João Cruz Oeiras de Portugal adesão a portal.membros@spautores.pt

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quinta-feira, 24 de abril de 2008

25 de abril sempre!


Mais um abril, e tantas aguás mil
Uma Revolução passada, e uma evolução adiada.
A democracia alcançada e uma autocracia mundial planeada
Nunca mais o Fascismo?
Contem-me como foi depois...

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Lei de Murphy


O acordo ortográfico vem aí! O meu dia está arruinado. Ao ler esta notícia, dei cabeçadas no monitor, que por sua vez entrou em curto-circuito, fazendo faltar a electricidade em todo o edifício, os alarmes de incêndio dispararam, todos os funcionários saíram a correr para a rua, alguns atravessaram a estrada, sendo atropelados, houve um choque em cadeia, um carro descontrolado entrou por uma montra, pegando fogo, e alastrando aos prédios vizinhos, os bombeiros não conseguem acudir ninguém por causa dos destroços, as pessoas que passam revoltam-se, gritam por justiça, e invadem as lojas pilhando tudo, a policia intervêm largando gás lacrimogéneo que acidentalmente cai para uma conduta de ar do metro, que não respeita a sinalização ir embatendo noutro, os mortos e feridos jazem por todo o lado, há marchas em direcção à assembleia da republica, o governo é deposto, Alberto João Jardim congratula-se, Lisboa arde, o País desmorona-se, é invadido por hordas de imigrantes de leste, Espanha reage, a Nato Prepara-se, o Putin fica em alerta, a China invade Taipé, Disparam-se ogivas nucleares em todas as direcções! O mundo acaba e Eu vou para casa com uma grande dor de cabeça.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Um fim


Avançava junto à linha do comboio.

Em paralelo com os carris.

divagava no horizonte,

Procurava uma luz,

uma locomotiva passou,

ali ficou

numa cruz

A verdadeira faceta de Quim. Um Actor do séc.XXI




No texto anterior falo do Carlos. Mas deveria ter falado no quim,
Um Jovem que tinha tudo mas não sentia nada.
Procurava no álcool nos alucinogénicos e nas performances espontâneas uma fuga.


Historia verídica de quem procura algo que não existe.




Uma busca duma verdade impossível ou inalcansável.




Um homem que queria ultrapassar o Adamastor e nem para Velho do Restelo servia.





Um Dom Quixote a lutar com moinhos de Vento ou numa escala menor e quiçá Moinhos de papel




Vivia numa ideologia pragmática e empírica porém utópica


Cheio de flores na cabeça e a abelhinhas em redor, porém com espinhos e estas ultimas com ferroadas




Que precisava de meditar e todos os dias entrava em comtemplacão.




bom observador MAS EM VÃO




muito analítico e pouco sintético




Uma vida passada numa paisagem onírica e sentida de forma surreal




sentida sem consciência, vivida sem essência




Procurando a simplicidade através dum modus operandi complexo




Perdendo algures o significado e a razão da existência




no meio de formulas e equações desadequadas ou anacrónicas




Complicando para avançar




Tendo motivos para investigar´




e observar tudo até a exaustão




com que intuito? Nenhum, Pura e simplesmente desconstruir




Fazendo um compêndio de filosofia de algibeira




e morrendo sozinho, na ignorância e e profetizando a desgraça




sufocando na fossa do desconhecimento e da auto-humilhação.




Finado. Desligado. Ignorado.








terça-feira, 15 de abril de 2008

Que fazer?

Hoje ao almoço passei mais uma vez por um pedinte que deve ter a minha idade. Fico sempre na dúvida para que quererá o dinheiro. Fiquei a matutar se lhe desse 20 ou 30 cent, o que iria fazer? Iria encher o copo de vinho ou iria encher os estômago? Terei eu culpa da conjuntura económica e serei eu o salvador deste rapaz? Pensei também que com os cêntimos que lhe faltava iria encher as veias do produto que ressacava. Poderei eu terminar com o problema das drogas a nível mundial e com todos os problemas que isso acarreta? Divaguei se essa quantia seria o suficiente para uma dormida no meio de lençois em vez de pernoitar no meio de cartões no mármore de um qualquer lance de escadas? Poderei eu substituir-me à acção social?
Certo é que o meu copo está meio cheio e o dele está vazio.
Tempos havia em que trabalhava numa junta de freguesia, alimentava e vestia um rapaz chamado Carlos. Vivia no Seixal, mas tal como o seu irmão,preferia dormir nas ruas de Lisboa para fugir ao ambiente de violência familiar. Estava entre outros iguais e parecia relativamente feliz entre brincadeiras de putos na Praça da Figueira e os momentos de seriedade em que perseguiam os tóxicos que lhes causavam repulsa. Esperava-me no Cais do Sodré pontual com um relógio, sempre que me via sair do metro em direcção ao comboio. Uma vez não apareceu. Passou-se um tempo.Vi-o noutra ocasião com uma cara chupada, sujo a fazer choradinho e quase a humilhar-se perante as gentes que viajavam no metro. Dei-lhe uma reprimenda, desculpou-se dizendo que assim não tinha fome. Enfim.

