João Cruz Oeiras de Portugal adesão a portal.membros@spautores.pt

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sexta-feira, 29 de maio de 2009

Versejo em rima de redundancia pra cima

O sol quente e um portento
O céu mirado em tons turquesa
o corpo arrastado sem qualquer tormento
num mergulho repentino e o mar sem surpresa

No Oceano forte e pujante
nas ondas altas pelo vento cortante
Forçando a maré
desprezando a falta de pé
nadando feliz e contente

Debaixo de água olho e vejo
afundo-me tocando na areia dourada
Onde a maresia encontra o Tejo
descubro tudo no meio do nada.

O azul preenche-me
a mente liberta-se
rodeada de água e areia
um pequeno peixe surpreende-me
e diverte-se!
enquanto aproveito o silencio que me rodeia

Ausente por um instante do mundo
Sozinho estou e por tudo acompanhado
as alegrias lavadas enquanto nado
as tristezas levadas para o fundo

Desce do zénite o sol
altura de à terra regressar
as ideias frescas delineadas e em rol
o corpo renovado e a delirar

A vida comprimida num dia de verão
o passado relembrado num instante
O futuro olhado sem senão
e um estado de euforia delirante

Sigo caminho na penumbra
Em direcção a todo e qualquer lado
Um trilho sem oposição e sombra
e um resto e eterno tempo descansado

Termino sem palavras e enfim
começo a recordar tudo de bom e de novo
pois dias destes não terão fim
como a estória da galinha e do ovo
e todo um ciclo que recomeçe assim!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

re-posição

Falar sem conhecimento de causa é chato. Acusar alguém irracionalmente/injustamente também. Falar do que não se sabe é incorrecto. Ou melhor, não cai bem, mas valha-nos a liberdade de expressão
Hoje os exemplos chegam de cima.
Quantas vezes não nos disseram quando avançamos no nosso Percurso académico para esquecermos tudo o que ouvimos sobre uma certa matéria porque estava tudo errado? O planeta deixou de ser plano. O sol deixou de andar à volta dele. Na volta o universo não se criou num único big bang. Talvez a velocidade da luz não seja constante ao longo do tempo universal. Põe-se a hipótese de o homem ter evoluído em tempos diferentes e simultaneamente em diversas localizacoes. Tudo isto são suponhamos. E sou eu que escrevo! O espírito de contradição esta em tudo o que dizemos. A divergência, a discórdia. A guerra. Etc Padece-se dum complexo entre os homens, principalmente os não manipuláveis ou influenciáveis, duma necessidade obsessiva de razão. Um complexo de se ser detentor de um rol de ideias inabalável e dum conjunto de crenças intocavel. Se por ventura é posto em causa tudo se desmorona. A mudança ou alteraçao de conceitos, vai sendo cada vez mais dificil à medida que se avança e se cresce. O tipo de personalidade também cria essa dificuldade de absorçao de novos conceitos. Ou mesmo de aprendizagem. A falsa segurança de se saber tudo, torna-nos em seres futeis mundanos e pequenos autocratas. Acaba por ser ridiculo as situaçoes em que em rapazotes somos os maiores fisicamente e podemos impor as nossas ideias. Nem que seja à força. É o que chamo do fenomeno do cao grande; Normalmente o cão grande é em regra pateta e despreocupado, vale-se do peso e tamanho, uma vez que nao precisa de demonstrar nada aos outros. Raramente luta. Há quem não se preocupe em ter razão, é o caso da avó ou avô que está com o neto, para agradar e por amor, diz a tudo que sim, e o neto por mais disparatado que seja tem sempre razão.
mas quem de nós tem razão? Existe?...

