Tanto ainda há por dizer. Palavras que não sairão nunca. Sentimentos que ficarão. Opiniões que se guardam à espera. E no entanto neste blogo de notas encontram-me e perdem-me, diatncio-me ou entendem-me. Disposições diferentes e estados variados. Tristezas e alegrias aqui relatadas. Ideias chanfradas, memórias gravadas, pedaços de vida fragmentados. Estórias, momentos, sensações e outras canções. Uma Volta e tal ao Sol de escrita e tantos circulos desenhados. Um trilho e tantos caminhos. Tantos sentidos e só uma estrada. Vamos andando por ela, cantando e rindo.
quinta-feira, 27 de março de 2008
terça-feira, 25 de março de 2008
A primavera
Ser tua pertença é finalmente saber ser alguém. Sinto como um corropio emocional ao ver-te do lado de lá da janela do comboio quando chego. Abre-se a porta da carruagem e irrompe de lá o teu sorriso que me acerta em cheio. é uma sensação forte o teu primeiro beijo. é um redemoinho vibrante agarrar-te com saudade. um torpor estonteante ter a tua mão a guiar-me para tua casa. Uma explosão de frescura sensacional ter-te perto. Um calafrio ardente sentir-te. É experimentar uma corrente de ar quente e um sol abrasador ao ouvir-te chamar por mim. é sentir-me completo ao ter-te ao meu lado quando estamos no sofá. é reconfortante saber que existes em mim. Um estímulo indescritível saber-te a conhecer o meu mundo. Uma felicidade suprema ver-te saborear os meus cozinhados com gosto. Uma tempestade aconchegante cantar-te as minhas músicas favoritas. Um frémito incontrolável de emoções ao conseguir fazer-te sentir o que te mostro. Uma tontura suave ver-te feliz. Uma alegria desmesurada ao perceber que sós temos o mundo. é de quase ir à lágrimas ser atingido pelo teu carinho. Mesmo no silêncio aqueces-me com o teu amor. É desesperante ter de partir, e agonizante saber-te agora distante, porém a angústia passa quando recordo os nossos instantes e sinto-te em mim. Longe não tenho o teu cheiro, nem sinto a tua mão, nem vejo a tua face, contudo brilho tanto como o sol pois trago cá dentro o amor e ternura que me ofereceste. Que mais posso dizer? Como consigo melhor descrever? É impossível. Nem mesmo ver para crer. As palavras não passam disso. Calo-me e pressinto-te.
quarta-feira, 19 de março de 2008
Arthur C. Clarke
terça-feira, 18 de março de 2008
Notícias
Por ano morrem em Portugal e crise financeira parece ser pior do que se pensava inicialmente. Uma mulher de 29 anos foi alvejada ontem. Vómitos, febre, tonturas e corpo a tremer uma hora depois de ter saído do Centro de Saúde. Parte do contingente português integrado e três dos cinco jovens suspeitos da prática de uma série, dizem estar a ser alvo de perseguição por parte de alguns populares. Um ajuste de contas terá estado na origem e é amanhã inaugurada, pelas 16h00 um homem com rabo de cavalo e vários anéis nos dedos. Para quem tem filhos na escola, as férias da Páscoa são sempre um problema, a qualidade da carne proveniente dos centros de abate que Portugal aprovou em finais de Dezembro. A farmacêutica desistiu de construir a unidade de produção de vacinas. Em seis meses quase duplicaram os pedidos para a medição de radiações das antenas. Os alentejanos e os algarvios são os portugueses que demoram mais tempo no banho.