domingo, 13 de abril de 2008

Sonho de uma tarde primaveril


Era uma vez uma menina, um cabrito e um casebre.

A menina que vivia no casebre, queria ser princesa e passear-se por um principado e que todos a venerassem, gozar do titulo da mais bela do mundo, viver rodeada de servos e nobres que disputassem o seu coração em duelos mortais e que a enchessem de palavras, versos e belas canções. O cabrito queria ser um belo veado, a correr e saltar pelos verdes campos e pela vasta floresta, pastando aqui e ali, refugiando e embrenhando-se na floresta, ser livre e belo, livre de predadores e livrando-se da escravidão humana. O casebre queria ser um belo castelo, de torres altaneiras, de bonitas cores e de arrojada arquitectura.
Os anos passaram, a menina ficou uma frágil e rabujenta idosa faleceu sem ter conhecido ninguém além do cabrito, que foi assado numa época festiva. O casebre foi reconstruído no âmbito da recuperação de velhos edifícios pela Câmara Municipal. Recebeu fundos europeus, e passou a monumento de intereresse nacional e classificado de património pela UNESCO. Passaram séculos e a humanidade desapareceu, o casebre ficou, só e no meio da desolação da paisagem descaracterizada e poluída. Houve um dia que chegou uma Glaciação e todo o monumento se desmonorou. Ficou um lápide recordando o edifício. Da menina e do cabrito nada se soube mais, apenas que viveram e morreram. Consta que não eram mais que a memória e criação da imaginação de um rato que vive ainda nos subterrâneos. O rato prosperou.Chegou a príncipe e por ali reinou...

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Bom Fim-de-Semana




Afinal o Verão não chegou.



O Homem continua a matar


A passar fome




A escravizar

A torturar
A violar
A Proibir
A Obrigar
A morrer
A nascer e a viver
A sobreviver
e entretanto a vida noutro lado começa a renascer

Espalhando a palavra...(recomendo vivamente) parte 2


Resposta ao blog em que se perguntava quem compraria cães de raça pitbull para lutar


Sabes? acho que gente dessa que usa o cão como extensão do seu Eu, é por falta de auto-estima ou por um ego minúsculo. É como quem compra o jeep Cherokee o lá como se chama ou então o nokia 9900xb. è como se fosse uma continuação do corpo. algo que lhes falta, alguma coisa coisa que precisam de demonstrar. Lavam a alma com cenas externas, delegam em adereços( se é que assim se podem chamar) o seu estatuto. Talvez por frustração. Por complexos. Tal como os putos que comparam o tamanho do dito. Há necessidade de afirmação pessoal. É como os gajos que levam o rádio aos berros no autocarro da Damaia para Algés e no comboio para Carcavelos. Necessidade de se mostrarem incomodando toda a gente com o seu Kuduro. Enrolando a ganza no banco de quatro da carruagem, provando que são "dreads". Pessoal da margem sul que por não ser capaz de socializar com o pessoal da 24 de Julho, pura e simplesmente se junta em bandos de 10 para encher de porrada o bacano que anda na faculdade ou para violar a rapariga que é de cascais e que por ter levado uma mini-saia e um decote está mesmo á espera disso.Em suma, Gente mentecapta e imberbe, povo rude e sem formação, que nunca se deu ao trabalho de ir à escola porque ficava mal no currículo e então os paizinhos puseram-nos a trabalhar mas nunca picava o ponto, trabalhava em paralelo na venda de auto-rádios gamados, e carteiras desviadas na linha verde... Gente boa...gente feliz...gente que vai compor a sociedade do século XXI...A malta Jovem que vai liderar as tendências dos census 2010...A classe operária...Os Novos-ricos