terça-feira, 26 de maio de 2009

cure for pain



Somos levados numa viagem infinita mas limitada.O prazer ultimo, a derradeira experiência, o nivel supremo é sem dúvida a droga. A melhor das amantes, a unica e verdadeira confidente, a melhor amiga. Amiga sim, não escolhe raça nem credo, cor, ideologia ou idade. É intemporal acompanha-nos desde que estamos de pé, passou por nómadas curandeiros,sedentários xamanicos, tribos guerreiras, atravessou continentes e fez a diáspora e mais além, ficando gravada na pedra e nas mentes. quais amigos, familia, sociedade ou civilização! Somos deus! isentos de qualquer emoção, seres divinos, detentores da razão. Omniscientes dos problemas sociais, vivemos no submundo, criando uma bolha à volta , intocáveis. Um autismo consciente, até consentido e deveras demente. Entra como uma andorinha na antes da primavera, numa suave mentira, num doce engano, entranha-se como o sol no zénite de solsticio, que nos cega quando se mira. Trilhamos qualquer caminho( melhor se for subterraneo) qual cloaca urbana, desaguando num qualquer mar degradante. A fé o nosso ego, a esperança a próxima volta, a vontade põe-se no prego, as batalhas da vida sem uma única derrota. A Guerra perdida, a realidade consumida, adulterada, a percepção gasta, desviada, dirigida, teleguiada.Levada a um extremo, a um culminar de prazer, de rejubilo, de nada. Consumidos por dentro, gastos por fora, sem atitude, opinião, sentimento ou sensação. Caminhamos pelo degredo, no meio do medo, de dizer não, esperando a salvação. Que nunca virá. Apenas nos levará, à estação terminal. Um ultimo mergulho em águas em ebulição. ardem os corpos, as cores, o riso e perdemos o pé...cortam o cordão, tiram-nos a mão.
A solução, um suspiro afinal,num eterno tormento, um ultimo lamento, com uma dose final e a negra solidão.

incongruências( edição revista e censurada)

homem-Bom dia, estás acordada?
Mulher - Agora estou
Homem - olha que achas de...
Mulher - Deixa-me dormir
Homem - Talvez haja dias que te pareça mais cedo...perspectivas.
MUlher _ que estás a ver?
Homem - um filme
MUlher - não

Homem - mas não tens de te levantar
Mulher - Eventualmente... tu já vais?
homem - Brevemente.
Mulher - Tão cedo?
Homem - é a minha hora
Mulher - Cada vez mais cedo? o posso ver o outro canal?
Homem - agora não, daqui a um bocado.
Mulher - depois já não me interessa...
... Mulher - uma coisa não implica a outra
Homem - pronto
Mulher - Já lá vai o tempo em que a mulher fazia tudo
Homem - Eu faço algumas coisas
Mulher - O tempo é de emancipação
Homem . qual delas?
Mulher - Dos direitos iguais
Homem - Humm, mas isso quer dizer que já não são só os homens a bater nas mulheres, mas ao contrário por exemplo?
Homem - que estás a ver?
Mulher uma série
Mulher- está na altura de aspirares a casa
Homem - aspirei a semana passada.
Mulher -precisa de ser aspirada quando está suja
HOmem - Ok, mas acabei de lavar a loiça
MUlher - esse exemplo não é valido
Homem- é o que dizem as estatisticas.
Mulher - há é que dividir tarefas
MUlher - porque és homem
Homem . mas então com a emancipação não somos iguais?
Mulher -parecidos
Homem - Então?
Mulher - temos os mesmos direitos ok?
Homem - ok. Gostas de politica e da abolição da escravatura e das guerras liberais, do direito de voto das mulheres e do 25 de abril e das suas consequências e assim?
MUlher - nem por issso
Homem - Então porque dizes mal dos politicos quando está a dar o telejornal?
Mulher - Porque gosto de dizer mal
MUlher- não estás a ver o Jogo?
Homem - não