2semi na Fábrica do som
Numa deslocação que fizeram ao Porto os 2semicolcheiasinvertidas, provaram mais uma vez a irreverência do seu estilo peculiar. Com uma energia soberba e uma musicalidade excelente mostraram-se a um público escasso. Porém não se poderia ficar indiferente à força e ao estilo duma banda que merece a nossa atenção. Cinco elementos que se complementam onde juntam os rasgos de imaginação de cada um ao aspecto de improvisação do colectivo. Em cada acorde e em cada tom surpreendem-nos pela positiva, um som descontraído com uma mescla de um poder supremo em canções com um toque de violência auditiva, que nos deixam pregados ao solo e a cantarolar. Sons duma pujança impressionante, com variações incríveis em cada mudança de ritmo e é impossível não bater o pé, ou querer saltar desenfreadamente. Pena foi a pouca divulgação e adesão, dada a qualidade dos mesmos. Espera-se que para a próxima, o público já tenha reparado esteja preparado para quem sobressai desta forma... Em conclusão, 5 estrelas!
sexta-feira, 14 de março de 2008
Apeteceu-me
Your head come on is dead and gone it might as well be said so longIt's suds and soda a brain decoder and can I wait for my decoderGet off get up you son of pop the light below is bright on topIt's suds and soda a smile decoder and can I get yeah what I ordered?And there's always something in the air, sometimes, suds & soda mix ok with beerCan I, can I break your sentimentYou're just a monument, can't see no precedentJust wanna shout what the fuckJimmy Dean is Halloween like kerosene for dee dee sceneIt's suds and soda a brain decoder and can I skip this thing I orderedGet off get up you son of pop the light below is bright on topIt's suds and soda a vibe decoder and can I get yeah what I ordered?And there's always something in the air, sometimes, suds & soda mix ok with beerCan I, can I break your sentiment(To me) you're just a monument, can't see no precedentJust wanna shout what the fuckAnd there's always something in the airYour face come on is dead and gone, you might as well be said so longIt's suds and soda a brain decoder and can I wait for my devoterGet off get up you son of pop the light below is bright on topIt's suds and soda a smile decoder and can I skip yeah what I ordered?And can I break your sentiment?So can I break your sentiment, so can I break your sentimentSo can I break your sentiment, so can I break your sentimentSo can I break your sentiment, so can I break your sentimentSo can I break your sentiment, so can I break your sentimentSo can I break your sentiment, so can I break your sentiment Friday, friday, friday, friday,Friday, friday, friday
dEUS - Suds & Soda
dEUS - Suds & Soda
quinta-feira, 13 de março de 2008
Lindissima ( Para ti)
(M. Doughty)
Janine, I drink you up
Janine, I drink you up
Janine, Janine, I sing
If you were the Baltic Sea and I were a cup, uh huh
Varick Street and I drove South
With my hands on the wheel and your taste in my mouth,
Janine
Jesus to my left, the Holland Tunnel on my right
Angels shine down from the traffic light,
Janine
I fell asleep by the blue light of Live at Five
And as I drifted off, I heard Al Roker say to me:
Dial one nine hundred
Four Jay Ay En Eye En Ee.
Slap myself to waking but now it's too late
Cause I spelled your name out on my licence plate,
Janine
Soul Coughing
Janine
Janine, I drink you up
Janine, I drink you up
Janine, Janine, I sing
If you were the Baltic Sea and I were a cup, uh huh
Varick Street and I drove South
With my hands on the wheel and your taste in my mouth,
Janine
Jesus to my left, the Holland Tunnel on my right
Angels shine down from the traffic light,
Janine
I fell asleep by the blue light of Live at Five
And as I drifted off, I heard Al Roker say to me:
Dial one nine hundred
Four Jay Ay En Eye En Ee.
Slap myself to waking but now it's too late
Cause I spelled your name out on my licence plate,
Janine
Soul Coughing
Janine
Espalhando a palavra...(recomendo vivamente)
"Buenas tardes,
É só para relembrar que a banda chilena Familea Miranda continua a sua digressão por terras lusas. Esta quinta-feira (dia 13) tocam no Santiago Alquimista em Lisboa (Rua de Santiago, 19).
A acompanhá-los vão estar os Gnu e os dUASSEMICOLCHEIASINVERTIDAS.
Antes, entre e depois dos concertos o Tiago Sousa (Merzbau) vai estar no gira-discos.
