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terça-feira, 13 de setembro de 2011

A Morte, dissertações sobre uma paixão mórbida



O primeiro contacto com a morte é inesquecível e atrevo-me até a dizer inebriante. Aquele puxão que nos arranca a alma, mas sem se sentir que a vida se esvai, antes um calafrio agradável duma intensidade enorme e que naquele primeiro segundo antes do acidente,e que se diz que se revê toda a nossa vida não acontece, mas antes uma sensação de apurar os sentidos e ver tudo em camera lenta, não só as imagens com os outros sentidos em que os sons são esticados e os odores potenciados, uma descarga de adrenalina e/ou dopamina, desconheço a endorfina ou hormona que é libertada nesses casos, talvez até se possa apelidar de nemesina( ie:De Nemésis), ora é essa sensação que se torna tão atraente e se não fosse o medo de passar aquela linha que roça a vitalidade ou seja, aquel ponto sem retorno e onde nos aguarda o desconhecido, e dizia eu quem tem um contacto com essa sensação e que experienciou a morte(ateé certo ponto) e das mais varaiadas formas seja por acidente num hospital, em que se sabe que estamos por um fio e por vezes,e devido a um estados de meningite portentoso, nesse ponto da nossa existência, estamos como que a sentir-nos pertença doutro universo em que vemos o mundo cá fora como um sonho, eme que nada é real e sentimo-nos o centro de tudo como que por momentos, deixamo-nos de nos sentir e passamos a um outra plano, bizarro, e como não crente não lhe quero chamar divino mas tem algo de para-humano, transcende-nos. Outro tipo de acidente em que somos atropelados de bicicleta e levamos com um carro, senti-mos o choque e em que voamos por cima dele e enquanto ele passa e segue, (neste caso fugiu), olhamos para o carro que quase se despista, e como dizia enquanto voamos(naquele segundo), olhamo-o com desprezo e chegamos desejar-lhe a morte antes que a nossa nos fulmine. Mas nesse instante não existe dor, ouvimos a nossa coluna a vergar sobre a força do embate, o corpo a ser acelerado para lá das nossas capacidade de controlo, aquele momento em que subimos e começamos a desxer como que uma ausencia subita de gravidade e depois o tão aguardado embate no chão que demora um a eterninade, lá chegados e depois de tudo terminado, e o corpo em repouso, fisicamente falando, sem forças externas de movimento, atrito etc, ligamos novamente o racional/emocional e mil pensamentos nos trespassam, um dos quais e que grita lá de dentro com intensidade é " Estás vivo depois disto!" e queremos reviver aquele momento ou sensação mas nenhuma sensação do mundo simula tal coisa. Sentimo-nos pertença dum grupo restrito de gente que passou pelo mesmo, onde a morte não é estranha e até começamos a desdenha-la por ter ultrapassado as barreiras daquilo a que pensavamos que não voltavamos, não faz de nós imortais, nem melhores ou superiores aos outros mas especiais no sentido em que não nos apoquenta e até é um desejo mórbido de ater por perto e experencia-la novamente.Estranho não? Talvez seja suicida...Ou amante de desportos radicais neste caso duma radicalidade extrema...

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