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sexta-feira, 4 de abril de 2008

"Pior a amêndoa que o cimento"


Local: Repartição Pública
Hora: Meio- dia e tal
Tempo Local: Céu limpo, cerca de 23º

Um senhor utente entra e dirige-se ao elevador. Apanhando o segurança de surpresa que se vê obrigado a fumar fora do edifício. Contudo e habituado a estas situações, larga o cigarro e interpela o homem. Pergunta-lhe o que pretende, para onde quer ir e diz-lhe que tem de pedir autorização. Chega o outro segurança da hora do almoço. O senhor diz-lhe que enviaram uma carta do serviço de inspecção e fiscalização para ir prestar declarações. Um dos seguranças telefona para o serviço respectivo. O homem na casa dos 50, bem vestido e bem apresentado, começa a tremer, revira os olhos, encosta-se à parede e deixa cair a carta. O terceiro segurança ( uma senhora) alertada pelo barulho aparece, dá a cadeira da portaria para o senhor se sentar, pergunta se não quer um copo com água e açucar para se acalmar. Entretanto os funcionários do edifício chegam do almoço e acumulam-se à entrada vendo tal espectáculo. perguntam-lhe porque veio ele. Resposta: "Porque tenho leucemia e um linfoma no pulmão e parkinson e tomo 15 comprimidos por dia".... e Porque não veio a mulher? Resposta: "Porque foi operada à anca e está muito doente" E o Filho? Resposta: " está com uma Grande depressão, só pensa em atirar-se da janela e diz que quer morrer"...
Mais tarde sabe-se que nada daquilo é real a doença é apenas mental, e o problema é só com as instituições públicas e dívidas ao erário público.

Conclusão: Quando se é vigaro, não se tem ninguém e quer-se chamar a atenção, nada como ser doente. Consegue-se fazer parar um serviço público e ter-se à volta cerca de uma dezena de funcionários. Mas será que isso é o suficiente para ficar impune das suas responsabilidades cívicas? Bom...lembremos o Pinochet e o Fujimori...

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