João Cruz Oeiras de Portugal adesão a portal.membros@spautores.pt

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03 setembro 2025

Um (des)conto de Verão

 









Sabem que mais?

 Hoje deu-me pra depressão 

(Que novidade né? Nada de novo a Oeste demente)

E quando assim é, tenho que escrever  bué!

como prosaico que sou, vulgar e rasca demais

 Tenho de avisar, já de antemão,

Que V. Exas terão de aturar isto em verso!

Pois se tem métrica a quadra ou não 

que me interessa a mim se estou possesso?

Pretendo desabafar todo este cenário 

Que está abafado, ruim e ordinário.

E então é assim :



Durante o almoço não me vi...

Perguntei que andava a fazer aqui?

Será que alguém repara em mim

Olhei em volta, pessoas no jardim

Alguém me acode se me quedar aí?

Ou ignoravam alegando insana porcaria

Este a quedar-se no chão em epilepsia?...

E no trabalho bastas vezes olho e peço 

Apenas um só isso um fio de apreço...

Nada de capricho ou darem atenção

Não preciso pois o ego está aquém

Bastaria um olhar de "folgo em saber-te ai"

Mas só se obtém desdém, além de "detém ai tá bem"?

Regista, processa, manufactura e produz!

E assim mandam, ordenam e obedeço,

Compaixão aqui, empatia aqui desconheço?

E o corpo fecha-se em copas funde-se a luz...

Haverá dádivas se produção exceder?

Migalhas dar-te-ao ao encolher ombros 

e atenta somente, concentra-te ai e faz!

E por falta de ânimo desligas, apagas e zás!

Já não estás cá, pões-te no teu Mundo

os auscultadores e música escutando

evitando ouvir parvoices das Teresas,

Que nada aprendes e te bestializas...

Vais laboralmente assim ausentando 

e Por acaso e no Ocaso reflectes

Dessa reflexão não sai luz, só baço fumo

E eescreves isto sem saber qual o rumo

o Mote? A vida quotidiana teu trabalho 

E Pedem no trabalho- metas sem olhar a quem,

objectivos, quadros, bases dados prai além!

Dias há, que ali entras, e careces de ti

Não te vês como alguém, mas um "bem"

não ente emocional somente um "potencial"

Entras em moral sais sem pontinha de sal!

Tentas realizar e a meio só ze-ninguem

De face aberta e sorridente, mas tenso

Estás com vontade de chorar, e Sentes  só 

Disfarças com piadas e frugais graças 

Lá dentro um torpor e milhentas desgraças 

Não queres atenção nem que Tenham dó 

Reconheçam apenas que mais de "ferramenta"

ou "instrumento" para realizares um fito,

Vejam que há por dentro e mudo:" um grito!"

Percebam que não precisa de ser tormenta

Torna-se um circulo vicioso esta faceta

Estás a tornar-te lento e frustado

Inerte e entorpecido 

Já nada és

Um número 

Um zero

Uma soma

Somando

Sumindo 

Sumido

Ido....




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