A entrada custa 5 eurecos e excepcionalmente as bebidas vão estar mais baratas que o habitual (imperial = 1,5€). As portas abrem às 22h.
No dia seguinte (sexta-feira, dia 14) a Familea vai ao Porto. O concerto vai ser na Fábrica de Som (Avenida Rodrigues de Freitas, 27). A abrir as hostilidades vão mais uma vez estar os dUASSEMICOLCHEIASINVERTIDAS. O barulho começa por volta das 22h30 e a entrada custa 5 euricos.Em anexo seguem os respectivos cartazes. Mais informações em: www.myspace.com/famileamiranda & www.myspace.com/duassemicolcheiasinvertidas & www.myspace.com/gnulx
Aparece e espalha a palavra... abraços"
fim de citação
É só para relembrar que a banda chilena Familea Miranda continua a sua digressão por terras lusas. Esta quinta-feira (dia 13) tocam no Santiago Alquimista em Lisboa (Rua de Santiago, 19).
A acompanhá-los vão estar os Gnu e os dUASSEMICOLCHEIASINVERTIDAS.
Antes, entre e depois dos concertos o Tiago Sousa (Merzbau) vai estar no gira-discos.
A entrada custa 5 eurecos e excepcionalmente as bebidas vão estar mais baratas que o habitual (imperial = 1,5€). As portas abrem às 22h.
No dia seguinte (sexta-feira, dia 14) a Familea vai ao Porto. O concerto vai ser na Fábrica de Som (Avenida Rodrigues de Freitas, 27). A abrir as hostilidades vão mais uma vez estar os dUASSEMICOLCHEIASINVERTIDAS. O barulho começa por volta das 22h30 e a entrada custa 5 euricos.Em anexo seguem os respectivos cartazes. Mais informações em: www.myspace.com/famileamiranda & www.myspace.com/duassemicolcheiasinvertidas & www.myspace.com/gnulx
Aparece e espalha a palavra... abraços"
fim de citação
Reino de Deus
as 11:20 de dia treze de março numa rádio ideológica:
(pequeno excerto com sotaque)
"Filha cê estava mau mas Jesus cura! tem fé!"
havia uma senhora que viu o senhô junto ao rio com são joão batista, um arbusto em fogo e um leão. Todos fazendo uma bruta sardinhada ai! Um peixe era epileptico e o senhor curou, Pegou no peixe e todos comeram, coisa farta mêmo; todo o mundo a provar espalhando a palavra e doença infecciosa, sempre o mesmo peixe? E Aí? TEM MAL? Não! Pois Jesus é o senhô! Cura tudo: O aids, a arteroesclerose, dá o dizimo a mim, trafico a droga, ataco a criancinha, mas tenho o senhor como desculpa! me ajuda muito mêmo. Multiplica o vinho, subdivide o peixe, raciona o petróleo, subtrai o dinheiro, mete no bolso e faz desaparecer! Ilusão, milagre? Sabe-se lá Povão! é o Senhô! Mai nada! Vem a Páscoa e não esqueçam de dá o envelope com a nota para a morada da igreja. Viagem de avião tá doendo! Saravá!"
Sem comentários
(pequeno excerto com sotaque)
"Filha cê estava mau mas Jesus cura! tem fé!"
havia uma senhora que viu o senhô junto ao rio com são joão batista, um arbusto em fogo e um leão. Todos fazendo uma bruta sardinhada ai! Um peixe era epileptico e o senhor curou, Pegou no peixe e todos comeram, coisa farta mêmo; todo o mundo a provar espalhando a palavra e doença infecciosa, sempre o mesmo peixe? E Aí? TEM MAL? Não! Pois Jesus é o senhô! Cura tudo: O aids, a arteroesclerose, dá o dizimo a mim, trafico a droga, ataco a criancinha, mas tenho o senhor como desculpa! me ajuda muito mêmo. Multiplica o vinho, subdivide o peixe, raciona o petróleo, subtrai o dinheiro, mete no bolso e faz desaparecer! Ilusão, milagre? Sabe-se lá Povão! é o Senhô! Mai nada! Vem a Páscoa e não esqueçam de dá o envelope com a nota para a morada da igreja. Viagem de avião tá doendo! Saravá!"
