João Cruz Oeiras de Portugal adesão a portal.membros@spautores.pt

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28 setembro 2011

Choque frontal




As relações pessoais e as de amizade baseam-se principalmente em encontrar pontos em comum, seja a nivel social, cultural, ideológico, ou em casos mais extremos e particulares numa empatia que surge num qualquer diálogo ou numa situação passada em comum e que em ultima análise as une, estreitando assim os laços não havendo as vezes necessidade de grandes diálagos, e onde as vezes, a companhia um do outro basta para se sentirem mais juntos que nunca e onde o silêncio não é compremetedor.
Tenho o meu feitio e a minha vivência, plena de ideias concebidas, com os meus trejeitos, com uma rotina pré-concebida, com a minha moral, os meus principios, a minha ética, e a minha educação, que, e para o mal ou para o bem unindo todos estes factores, é o que me compõe como ser humano e o que me distingue dos demais. Fazendo de cada um de nós, casos únicos, especiais, e invulgares por que como diz o ditado: "cada um é como cada qual", e já agora "Quando o Sol nasce é para todos"
Vivemos num mundo cada vez com mais gente e naturalmetne com mais ideias diversas, pensamentos cada vez mais diferentes, e certamente vontades diversas. O que nos exige uma maior concentração, e capacidade de sintese, para conseguirmos absorver todas essas diferenças, e respeita-las para não embatermos contra um ou outra que surja, permanecer na nossa bolha, conservar o livre-arbitrio e não pisar a liberdade de ninguém.
A interacção com os outros torna-se dificil na medida em que temos de ter uma capacidade de absorção de dados enorme para haver uma melhor capacidade de sintese e integração num meio cada vez menos homogéneo por que a quantidade de informação é gigantesca, e os choques, atritos, e divergências se tornam mais frequentes.
Ser tolerante e amigo de toda a gente é quase uma missão impossível pois não se consegue agradar a todos. E para nos mostrarmos, ou seja, para nos apresentarmos a alguém, e desde tempos idos, que o homem, e uma vez que é gregário,normalmente quer agradar ao outro e começa por demostrar os seus pontos em comum para se encontrar uma plataforma de entendimento que permita um percurso comum. E se nos interessa conservar as pessoas, tentámos moldar, adaptar e mesmo ser permissivos na forma de estar e de ser, guadando por vezes os conteúdos que possam causar celeumas ou dramas desnecessários. Contudo, somos belicosos por natureza, pois ninguém está isento de problemas, preocupações, tramas e ardis que a vida na sua parte ou no todo nos prega. Como toda a gente sentimos necessidade de desabafar, e retirar a pressão. E surgem discussões mais ou menos acesas, não na forma de estar, pois quase todos temos em comum interesses básicos, mas na forma de ser, pois cada um tem a sua maneira e os seus escapismos, hobbies, e formas de actuar, ou de proceder num mundo cada vez mais caótico e onde é cvada vez mais dificil, ao comum dos mortais, estar em total harmonia com o meio, e isso reflecte-se na sintonia, ou falta dele que tem com os outros. Resta saber se há necessidade, e quando se encontra os tais pontos em comum com outrém, e ao invés de os fortalecer ou ficarmos num estado médio de conhecimento, onde o diálogo e a sâ convivência acontece por si, ou ao invás, como dizia, partir para campos mais específicos da nossa vivência, onde já vamos entrar na "bolha" do outro, e a liberdade e o livre-arbitrio começam a ser tocados.
Pergunto se há necessidade de expormos ao outro, não só as nossas sensações e emoções que é o que basicamente nos compõe como entes, mas também os nossos desejos e ansejos mais metáfisicos, que são na sua natureza muito particulares e que cada um tem uma visão muito peculiar.
Em suma, haverá forma mais bonita de estar e de ser com o outro, duma forma básica e rudimentar no pensamento, tendo diálogos que talvez não sejam grandes construções metafisicas, mas que nos preencham, do que tentar almejar o céu, e qual Icaro e Dédalo, queimar as asas e cair. Pois parafraseando um fulano que não em recordo: "A nossa vida é como um avião que cai, e enquanto caí vamos dizendo:
- Até aqui tudo bem, até aqui tudo bem...
pois o mais importante nem é a queda, em ultima instãncia é a aterragem..."