mulher - com as amigas
Homem - fazer?
MUlher - Conversar, parece que a rita anda com o tiago e a maria não gostou nada e depois o carlos...
Homem - já percebi...
Mulher - então?
Homem - não me apetece. sabes que nem gosto muito de futebol...
MUlher - isso é um bocado gay
Homem - ai é? e a emancipação?
Mulher - OH!
MUlher olha,Vou a comprar roupa
Homem - Não sei para quê.
Mulher - pq gosto, não o gastas em saidas com os teus amigos em copos?
Homem - opções
MULher- Escapes.
Homem - opiniões.... somos todos escravos de algo
em - com o pessoal
MUlher - que vão fazer?
Homem - nada.para os copos
MUlher - ok.
Homem - vais sair?
Mulher - vou queres vir?
Homem - vais com quem?
mulher - Talvez.
Homem - Tu gostas do que fazes apesar das tuas qualificações?
MUlher - Não...
Homem- se divergimos tanto porque é que nos juntámos?
Mulher - Porque gosto de ti! E tu? diz-me
Homem - também, porque gosto de ti
MUlher - queres ir ao café?
HOmem - preferia ir à praia
MUlher -podemos ir então a uma esplanada à beira-mar?
Homem - ok

segunda-feira, 25 de maio de 2009

esperança

os pássaros regressam, o calor volta, enquanto nós ficamos à sombra do passado.
O rio corre a maré sobe, e nós encostados aos ideais criados.
O sol nasce, a lua cresce, e ficamos à mercê dos produtos fabricados.
O Universo expande-se, as estrelas brilham, e nós especados de pé, esperando a morte, com fé...

Aprovado!


selo de garantia normalizado standartizado traumatizado dramificado ramificado rama oh que linda rama hare hare Arre burro acre burrié e é salgado oh mar quanto do teu sal são grãos de areia do sado além-tejo dourado do ar rasgado a voar irado um boi de arado uma vaca sagrada na terra pisada vinha pasmada passo a ebrio pé ante pé de agua até ardente a nascente uma fonte a poente a galinha pressente o tremor presente numa escala cadente uma escada crescente em espiral não regula nem a espinal medula óssea e sobria espinha ó mare salgado novamente mare nostrum salta a sardinha e o atum em lata grita e grata está gratinado o bacalhau assado a nado inato nasceu e cresceu para o prato roeu comeu provou improvisou previu riu e já provado ora pro nobis renegado sem pecado sem mais ardis e demoras foi aprovado

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Nota do au(c)tor

Os 3( três) textos( vulgo: post) infra carecem de aprovação pela SIGLA

Pelo facto pedimos desculpa

A emissão segue dentro de momentos...


SIGLA - Sociedade InstraMental Global Local e Autonoma -



Fundada por kayam Sonedra como trave mestra para as mentes e mentalidades carenciadas. Tem como objectivo o despertar do sono terreno. O Abrir caminho, alargar horizontes. Transcender a mesquinhez, tornar claro o Mundo, desbravar a cultura, trazer luz à sociedade e como fim último dar O passo para tornar o género humano em civilização. Acabar com a busca do Elo perdido e a desculpabilização da estupidez humana. Dar por finda a identificação com o homem primevo e até medievo, fruto duma ciência agarrada a conceitos ou preconceitos românticos, partir no fundo para um corte radical do cordão umbilical duma visão retrógrada apelidada de ciência moderna baseada em fundamentos extremamente estanques na classificação de Lineus e evolução darwiniana por oposição a redefinição do homem como espécie, mais uma espécie, e a colocação do Homo sapiens no seu devido lugar, ou seja, com os pés assentes na Terra. Aterra por fim.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

formatação II

o fim encontrava-se na estrada, a humanidade extinta e engavetada.
Para lá do Universo, uma metafisica e o nada,
Cadavéricos pensamentos em fossilizados sentimentos
A Solidão rodeava tal como a Lua circulava.
Heliocentrico, centripeto, frenético, proto-genetico mais um medicamento genérico
Reflectia: Que seria dele sem esta esplanada?
O Cosmos, a imperial à beira-mar plantada

Inspiração

sendo assim...
recomenda-se duas snifadelas de ar fresco numa passeata pela rua, sem destino, olhando o nada, ou os transeuntes, com umas pitadas de conversa fiada aqui e acolá. Um gole de água do mar e brisa nos cabelos, de pé descalço à beira mar polvilhado com areia e um mergulho não programado, seguido de um bom pôr do sol empurrado por uma imperial em companhia dos caracois, em opção uma ida a alfama em dia de santo antónio, inspirar bem até sentir a alma plena, o coração pulsante, um inevitável sorriso nos lábios e um brilho nos olhos.

para mais informações consulte o seu médico ou farmaceutico

Formatação

As informações da base de dados eram contraditórias (debitava o Computador Geral.)

