Este tanque é algo como o meu Eu ou o meu estar. Não sei se ambas.
Uma mistura de águas residuais pluviais e restantes mesclas.
Em vez de carregar água tem coisas aqui a correr e discorrer... coisas de gente, de animais, vegetais, materiais ou espirituais. Sejam elas com sentimento, pensamento, emoção e talvez alguma razão .. E se há alguma estrutura ou organização nele, é somente o formato que tem. Pois tudo o que retém são somente os restos da passagem do tempo e nada criado por mim. O que vai lá dentro não sei. Tem talvez as coisas da gente e do nosso ente quiçá Até do que se sente. e qual depósito tem-no para armazenar, esvaziar e deitar fora.
Só contém isso no fundo. No" fundo" e ao de cima!. Gostava era de saber o que deveria lá estar... no tanque isto é. Saber o que manter...e o que houvesse a mais, transbordava. Aliás porque não há nada que tenha guardado que faça sentido. Nem há nada que de lá tenha transbordado que faça falta. Ou talvez nem seja assim; e o que saiu era pertinente e ficaram apenas resíduos sem importância. O facto é que cada vez mais noto que sou apenas um veículo para vários tipos de informação: sentimental, emocional, visual, oral, cultural e documental. uma espécie de arquivo a que nunca dei o trabalho de organizar e de fazer a faxina... para saber o que reter e o que verter. Aliás não deveria fazer a faxina e antes a "fascina"! Decerto que há lixo fascinante e coisas que rejeito que são totalmente irrelevantes.....
Enfim aguarda-se um tranvase...e uma cheia...