(texto não revisto)

23 setembro 2011

O tempo e espaço






Num dia soalheiro e embrenhado nos seus pensamentos, divagava pela cidade sem pressa. Estava folgado e livre de obrigações e responsabilidades por hoje. Tinha o resto do dia à sua frente. Sem restrições, barreiras físicas e obstáculos temporais ou de agenda. Contemplava cada momento, aproveitava cada instante e observava tudo como distracção e cada nova imagem, cheiro ou som, absorvidos como passatempos. Absorto nos seus sentidos caminhava nas ruas da cidade quando se deu o episódio; Uma escuridão repentina privou-o de comunicar com o exterior, e era como que ficasse fechado na concha que era o seu corpo. Sentia o espaço mas a mente estava isolada do exterior. Sabia que se encontrava em qualquer lado pois sentia os pés num qualquer tipo de chão que nunca pisara. Era portanto a sua unica sensação, providenciada pela lei da gravidade. Todos os outros sentidos estavam bloqueados. Estado bizarro aquele! Colocado num aquário sem fundo, cheiro, sabor ou limites - Boiava num limbo. Parecia acordar dum desmaio, ou dum estado catatónico - retomava a visão aos poucos, tudo era claro, demasiada claridade, tanta que nada via nem um horizonte, um tecto, um plano ou chão. Não sentia a tridimensionalidade do espaço e parecia parado no tempo. Um silêncio profundo fazia-o escutar a sua propria respiração e a batida do coração E nada era palpável em seu redor: nenhuma linha, traço ou contorno. Como retido e colado a uma folha branca de papel. Estava possuído por várias emoções contraditórias, uma curiosidade quase mística pelo acontecimento e um enorme temor pelo desconhecido. O medo caia com pingas grossas para o infinito. A respiração descontrolada. Tentou gritar, mas o berro não se ouvia, como se não houvesse ar para as ondas se propagarem. Começou por sentir-se preso naquele estado físico onde continuava sem qualquer controlo sobre o seu corpo e sentia-se claustrofóbico naquela vastidão em que era o único ponto num plano tridimensional infinito. Deslocava-se com dificuldade através daquela matéria ou fluido estranho e único, parecia nadar num mar sem atrito, em que cada esbraçejar ou espernear não o levavam a lado nenhum. O silêncio deu lugar a sons familiares, como que se passasse a grande velocidade pela sua vida passada: Imagens e cheiros que associava à sua meninice e que revivia como reais, tanto que a sua mente absorvia essas sensações como verdadeiras. Passou por vários estados de emoção; da alegria à tristeza, da monotonia à diversão, do deleite ao desespero em poucos segundos. Contorcia-se em panico e de súbito tudo parou e viu-se elevado no espaço e puxado por um vácuo e agora acompanhasse a sua vida fora do seu corpo e se visse , lá ao fundo( não sabe se em baixo ou à frente), a andar nas ruas da cidade, sendo apenas um espectador de si proprio. Não percebendo como nem por quê, ultrapassou-se em si, e as sensações surgiam no seu corpo- atravessava-no e o transportavam para a frente. Porém não andava para à frente no espaço mas sim no tempo. Transpunha-se a si proprio num paradoxo indescritivel. Parou por instantes e reparou numa uma porta, tendo percebido que a penetrando, era o futuro que contemplava. A axpectativa de olhar mais à frente era enorme. Queria sair daquele estado, daquele limbo e prosseguir a sua vida mas não conseguia, era guiado caoticamente e sem hipoteses de refrear aquele impeto e aquela velocidade dos acontecimentos que o transcendiam. Ultrapassa a porta finalmente. Vê uma luz mais forte, e por fim acorda, suspira de alívio...E num dia soalheiro e embrenhado nos seus pensamentos, divagava pela cidade sem pressa, estava folgado e livre de obrigações e responsabilidades por hoje e tinha o resto do dia à sua frente. Sem restrições, barreiras físicas e obstáculos temporais se bem que(...tinha uma estranha sensação de deja vu...)...E de repente uma escuridão repentina priv(................................................................)