Erro evolucionário.if=>then


Razão e Emoção irradicáveis.


Dados insuficientes...

Panorama global:

  • O céu perdeu a cor.
  • Olhos sem visão.
  • Paragem cerebral, corte nas sinapses.
  • Perturbações no Sistema nervoso central
  • Espiral em medula óssea e cartilaginea

.............interregno..............

O aquário caiu com a janela aberta.
Causa: queda súbita da pressão atmosférica
O peixe prateado debatia-se no arraiolos, agonizante.

...Instrumental---------------------


Chamaram técnicos. Diagnóstico reservado para o Mundo ocidental, quebra acentuada de cognição de e na mente Humana. Em desespero, ligaram para o numero de auxilio Divino, de valor acrescentado:

"The number you called has been disconnected, please try again later"

Acto contínuo:
Apelaram a um especialista, o Dr. S.Minal, perito em alterações do pensamento e observador da Natureza Hominidea.
-Estranho fenómeno este! - concluíu
Em entrevista aos meios de comunicação social:
"Devem todos sentir-se muito melhor após extinção em massa"

A moção aprovada por maioria.


Perante estes factos, apenas uma cura:
Reciclagem da totalidade da população através da sua reformulação e restruturação.
Em contacto com a Unidade Fabril Lavoisier, e accionado o plano de emergência de transformação dos humanos:

1.Em Húmus( massa adiposa e muscular),

2. matéria orgânica para aplicação em fertilizantes( Orgãos e tecidos internos)

3. biomassa( Ossos e cartilagens) para uso em combustiveis ecológicos.

Reinava a ordem nos variadissimos parlamentos, agora desertos.


Distribuido os seus compostos e depois de decompostos os resíduos, avançou-se para a reflorestação de cidades, através da sua demolição e da colocação cirúrgica de pequenos engenhos nucleares em locais chave, para a não perturbação dos nichos ecológicos existentes e não proliferação do contágio por Césio, Cobalto e Urânio enriquecido.

No seu gabinete, DR S. Minal, congratulava-se com o sucesso do seu plano.
Puxou dum cigarro, deu comida ao gato, arregaçou a manga da camisa e injectou-se uma ultima vez com a mistura de bactérias provenientes do Varanus priscus.



terça-feira, 19 de maio de 2009

Neste Blog dispomos:

Segunda-Feira: Pâo Fresco e entremeada
Terças : Salgadinhos e convívio no meu gabinete
Quartas: Actividades Recreativas/Culturais
Quintas: Dia Livre
Sextas: Bingo
Sábados: Carrossel Mágico, distribuição de balões e chupas pá criançada