Sem comentários
Belissimo
tv talkshows shining light from every window
she pulls a dress on and she who cares where she goes and wake up, wake up
here's another day and wake up, wake up
it's time your wide awake and
don't make promises that don't mean anything and wake up,
wake up wake up, wake up
it's light out honestly it's time you're wide awake
go where the party goes
dressed up in shiny clothes
we drink the waterand it tastes like medicine
and wake up, wake up
here's another day and wake up, wake up
it's time your wide awake
and don't make promises that don't mean anything
watch the day go roundand wake up, wake up
watch the sun go down with all the animals
i watch the river run and wake up, wake up wake up, wake up, wake up, wake up
jeannie talks too muchto all the animals i hear a mad dog bark she'll tell you what it said
watch the day go roundand wake up, wake up
watch the sun go down with all the animals
i watch the river run and wake up, wake up
wake up, wake up wake up, wake up
love spit love - wake up
she pulls a dress on and she who cares where she goes and wake up, wake up
here's another day and wake up, wake up
it's time your wide awake and
don't make promises that don't mean anything and wake up,
wake up wake up, wake up
it's light out honestly it's time you're wide awake
go where the party goes
dressed up in shiny clothes
we drink the waterand it tastes like medicine
and wake up, wake up
here's another day and wake up, wake up
it's time your wide awake
and don't make promises that don't mean anything
watch the day go roundand wake up, wake up
watch the sun go down with all the animals
i watch the river run and wake up, wake up wake up, wake up, wake up, wake up
jeannie talks too muchto all the animals i hear a mad dog bark she'll tell you what it said
watch the day go roundand wake up, wake up
watch the sun go down with all the animals
i watch the river run and wake up, wake up
wake up, wake up wake up, wake up
love spit love - wake up
quarta-feira, 12 de março de 2008
Bang
sentia cores que não tinham sabor e imagens sem som, vivia no espaço sem a tridimensionalidade. caminhava nas ruas sem tocar a estrada. Vivia à margem contudo andava no centro. Ouvia sensacões sem tocar no ruido. Deslocou-se. Enlouqueceu? Ninguém sabe. Só ele via o que era perceptível. Contudo ao olhar, desfocava-se o horizonte, verticalizava os planos. Numa geometria esquizofrénica mexia-se como ninguém. Observavam-no do além e classificavam-no como género e espécie. Negava e reflectia as cores, sem porém ver mais do que lia. Pensava momentos impossíveis e davam-lhe instantes fotográficos. Revelava filmes a preto e branco ao invés de lhes sentir a coloração. Num dia iluminado escondia-se a escuridão, numa praça ruidosa guardava o silêncio. Cerrados os olhos vinham as tonturas. Aberta a consciência chegavam-lhe as loucuras. Tudo branco mas pouco claro. Tudo fácil mas de consciência inconstante. As leis da física contornáveis, as leis da óptica ridículas, as leis da vida insuportáveis.
Bang!
Bang!
Um dia
No dia em que o mundo acabar vai haver finalmente paz.
No dia em que a civilização se extinguir vai haver entendimento.
No dia em que as nações desaparecerem haverá harmonia.
No dia em que os povos morrerem a vida florescerá.
No dia em que a produção industrial findar, terminará a poluição.
No dia em que as cidades ruirem, nascerão frutos
No dia em que os carros pararem, aparecerão novos animais
No dia em que os carris enferrugarem, crescerão plantas
No dia em que o Homem desaparecer, finalmente viveremos felizes.
No dia em que a civilização se extinguir vai haver entendimento.
No dia em que as nações desaparecerem haverá harmonia.
No dia em que os povos morrerem a vida florescerá.
No dia em que a produção industrial findar, terminará a poluição.