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Mudam-se as vontades



Os Estados Unidos sempre lutaram em prol da democracia. Nos jogos Olímpicos de 1936 colocou dois negros no pódio contrariando assim a supremacia ariana da Alemanha Nazi.
10 Anos mais tarde os inimigos eram outros, o comunismo e os vermelhos vindos de Leste. 30 Anos depois somos todos amigos, e a ameaça vem na forma do terrorismo e remetida para uma ideologia o Islão.
Mário Machado disse que não era racista e que inclusivamente conhece negros mais inteligentes que brancos no entanto tinham mais propensão para os roubos etc e tal. Estranhamente está ligado ao movimento skin e não há muito tempo, ele e os amigos, punham um cartaz no Marquês desejando boa viagem aos imigrantes.
Quando eu era pequenito e ia passar férias as aldeias, geralmente éramos assaltados pelos "ciganos". Na cidade, quem prevaricava eram os "drogados". Verdade seja dita que na altura havia poucos negros à solta. A intolerância é um defeito genético talvez, e o racismo uma perturbação mental. Será que não temos mais nada que fazer? Ou devemos culpar: O D.Afonso? D.João V? A Dinastia Filipina? O Terramoto de Lisboa? As Guerras Napoleónicas? Os Miguelistas? O Salazar? A guerra colonial? O 25 de Abril? O Sócrates? Ou os "pretos" pelo estado do Pais???

Mudam-se os tempos


No mesmo dia em que um amigo fez anos nasceram gémeos doutro amigo que fica duplamente tio. Desafio o meu sobrinho para um jogo de xadrez, declina. Desafio-o para outro qualquer. "Não! Tu ganhas!". Pois é. Os Avós é que deixam ganhar...Encontrei hoje um saco com um action-man, um sebutteo( não sei como se escreve), os berlindes, fantoches, um relógio digital dos 8o´s que dava para ouvir rádio(am), um yo-yo, e tantas coisas mais. A Nostalgia apanhou-me no meio dum jogo de batalha naval com um amigo. Alturas que nos lembramos que subíamos às árvores e era como se fosse ganhar a um qualquer jogo das playstation. Tocávamos às campanhias com real medo de sermos apanhados. Roubávamos fruta e sentíamos o calafrio da ilegalidade e a excitação do lado errado da moral. Construíamos, com pau de mimosa e um arame, arco e flechas letais! Criávamos os nosso jogos. Inventávamos estórias. Esfolávamos os joelhos. Quem chorava era maricas, e a palavra era prejorativa - Ainda não havia a palavra gay ou então não havia preconceito... Éramos auto-suficientes em tudo. não havia guita mas havia vontade de viver! Só íamos para casa por fome, ou quando o frio apertava. As distâncias eram maiores ir daqui a Viseu era com uma grande epopeia. Significava também 2 meses ou 3 de férias, em cabanas fabricadas, corridas de bicicleta e idas à Feira de São Mateus...
Passam os anos, as décadas, lembramos e recordamos que nos esquecemos como tudo era fácil...

Positronics em Concerto Privado e em exclusivo na Crew Hassan

Gaia e eu

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Um história em abril


O D. Carlos tinha uma padaria. Produzia pão e massas para todo o feudo. Os recursos da região eram escassos, e uma vez que o povo não tinha meios para cultivar os terrenos D. Carlos apoderou-se deles para a cultura de cereais. D. Carlos arrendava-lhes a terra, animais e charruas em troca do dizimo. Viviam cerca de 10 famílias na região, todas sobreviviam à custa dos míseros salários. Viviam em extrema pobreza e forçados a trabalhar em horários absurdos e desgastantes. Chegou um inverno rigoroso e a produção teve de aumentar, exportava para as outras regiões, vendia inclusive para o clero e realeza. Os trabalhadores não saiam da zona de produção. Era necessário um esforço de 24 horas por dia! Os salários deixaram de existir, contratou guardas para não os deixar sair. Tinha de enriquecer rápido! Comprar o cavalo mais vistoso! As sedas mais finas! Ofertar à sua princesa as jóias mais belas e os vestidos mais caros! Prosperava! Já se ouvia falar dele nas regiões mais recônditas do reino e até o Rei queria conhecer tal personagem. Vem a primavera e com ela uma melhoria das condições. Dispensou a guarda e deu folga aos seus servos. Fechava-se em casa, o seu palácio, rodeado de todos os luxos e mordomias. Apenas contava os seus ganhos para competir com os outros senhores feudais. Um dia houve em que quis sair de casa para ir cavalgar pelos campos e mostrar a sua ilustre montada e suas lindas roupas importadas. Ao abrir a porta não conseguiu. Encontrava-se encerrado lá dentro, durante a noite todo o povo pregou as portas e janelas, fazendo da sua casa a mais luxuosa prisão do reino. D.Carlos acabou por morrer de fome e na miséria no meio de tanta opulência. Passaram-se anos e foi esquecido. Os locais ocuparam o palácio e os terrenos. A vida voltou ao normal.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Parque sociológico