Ps: private Joke laboral

manuela e céu Odeio-vos!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

sábado, 16 de maio de 2009

conversa inadiável com Kayam Sonedra

Existir. Por dize-lo. Suficiente para afirma-lo. Constata-lo por sentir. Por ser criado. fabricado. Concedido. Desenhado. Tal qual o cosmos. Esse Modelo universal e unico. Aquele até onde a idéia me pode ascender como conceito de existencia. Concepçao essa que nao pressupoe vida, que por sua vez parte do pressuposto da mobilidade e liberdade dum ente no espaço e no tempo individualmente com ou sem consciencia dele mesmo ou colectivamente sendo parte duma outra entidade vivente ou operante num sistema maior funcionando em simbiose, participante e interveniente num sistema maior que o contém. Escolhendo, ou optando por um caminho, que permita a sobrevivencia ou auto-preservaçao. Se esta ultima condiçao obrigatoria para se viver, ou é parte do conceito do que se supoe ser a vida, Entao nao tem escolha, pois o caminho é unico, sem oposiçao, pois nao ha margem para optar, nem outra decisao endogena ou exogena a tomar. Sem oposiçao por que se vai para a frente nao podera ir noutro sentido e por oposiçao para tras isto Num espaço bi-dimensional. Se por ventura nesse mesmo plano for para cima, transcende a oposiçao por contradiçao, também um oposto ou neste caso uma imposiçao. Intervençao externa Entao. Talvez divina. Nesse caso Entao a entropia do universo cria um défice de energia segundo as leis da termodinamica. Nao havendo a energia necessaria para a criaçao. Assim como ao se Querer atingir a velocidade da luz aumenta-se a aceleraçao, necessitando de mais força para transportar a massa, que tera de ser maior para armazenar mais energia sendo esta massa, e suportar o gasto adicional energético, circulo vicioso sem fim, sem escolha sem um principio ou oposiçao. A felicidade tem assim de esperar que o impasse se resolva para haver tempo e/ou espaço onde lhe seja permitido surgir sem quaisquer limitaçoes. Problema que observamos e notamos ou questao que nos ultrapassa delegando assim para uma entidade suprema para nos libertar e sermos capazes de viver sem o peso da resposlidade de ser ou ter ou de o sentir? Facil assim o caminho a escolha ou a nossa posiçao livres de problemas de consciencia. E sem oposiçao porque nao necessaria ou melhor sem caber nesta matriz. Nao havendo espaço nem tempo para o simples facto de a conceber por obsoleta e contraditoria.

In desaponta
mentes

nota: edição por sms, as 6.50 am entre Paço de Arcos e Areeiro, o nascer do Sol olhando, o Tejo e outra margem. (Não revisto)

quinta-feira, 14 de maio de 2009

0 v 1

Existo porque sou.
Fui criado,
Um produto de relacionamento e soma de cromossomas.
Amalgama de células que no seu conjunto erguem este corpo que vejo ao espelho.
Projecção da minha observação interpretada pelo cérebro.
Mas quem me diz que existo? Os outros? Sim, quando me observam e se cruzam comigo e acabam por interagir da forma que se encontrou ser válida, a verbalização ou gesticulação no caso de não ser por via oral/auditiva.
mas quem me diz que não sou um sub.produto da minha auto-recriação e esses mesmos estimulos exteriores não são mais do que a capacidade interna da fabricação de personagens semelhantes ao meu ser com o intuito de me sentir rodeado de entes para combater a solidão?
Ou melhor, não passo de uma amiba, com ligações sinapticas e dendrites nervosas, suficientemente complexas para simplesmente me imaginar como me idealizo?
e o que é uma amiba? Talvez seja uma palavra criada agora mesmo?
e o que é a palavra? uma construção oral, transcrita para simbolos outrora pictóricos sem qualquer sentido num universo desprovido de racionalização e unicamente binário.
E porquê binário? terá de haver uma oposição a tudo?
Porquê esta necessidade de desconstrução?
Algo possui sempre o seu contrário?
Existirá então um anti-EU?

questão metafisica ou básica ou simplesmente estúpida.

A felicidade. Será a capacidade de nos rirmos da nossa ridicula, banal, existência desprovida de sentido perante a enormidade e castradora sensação de ocuparmos um infimo espaço dum Universo que nos transcende?
A felicidade. Um processo de comparação com o nosso semelhante que diariamente procura alimento , pois não sabe se haverá para o amanhã?
A Felicidade. Ter a sorte, a fortuna ou o acaso de ter nascido num país em que saberemos à priori que na estrada não há uma mina que nos amputa um membro, decepa , ou retira a vida num instante?
A felicidade, Uma construção semantica, criada para iludir a nossa mente transmitindo-lhe que há mais que isto.E que somos diariamente confrontados com um cenário que de nada idilico, serve para mostrar o que poderá haver mais além. Uma fachada erguida que nos impede de chegar lá como uma função que tende para o infinito mas nunca chega a tocar no eixo.
A felicidade. Simplesmente o que temos e que somos, mas que nunca nos chega pois a ambição, o caracter, o pensamento, a visão de séculos de criação, idealização e imaginação artistica induziram endogenamente na mente humana um conceito tão abstracto como a propria ideia de pensarmos nisso ou atingirmos um estado de auto-percepção da existência?
Ou a felicidade não é nada disto e é o meu eu que sabendo que pode criar frases, idealizar sensações e produzir sentimentos que me induz a isso mesmo, não passando isto duma farsa, pré-fabricada e instituicionalizada por uma necessidade de ser e sentir mais que o que estou habilitado a ser ou ter?
fica a questão.
ou será que nada ficou?

