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domingo, 26 de dezembro de 2010

amor 2!

Os casamentos de outrora, eram vistos como um contrato averbado entre duas partes. Partes essas que eram abstractas, podiam ser duas famílias, dois reinos, duas empresas, ou mesmo duas entidades que precisavam uma da outra para obterem lucros, fossem eles na forma pecuniaria, militar, territorial, heraldica, ou com objectico de meterem a mão na herança da velha. Era portanto uma acto em que firmavam um acordo social, militar ou comercial e não envolvia as duas entidades que de facto se amavam/respeitavam. Nesse acto tão intimista( no que concerne ao amor ou amizade) em que se anunciava ao mundo os valores com que se uniam, a paixao que os aproximava ou no minimo o interesse que tinham um no outro. Dito duma forma fria e calculista, os unicos seres verdadeiramente interessados, não eras relevantes para a dita cuja união. Para falar, desta ligação como uma empresa comercial, elaborava-se um pacto, com uma minuta pré-redigida, como se duma sociedade por quotas se tratasse, ou de um acordo firmado, em que os amantes, eram um bem material e e em que se toma a relação(a dois) quase como um pacto de não agressão; um papel assinado e em que as pessoas envolvidas - o casal-e volto a insistir, não têm voto na matéria, e são apenas bens.
Esta visão não tem só como base o aspecto temporal do antigamente( e a tão famigerada Idade média, ou mesmo a época salazarista que ainda é vista por muitos, com saudosismo e que ainda cria acesos debates, e como uma época dourada da nossa sociedade), em 2011, ainda há gente que se junta(une, casa, etc) e essa visão não perdeu força nem está descatualizada, em que se coloca à frente das pessoas o aspecto económico-socio-cultural, retirando mérito ao amor livre, e livre arbitrio , e querendo dar enafse a este aspecto, caindo no erro de ser enfadonho e de me repetir:As famílias retrógradas que põem a heraldica à frente do interesse pessoal e dão mais importancia ao aspecto material em desprimor do espiritual. Falo portanto num ambiente conjectural em que as pessoas que vivem ou que querem viver numa relação, e devido ao enquadramento moral, ético, cultural e social, são vitimas dum ardil com um fito unica exclusivamente materialista e de vontades alheias às suas. Onde são tratadas, como um investimento, de cariz material e não emocional. Tendo unicamente preocupações de ordem moral e ética primárias, onde a união era vista como uma vantagem de ordem variada designadamente:Terras, gado, ou bens pecuniários. Famílias essas, educadas com princípios rígidos e cujos problemas que poderão ter, não são os das duas pessoas envolvidas mais sim os de terceiros, os seus familiares ou Senhores feudais, em que o casal acaba por viver num mundo de aparências e estão juntos para manter uma espcécie de status quo, fradulento a nível emociono-sentimental, vivendo uma encenação que não passa de uma espécie de alegoria da caverna de Platão, tendo como base a sua vida na opinião dos outros sem se preocuparem nem dando primazia nem valor, aos laços que os unem, fazendo dessa relação uma peça teatral, onde os objectivos primordiais, não tem valor intrinseco ao csal mas sim o que é passado para o exterior, com pompa e circunstancia.
O que é interior e do seu foro intimo,e portanto exclusivo do casal é apenas uma visão fútil e banal do que deve ser a sua união. Em suma, e falando muito friamente, a sua união é uma fusão, vivendo dum mundo ilusório em que o casal vive apenas numa mundo criado artificialmente e abstracto, onde o interesse primordial é a conservação da relação a todo o custo, sem haver uma real e verdadeira parceria, sendo portanto dois seres, sem vontade própria e sem uma consciência comum verídica, não passando de um par, que é uma relação edílica e perfeita por fora, mas plena de amarguras, por não haver qualquer tipo de sentimento que os una, e objecto duma concepção apenas material, renegando para segundo plano o aspecto sentimental e amoroso.
As relações hoje em dia baseiam-se não só no amor(um conceito abstracto), e na paixão, que é perecível(um sentimento que não passa de uma atracção física e química que se extingue)e que depois de alicerçada,é transformada e cimentada em valores bem mais fortes, tais como: a confiança; o respeito mútuo; o espírito de equipa, a confidência, o carinho, a saudade, a ternura, o afecto, a sexualidade que transcende perpetuação da espécie e sem intenções de criar uma descendênciae um filho varão mas que seja apenas fruto da paixão, da vontade, da demonstração desse sentimento tão mais nobre que é o prazer e gozo de se dar ao outro a mais bela das sensações, muito mais nober como disse, do que deixar o brazão da familia para outra geração e a continuação duma arvore filogenética que quanto a mim não passa dum valor para deixar um registo genético que roça o ariano- ( queria evitar a palavra Nazi)
O conhecimento desse par, e ao longo do tempo, sofre uma metamorfose, onde se passa da criação dum paradigma e dum elo mais forte e mais perene que é tão e somente a união de dois seres num só, com os mesmos ideiais, a mesma ideologia, os mesmos ansejos, os mesmos princípios, e até (fazendo uma parábola: pilotando o barco fazendo-o chegar a bom porto, mesmo através das tempestades e das condicões adversas) atravessar um marasmo de problemas, situações de conflito, habituação ao outro, através da aceitação dos seus defeitos e virtudes e características .Além de, e como o passar do tempo,conhecimento e reconhecimento do seu feitio e modo de estar, e a sua maneira de ser, o seu saber, a sua entrega etc etc. Até que a certa altura a criação de laços emocionais e a adaptação por convivência diária que transcendem o amor, e em seu lugar forma-se uma necessidade de estar, um hábito, e também cria-se desleixo e más formações. A relação baseai-se em pontos que se têm em comum, e não em paixão ou amor, pois a paixão como disse aqui atrás é um sentimento perecível e o amor é abstracto, e nunca se deixa de amar, apenas o que acontece é quando surgem sentimentos de repulsa, ou de nojo, ou mesmo de facotes externos quando os pontos em comum tranformam a relação rotineira e procuramos em terceiros algo que nos alimente a chama, e que se sinta que se é apreciado, quando isso acaba o amor extingue-se não porque não exista mas porque somos aliciados por algo que nos traz coisas novas, pois o homem é um animal de hábitos, mas precisa da inovação e também de estímulos que lhe elevem a auto-estima e o amor próprio( incompleta enecessita de revisão)

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