No dia em que as cidades ruirem, nascerão frutos
No dia em que os carros pararem, aparecerão novos animais
No dia em que os carris enferrugarem, crescerão plantas
No dia em que o Homem desaparecer, finalmente viveremos felizes.
terça-feira, 11 de março de 2008
Universo
Sai do ovo e levanta do ninho,vai para o ar e alimenta,voa e paira , poisa e ganha forma, aumenta de tamanho, cria e transforma, constroi e reforma, orbita e acelera, agrega e cresce, concentra e brilha, explode e forma a vida!
Estórias
Acorda com suores frios ainda a sonhar:" Terão batido à porta?" apressa-se. Começa de madrugada saindo célere pela janela do 4º andar. Houve mais um crime envolvendo tráfico de cefalópodes na zona sul. Apanha a linha e o primeiro comboio. desce aos subterraneos. Investiga junto ao bairro dos artrópodes: " Chegou tarde amigo, já veio a policia de intervenção genética, levaram as provas." Não se deixa ficar, sobe ao bar onde encontra um informador camuflado:" Podes sempre ver junto ao cais, as redes são várias, há mais de 3 grupos a operar nesta área" Fica na mesma mas desconfia...Saí e acende o cachimbo de ópio, precisa de assentar ideias, o sol já vai alto, deambula pelas ruas, gentes aos encontrões perturbam-lhe o discernimento, vai ao cais. As descargas ilegais, e o tráfico às claras. Aponta a fusca a um encarregado ciclope. " que sabes dos octos?" pergunta ameaçando-o. Aponta para o armazém 18. Comunica ao seu parceiro para ir lhe dar apoio, não atende, está com tifo. Encontra-se sozinho, chegou a altura decisiva. Entra subrepticiamente pelo telhado sob a grua de apoio ao porto. Do topo vê a jogada toda. A altura é critica, todo o bando está reunido. Sem avisar dispara em todas a s direcções e desce as escadas metálicas. Lá dentro é o caos, todos se arrastam em fuga. Consegue apanha-los em pleno acto: " vocês são todos umas lesmas!" Mais um caso resolvido. Recolhe-se ao bar, mais dois copos de eter, a lula mete-se com ele e saiem juntos. "isto pode ser o principio de uma grande amizade"...
segunda-feira, 10 de março de 2008
Quem somos?
Ao encontramos alguém novo, falamos das semelhanças para encontrar pontos comuns.
Encontrando alguém de há muito tempo, falamos do passado até ao presente.
Estando com alguem presente, fala-se de quê? As semelhanças já foram encontradas, o passado debatido, o futuro quase garantido. Resta conversar dos outros, basta salientar o que está mal, propõe-se novas ideias ou ideais. Convive-se nada dizendo.
E se a alguém novo lhe falássemos de nós? se lhe apontassemos os defeitos de imediato? e se alguém que já não viamos há muito nada dissessemos? O que é hoje em dia o racional? O que é socialmente aceite? Será que perdemos a capacidade de ser sem parecer? Só gostamos da moda que nos incute a sociedade? Somos aversos ao diferente porquê? Porque temos medo do desconhecido? Quanto mais civilizados menos humanos. Quanto mais sabemos menos discernimos. Quanto mais cultos, mais fechados aos outros. Quem somos nós? O que fomos? E em que nos tornaremos?
Aceitam-se apostas
Encontrando alguém de há muito tempo, falamos do passado até ao presente.
Estando com alguem presente, fala-se de quê? As semelhanças já foram encontradas, o passado debatido, o futuro quase garantido. Resta conversar dos outros, basta salientar o que está mal, propõe-se novas ideias ou ideais. Convive-se nada dizendo.
E se a alguém novo lhe falássemos de nós? se lhe apontassemos os defeitos de imediato? e se alguém que já não viamos há muito nada dissessemos? O que é hoje em dia o racional? O que é socialmente aceite? Será que perdemos a capacidade de ser sem parecer? Só gostamos da moda que nos incute a sociedade? Somos aversos ao diferente porquê? Porque temos medo do desconhecido? Quanto mais civilizados menos humanos. Quanto mais sabemos menos discernimos. Quanto mais cultos, mais fechados aos outros. Quem somos nós? O que fomos? E em que nos tornaremos?