quarta-feira, 13 de maio de 2009

um rapaz

O rapaz da mudança, mudava sem cessar, não parava, criava, criava, andava a pairar, via o chão, afugentava-o para o ar, corria, fugia, voava com as asas de para em par, era impar, unico, mágico, invulgar, baseava-se na mente para imaginar, sem factos, comentários, falatórios, ou olhares dementes, era especial, mas mortal, morreu. o eu. espalhava sementes, aflorava, germinava de novo, agigantava-se, criava, criava, cavava lugares, regiões e lugares diferentes, até que eis que de repente, desapareceu nos finalmentes. Ficou a lembrança, na mudança, numa outra confiança, pagou a fiança e apareceu entrementes...

baseado nos apontamentes

novamentes

vidas paralelas

Não me tires o carro arranca-me um olho!

a casa leva-ma!

mas não me leves o top e o vison!

Tira-me o rim e deixa-me a tv!

arranca-me o apendice mas cá fica o peluxe marron

Tira-me o ciso

e o siso

ou põe-me com um avc...

enfim

palavras...

um fim

choose life...



"
Choose life. Choose a job. Choose a career. Choose a family. Choose a fucking big television. Choose washing machines, cars, compact disc players and electric tin openers.Choose DIY and wondering who the fuck you are on a sunday morning. Choose sitting on that couch watching mind-numbing, spirit crushing game shows, stuffing junk food into your mouth. Choose rotting away at the end of it all, pissing your last in a miserable home, nothing more than a embarrassement to the selfish, fucked up brats you spawned to replace yourself.Choose your future. Choose life...
But why do I want to do a thing like that?"

segunda-feira, 11 de maio de 2009

ps:

o texto infra é da exclusiva responsabilidade da marca registada apontamentes

pseudointelectualização forçada por imposição civilizacional


alimentação psiquica e orgasmo neurológico, questão de amamentação mental ou complexo de proto-identidade adiferenciada?
kayam Sonedra na sua questão proeminente sobre o corpo etereo debateu-se em variadas situações sobre o tema, dissertando sobre o modo do ser do estar e do sentir. Basicamente delineando o caminho do conhecimento em 2 passos: a visão e a sensação. primeiro viajar dentro num pensamento lao-tsetiano depois sentindo numa noção taoista do ser. Em suma nada da intelectualidade ou racionalidade é necessária se simplesmente houver consciencia da nossa identidade, não havendo portanto exteriorização de pensamentos futeis ou ideais banais, baseados numa pseudocultura de marketing, plena de preconceitos estereotipados e caminhos percorridos ad eternum pelos escravos da moda e vitimas da servidão estilistica e conceitos deja vu.

o povo é sereno ou é só fumaça?

Andava numa roda viva. Até que morreu. Mudou. Em sentido contrario. Talvez sem vida mas com energia. Afinal de contas o que é estar vivo? É girar. Apenas? Ou é mais que isso? É pular também nao? E agitar. Seja antes ou depois de usar? Mexer? Vibrar? Puxar? Esticar? Torcer? Partir? Ceder? Aceder? Concordar? Acordar? Abordar? Ver? Abrir? Voltar? Regressar e estar? Ou é so notar?

Inconsequência

A montanha pariu um rato, roeu não a rolha mas o cordão, e com o condão no garrafão, de quê, não sabe, perguntou ao rei pescador vindo da russia, encostado ao molho,junto a cacilhas num pontão e um nobre da prussia.

