tenho para lhe ofertarJuntei ternura, carinho e estima a preceitoPara em devida altura o destinarDar-te-ia o MUndo de BandejaSensações, emoções e demais sentirAh que torpor no peito!que até a alma aleijanão saber para onde os dirigir!Enquanto aguardo e não te vejoVou contando tudo ao Sol e a LuaPasso olhando e buscando na ruaUm sinal teu que abrace o meu desejode finalmente partilhar contigo toda o amor num singelo beijo.Agora que permaneces ausentepartilho o meu amor com a Terra e céue ora que estejas presenteSaberás: a minha alma contenteo frémito que me consome o coraçãoa tremenda e ferverosa paixãoE enfim minha amada, finalmente Tudo e muito mais será teu!