A primeira visita de estudo! Pequenos Pardais, Garças, Texugos, Raposas, Cabrinhas e Javalis não se controlam de tanta excitação! Aproximam-se das cercas com curiosidade. Lá dentro um casal e um filho passeia olhando-os com indiferença, gritam-lhes e pateiam o chão tentando chamar-lhes a atenção! Mas nada..." Na placa lê-se: "Pertencem à famila normalis, normalmente passeiam por zonas livres de poluição e dão à sua cria liberdade para aprender e educam-na com mil cuidados. Espécie em perigo de extinção" Avançam até ao proximo nicho ecológico um pai com duas crianças selvagens. Um letreiro avisa: " Cuidado!Pontapeiam e berram com quem passa! Pai incapaz, dá-se em zonas urbanas, alimenta-se sobretudo em centros comercias e não se encontra em perigo de extinção. Propaga-se rápidamente" Intrigados os bichos querem ver mais especies, e andam curiosos até chegarem ao próximo nicho. Um avô e avó, dois netos e uns pais: "Perigo! Não alimente estes humanos nem o seu ego! Vivem em qualquer zona do globo, especializaram-se em torcer pescoços e capazes de guincharem para chamarem a atenção do seu grupo familiar. Encontram-se em vias de extensão.." Os animaizitos preocupam-se com esta fauna diversificada: " Eles pareciam todos iguais e afinal há diferenças comportamentais enormes!" Conclui um raposinho. Estão quase no final da sua visita, encontram mais um casal, ela observadora, ele esquivo receoso e nervoso: " Atenção! o macho ataca quando se sente perseguido e padece de agorafobia, manter a calma e o silêncio!" Chegam ao fim da visita. Ficam a saber que dentro deste género de ecosistema existem vários comportamentos díspares, e atitudes diferentes de se integrarem no meio e de socialização entre si. Criaturas complexas essas diz uma toupeira! Vá se lá entendê-las diz por ultimo um mocho...

sexta-feira, 4 de abril de 2008

"Pior a amêndoa que o cimento"


Local: Repartição Pública
Hora: Meio- dia e tal
Tempo Local: Céu limpo, cerca de 23º

Um senhor utente entra e dirige-se ao elevador. Apanhando o segurança de surpresa que se vê obrigado a fumar fora do edifício. Contudo e habituado a estas situações, larga o cigarro e interpela o homem. Pergunta-lhe o que pretende, para onde quer ir e diz-lhe que tem de pedir autorização. Chega o outro segurança da hora do almoço. O senhor diz-lhe que enviaram uma carta do serviço de inspecção e fiscalização para ir prestar declarações. Um dos seguranças telefona para o serviço respectivo. O homem na casa dos 50, bem vestido e bem apresentado, começa a tremer, revira os olhos, encosta-se à parede e deixa cair a carta. O terceiro segurança ( uma senhora) alertada pelo barulho aparece, dá a cadeira da portaria para o senhor se sentar, pergunta se não quer um copo com água e açucar para se acalmar. Entretanto os funcionários do edifício chegam do almoço e acumulam-se à entrada vendo tal espectáculo. perguntam-lhe porque veio ele. Resposta: "Porque tenho leucemia e um linfoma no pulmão e parkinson e tomo 15 comprimidos por dia".... e Porque não veio a mulher? Resposta: "Porque foi operada à anca e está muito doente" E o Filho? Resposta: " está com uma Grande depressão, só pensa em atirar-se da janela e diz que quer morrer"...
Mais tarde sabe-se que nada daquilo é real a doença é apenas mental, e o problema é só com as instituições públicas e dívidas ao erário público.

Conclusão: Quando se é vigaro, não se tem ninguém e quer-se chamar a atenção, nada como ser doente. Consegue-se fazer parar um serviço público e ter-se à volta cerca de uma dezena de funcionários. Mas será que isso é o suficiente para ficar impune das suas responsabilidades cívicas? Bom...lembremos o Pinochet e o Fujimori...