Vivia na corda, bamba, sem o bambi e bamboleava-se, sem rede artesanal, até rupestre, com arte, banal, quiçá campestre. Cresceu orfão rude e agreste, mudou-se para Portugal, vindo de leste.
sem visto, tá visto, sem residência, nem atestado, candidatou-se a nacionalidade, chumbou no teste, não sabia o hino, porém fazia o pino, vitima de intolerância e desta sociedade. Manifestou-se, protestou, fugiu, sem papel, sem frequência, em crise laboral sem cadência, em drama social pleno de violência.
Na sua mente visitava o mundo, e demente bateu no fundo. Perdeu a montanha, subiu a colina, mais uma aranha, e uma chamada menina sem nenhuma artimanha, entre eles e entretanto, nasceu uma amizade, sem epidural, surreal, cheia de vida e muita ronha,como a ovelha, onde montados, subiram ao cume, que negra ficou, de ronhosa que era até desmaiou, Perderam-se por lá, encontraram-se aqui, descobriram a fé, esperando o maná. ficaram de pé, percorreram a Hégira, de Meca para Medina, ou do Meco para Isla Cristina, suaram as estopinhas, soaram as sirenes, contaram estorinhas sobre sereias em messines, unicornios, ursos e capricórnios, liam cartas astrológicas, e faziam outras mágicas, entre montes e vales, corriam com os rios, sentavam-se nas margens e como Teseu seguiam os fios.Ocupavam casas sem conhecimento dos senhorios, intitulavam-se senhores, sem terra, sem medo num feudo, déspotas sem lei nem ordem ditavam a sua ignorancia, sem rei nem roque,em cheque careca , e com consequência a morte ao sheik. O fio já vai sem meada, daqui para a frente não vai sair nada e contudo, Seguindo nesta sequência, encantavam-se na pérsia, encostavam-se na grécia, ou mesmo em troia numa estancia. Acercavam a comporta, fecharam mais uma barragem, metiam-se no deserto, para a outra margem. A procura do aeroporto, que "Jamais" seria feito, fartos do freeport na tv, viajaram no TGV, daqui para madrid, sem destino, mais não sei o quê, perderam o tino, entre o seixal e as off-shore, votaram Isaltino e sabiam a lenga-lenga já de cor. lenta e longa esta estória que não chega a lado nenhum, não tem moral, nem sentido algum, nem um principio e o fim, não passa dum devaneio e uma distracção, sem um fito ou acção, sem mote nem objecção enfim. Um projecto falhado e abjecto, mais que um objecto, só um rol de desinformação, dumas personagens com pouco carisma e sem afirmação, terminam assim. Acolá no final do paragrafo, sem qualquer conclusão,algo estranho neste rato amorfo, sem consequência, num término inconsequente, uma entrada de leão e uma saida de sendeiro, começou como campeão esta composição e ficou enterrado num canteiro, em decomposição.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

historias

1


2


3


4


5


6

um desmaio

Dia do trabalhador acorda
aurora
o labor
com amor
ardor
e para pior
sem valor
lavra
colhe
rega
mais tarde cega
sem pão
pede a pensão
que não é perene
ficou pelo BPN

post sensacional



epa, até já estava com saudades deste 0101011
diz:
pq?
diz:
ps gosto de te ler, assim
diz:
as palavras nascem e caiem dos teus dedos com uma força brutal, unica
1 diz:
shi
diz:
e quem é o 0101011 pra ti?
diz:
conheces o gajo?
diz:
será que existe?
diz:
será que não é fruto da nossa imaginação?
diz:
serei eu
diz:
tu?
diz:
eu não sou
diz:
aparece com alguma razão
diz:
e tu talvez tb não
1 diz:
tens noção?
diz:
eu não!
diz:
mas é certamente alguém que habita em ti
diz:
em mim mexem-se vários nichos
diz:
inclusos em vários limbos
diz:
abertos para buracos negros
diz:
libertando luz qual pulsares
diz:
ou absorvendo toda a matéria
diz:
é esse quem escreve
diz:
epa, isso dava um post sensacional