13 setembro 2011

A Morte, dissertações sobre uma paixão mórbida



O primeiro contacto com a morte é inesquecível e atrevo-me até a dizer inebriante. Aquele puxão que nos arranca a alma, mas sem se sentir que a vida se esvai, antes um calafrio agradável duma intensidade enorme e que naquele primeiro segundo antes do acidente,e que se diz que se revê toda a nossa vida não acontece, mas antes uma sensação de apurar os sentidos e ver tudo em camera lenta, não só as imagens com os outros sentidos em que os sons são esticados e os odores potenciados, uma descarga de adrenalina e/ou dopamina, desconheço a endorfina ou hormona que é libertada nesses casos, talvez até se possa apelidar de nemesina( ie:De Nemésis), ora é essa sensação que se torna tão atraente e se não fosse o medo de passar aquela linha que roça a vitalidade ou seja, aquel ponto sem retorno e onde nos aguarda o desconhecido, e dizia eu quem tem um contacto com essa sensação e que experienciou a morte(ateé certo ponto) e das mais varaiadas formas seja por acidente num hospital, em que se sabe que estamos por um fio e por vezes,e devido a um estados de meningite portentoso, nesse ponto da nossa existência, estamos como que a sentir-nos pertença doutro universo em que vemos o mundo cá fora como um sonho, eme que nada é real e sentimo-nos o centro de tudo como que por momentos, deixamo-nos de nos sentir e passamos a um outra plano, bizarro, e como não crente não lhe quero chamar divino mas tem algo de para-humano, transcende-nos. Outro tipo de acidente em que somos atropelados de bicicleta e levamos com um carro, senti-mos o choque e em que voamos por cima dele e enquanto ele passa e segue, (neste caso fugiu), olhamos para o carro que quase se despista, e como dizia enquanto voamos(naquele segundo), olhamo-o com desprezo e chegamos desejar-lhe a morte antes que a nossa nos fulmine. Mas nesse instante não existe dor, ouvimos a nossa coluna a vergar sobre a força do embate, o corpo a ser acelerado para lá das nossas capacidade de controlo, aquele momento em que subimos e começamos a desxer como que uma ausencia subita de gravidade e depois o tão aguardado embate no chão que demora um a eterninade, lá chegados e depois de tudo terminado, e o corpo em repouso, fisicamente falando, sem forças externas de movimento, atrito etc, ligamos novamente o racional/emocional e mil pensamentos nos trespassam, um dos quais e que grita lá de dentro com intensidade é " Estás vivo depois disto!" e queremos reviver aquele momento ou sensação mas nenhuma sensação do mundo simula tal coisa. Sentimo-nos pertença dum grupo restrito de gente que passou pelo mesmo, onde a morte não é estranha e até começamos a desdenha-la por ter ultrapassado as barreiras daquilo a que pensavamos que não voltavamos, não faz de nós imortais, nem melhores ou superiores aos outros mas especiais no sentido em que não nos apoquenta e até é um desejo mórbido de ater por perto e experencia-la novamente.Estranho não? Talvez seja suicida...Ou amante de desportos radicais neste caso duma radicalidade extrema...

05 setembro 2011

Copyscape Plagiarism Checker

Copyscape Plagiarism Checker

Expressões impressionantes de mais um solsticio de inverno que se aproxima.

Sol começa tardar e a espreguiçar-se deitando-se com a galinhas. E estas, por sua vez, acordam-no a cacarejar em uníssono com o galo a cantar. E outro galo é sentir a noite a tomar conta do tempo. E o tempo a esfriar...

Começa e acaba a vindima. Com a noite a aumentar é altura das folhas cairem. Assim como as lareiras a fumegarem, as praias e os ninhos a esvaziarem, e a chuva a cair...

As ribeiras a encherem-se, e as gentes e as pessoas a entristecerem-se.E a noite a cair...

Com a paisagem a enegrecer, partem as andorinhas e morre a primavera. Altura de se assarem castanhas, e um sonho de verão - curto, o de São Martinho, e as folhas a cair...

Época de cânticos natalicios, sorrisos de criança nas férias e sisudos os adultos nos transportes. Abrem-se prendas, fecham-se as contas e mais um ano a cair...

Finda-se o ano, numa triste sina anual, num melancolico fado,e num saudoso destino de ver o sol a pino. E alguém diz:"Nunca mais chega o Verão!"

Entretanto pede-se mais uma imperial...E um fino a sair...


(titulo com direitos de autor para uma blogger - texto isento do mesmo e da minha autoria, excepção feita para as expressões idiomáticas que são de todos nós)