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terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Dor

as mãos apertam e sufocam-me, o azul prende-se à face, a respiração falha-me. O coração pulsa mais rápido. Atam-me as mãos e por detrás as costas picam-me e rasgam-me a carne, o sangue jorra no chão, depois faz escorregar, perco as forças nos braços, caio mas não atinjo o chão, as cordas cortam-me os pulsos, gritos de impaciência nos ouvidos, pedidos de ajuda na mente, uivos de dor no corpo, pressinto a morte que não chega. Só um sono ao de leve se aproxima e mergulho-me nele assim como no meu proprio sangue, o silêncio, a distância, uma paz que não vêm, um desconforto que desperta, que me atormenta, é o fim, um último espasmo, a falta de entendimento, e enfim a paz.

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