Aceitam-se apostas
O alienigena
Havia um ser preto e esférico num planeta amarelo. Vivia sozinho entre muitos doutras cores e formatos. Tinha o seu feitio, era preto, mesmo quando estava com azuis. Continuava esférico mesmo quando junto a outros formatos. Vivia dum lado para o outro não se adaptando a nenhum lugar, uma vez que rolava, e nem sequer se afeiçoava a ninguém uma vez que não mudava de cor. Falava com todos, e contava-lhes os seus feitos, rebolava de cor em cor, circulava de formato em formato. Quando subia descia, quando ia ao fundo flutuava. Fartava-se de estar com todos os outros. Decidiu partir. Encontrou um Planeta branco com seres pretos e esféricos. Saltitava de contentamento, não tinha de argumentar, nem tão-pouco de provar nada a ninguém era aceite por si só. Rebolava com eles de cima para baixo, da esquerda para a direita. O dialogo não era necessário, a aceitação um facto consumado. Passou-se um século neste éden. Continuava a fazer o mesmo de sempre. Até ao dia em que não era capaz de comunicar, em que já não rolava, em que já nada via, em que o dia era sempre o mesmo. Ganhou outras cores, perdeu a forma e definhou.
segunda-feira, 3 de março de 2008
Narcoléptico - Um lenda de se ver grego
Hipnos vivia num palácio dentro de uma caverna no sul distante, onde o SOl nunca chegava, porque ninguém tinha um galo que o acordasse , nem gaivotas ou ar-condicionados, de modo que Hipnos viveu sempre em tranquilidade, em paz e silêncio.
Do outro lado de todo este lugar peculiar passava um rio, um rio do esquecimento, e nas margens, outras gentes viviam e cresciam junto ao murmuro liso de águas limpidas do rio a dormir. No meio do palácio estava uma cama bonita, cercada pelas cortinas pretas e suaves onde Hipnos descansava em penas macias com num sonho calmo . Seus amigos e familiares velavam para que ninguém o acordasse. Hipnos teve uma infãncia feliz. Hipnos era o deus do sono, da actividade a dormir, mas não dos sonhos em si. Em oposição havia Erís, sua arqui-inimiga, sempre infatigável e portadora duma actividade sobre-humana, tinha como objectivo semear a discórdia, entrava timidamente porém desde logo mostrava os seus intentos. Desceu ao vale onde Hipnos dormia e o atormentou até à eternidade. Deu-lhe a maçã e matou-o, acabou-lhe o silêncio, extinguiu-lhe o sono, desabou o seu mundo onirico, por fim desistiu. Saiu do Olimpo para nunca mais voltar.
(baseado em factos verídicos)
Do outro lado de todo este lugar peculiar passava um rio, um rio do esquecimento, e nas margens, outras gentes viviam e cresciam junto ao murmuro liso de águas limpidas do rio a dormir. No meio do palácio estava uma cama bonita, cercada pelas cortinas pretas e suaves onde Hipnos descansava em penas macias com num sonho calmo . Seus amigos e familiares velavam para que ninguém o acordasse. Hipnos teve uma infãncia feliz. Hipnos era o deus do sono, da actividade a dormir, mas não dos sonhos em si. Em oposição havia Erís, sua arqui-inimiga, sempre infatigável e portadora duma actividade sobre-humana, tinha como objectivo semear a discórdia, entrava timidamente porém desde logo mostrava os seus intentos. Desceu ao vale onde Hipnos dormia e o atormentou até à eternidade. Deu-lhe a maçã e matou-o, acabou-lhe o silêncio, extinguiu-lhe o sono, desabou o seu mundo onirico, por fim desistiu. Saiu do Olimpo para nunca mais voltar.
(baseado em factos verídicos)
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