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Retorno


Nova viagem com um destino já com sabor a antigo ou como regresso a casa. Em cada uma sempre uma descoberta, um avanço no espaço e uma paragem no tempo. Um entrada num mundo novo, uma conquista, uma rua recordada e da próxima vez reinventada. Uma Ida com a sina da volta. Partida de Santa Apolónia e chegada a Campanhã. Mas antes, e à saída, a procura do lugar, a monotonia do balançar, sempre a aproximar-me porém. Largo Lisboa e o estuário do Tejo, entra-se na Lezíria, e o rio estreita-se, a paisagem alarga-se e estende-se, assim como eu numa tentativa de chegar rapidamente. O cinzento e castanho dá lugar ao azul e verde. Os cavalos na planicie vistos de relance, o cheiro a terra lavrada, o sentir das gentes que ficam agora para trás. Os carris afastam-se no Entroncamento, e eu vou-me aproximando. Em seguida Coimbra, o Mondego, o Penedo e a Saudade, tudo fica enquanto o comboio avança... Um cigarro cá dentro às escondidas, enquanto lá fora o Mar vai engolindo o Sol.
Pára a composição em Aveiro, mas não o coração que acelera. Estica-se as pernas, estendo-me para ti, mas não chego. Passa-se Espinho, e é como se estivesse cravado em mim, o tumulto da chegada. O torpor da aproximação. Pega-se na mala, anda-se para trás e adiante. Ouve-se: "...Gaia" pelo altifalante, que convulsão no corpo, um nome familiar, que ressoa em mim . O rio cruzado, a visão cansada de tanto horizonte, eu maravilhado de mais uma e outra ponte. Um rio por baixo que nos lava a alma, que nos faz sorrir de estar tão perto...de nunca mais querer partir... De repente tudo pára, de súbito a calma. A um metro da trindade, de mão dadas, mais um passeio nos aliados, e olhares trocados. Contigo e com Ferrugem, e já bem oleado, dou-te uma flor nos Congregados, um regresso anunciado, mais uma encontro marcado com um abraço há muito sonhado...

terça-feira, 1 de abril de 2008

Calor



Parece que a Primavera chegou ao sul e com ela o Sol. A vontade de passarinhar e de nada fazer... Dias de dolce fare niente, bebericando uma imperial numa esplanada virada a Poente. Acabar um livro de enfiada. Estar como um lagarto a sentir o sangue a aquecer. O suor a escorrer. Gostar da Brisa fresca a acariciar a face. Mergulhar no mar, adormecer na areia. Conviver e revisitar os amigos, andar sem objectivo, ir para fora cá dentro, ir por aí...

As férias, as festas e festivais!


As praias do Alentejo, a areia branca da praia, a cor dourada da planicie alentejana, o calor serrano e o céu bem azul, as folhas verdes, o vermelho do escaldão, a tez acastanhada, as noites em branco, o laranja do Por-do-Sol, uma palete de cores no solsticio! Quase a chegar os santos, os concertos à borla, as tardes no jardim, o sorriso rasgado, a sardinha assada, e tudo isto ou mesmo mais nada!

Eu e o Isaltino em Algés

Eureka! já sei pôr Fotos! Sou silicio-dependente! e Audiovisual!

1 passeio


De uma Graça sobre rodas apeados num convento,

sem Vicente de fora e um moscatel,

em Alfama num pulo sem gravidade,

um salto magnético e num impulso emocional,

puxados para trás por espectros,
e num ápice um por-do-sol

sinais de luzes,

torres gémeas,

santos designados por Apolónia e Amaro,

sonos trocados

num cabo

numa roca

sonhos cambiados
Um adeus

uma lágrima

e até já!

Saudades dos Santos!

Que mês fantástico que é o Junho!
Festas da Cidade em Lisboa!
Os Feriados!
O Santo António!
O Solsticio
E os dias enormes!
Que saudades!

Problemas imberbes da juventude actual

Questões:


"Why Pink Floyd´s Comfortably Numb playing every fuckin 3 minutes at Lisbon´s subway?"




Possíveis soluções:




porque é subterrâneo


porque é ímpar


mesmo invulgar


único


ordinário sem ser extra


sem megas


duzentos gigas


cenas binárias


coisas concretas


firmes


betão armado sem


paz.
nem tão-pouco debalde.