segunda-feira, 30 de junho de 2008
Frases soltas. fases Altas
Saltando de visão em observação, vou gravando cada palavra. Vou vendo as faces e retirando expressões. Lendo as mãos e tirando impressões. Escrevo sentimentos e trago emoções. Salto páginas e rasgo maldições. Preencho folhas com novas canções. Armazeno poemas, guardo memórias e bebo ilusões.
Encho-me contigo, construo-me em ti e reorganizo-me por lá. Consumo, trato, meço, calculo, disseco e sintetizo. Baralho tudo e dou de novo. Fico confuso e até tonto, porém dou-te o que possuo e assim aumento, cresço, enriqueço, floresço, brilho, ardo e expludo! Feliz por saber-te, alegre por ter-te, contente por sentir-te. Sou mais, estou melhor e faço tudo.
Subi e aumentei. Dali vi o Mundo, daí vejo-te a ti. Toco o Universo.
Xi!
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Ode naif ao Verão
As Ondas chegam ao céu.
Os pés largam o chão.
A areia escalda as palmas
O sol esquenta as almas
Os corpos rasgam-se em sorrisos,
as cores sobressaem na luz
coram os rostos
tempos bem dispostos
à Chegada do Verão
nascem fantasias
sofre-se por antecipação
com o aumento dos dias
Criam-se sonhos
ilusões e ideais
tal como novas e belas poesias.
quarta-feira, 25 de junho de 2008
tudo!
por cima do arco-iris andei
mudei de direcção
consegui cair. pairar
vi tudo!
O sol vigiava os meus passos
orbitei-o e curvei,
para cima ou para baixo nem sei!
viajava a alta velocidade
pleno de aceleração
pontos brancos passavam
tocava as estrelas
gritava no vácuo
ninguém me ouvia
no centro de tudo
estava só
no meio ou na ponta de tudo,
de tudo o que era ou seria
no meio do pó
brilhava
e transparecia!
terça-feira, 24 de junho de 2008
segunda-feira, 23 de junho de 2008
O Pedro e os Lobos
Grita dentro da noite e acorda em sobressalto. Empurrado num sonho recorrente. Torturado em silêncio, sufocado pelas gentes. Pedaços de lã nos lábios dos que se riem. Sangue fresco escorrendo e troçando à roda da fogueira. Adormecem esquecendo a destruição provocada, acordam questionando por quem não fez nada. Cativo num pesadelo permanente...
domingo, 22 de junho de 2008
Joaninos
Passam as francesinhas pra lá dos Aliados. Sente-se o Solstício na ribeira no meio dos momentos gravados. Um casamento entre o Sol descente e a Lua vazante. Na Praça em cubo e numa passagem pedonal um instante circular. Uma busca de gente e muitas cabeças no ar. Uma rosa oferecida. Uma ligação social, uma relação consolidada num dia a dormitar. Saída da hibernação numa entrada no Verão. Olhos postos no São João. A expectativa criada desfeita na madrugada. Pôr um sol ardente e nascente, um dia perfeito e já com o Sol a Poente. Festas, feiras, fitas, e fogos! Artificios e artifices, vendedores e versos em pedra, canções em play-back, discussões gravadas, fotos tiradas. Um dia passado, uma noite casada, um trivial jogado, a noiva cansada, um moscatel gelado, um noivo histérico excitado! E tudo, mas tudo para ser vivido e para sempre recordado!
sexta-feira, 20 de junho de 2008
"Acabou o Sonho Europeu!"
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Atiro-me ou não?
Em 20 anos fui capaz de fazer muita coisa.
Menti,enganei,iludi e omiti. Fui livre de fazer o que me dava na gana! As maiores cruledades e atrocidades passam-nos pela cabeça quando somos jovens imberbes. Só depende da nossa consciência ética e moral. Muitas vezes fui posto à prova e não desiludi...Enfim são alturas da vida de liberdade extrema! Nem são escolhas, são opções. O que faço depende do mundo interior e exterior. Da Vontade, do Desejo, da nossa Moralidade, Ética e aquilo que nos torna humanos. Que no fundo é o mesmo que nos faz animais. Os Instintos. Porém podemos escolher. Será que não devemos? ~
Atiro-me ou não?
partir
Não sei se me faço ao mar, nem sei se na areia me vou deitar! Quero sentir o Sol e para o Sul partir! Ver o azul do mar e o verde achar! Descer com a corrente, subir com o ar ascendente! Subir e crescer e voar, do alto da céu olhar, toda a gente ver e todos abraçar. Rir de nascente a poente. Uma tontura crescente, numa sensação emergente e respirar a brisa duma noite quente. Deitar-me com o piar da coruja, adormecer com o calor resistente e sonhar com o sol presente!
amanhã
Mais um dia que corria lento de janelas fechadas.O corpo inerte assentava no mundo. Relutante em mostrar-se à sociedade permanecia na penumbra. Esquivava-se das populações. Evitava o contacto. Hesitava em tranformar-se, adiava a mutação. O amanhã chegava rápidamente. Inadiável . Esperava contudo a metamorfose . Chegaria decerto num momento qualquer. A água fétida evaporava-se subitamente. Rompeu a pulpa e voou, ganhou altitude e respirou fundo. Cheirou um pantano, e direccionou-se. Alojou-se na carne viva dum herbívero. Alimentou-se e cresceu. À sua volta o cheiro a morte, abandona a carcaça e ocupa outra. Passam vários amanhãs e encontra-se só. Já nada para consumir. Assenta no mundo e espera. Acordará novamente.
segunda-feira, 16 de junho de 2008
Interrogação
Como catalogar um blog que tem 200 textos pelos 3 últimos?
Será correcto avaliar o carácter da população mundial por um país apenas?
lembra-me a expressão:
"Cão que ladra não dorme"
Será correcto avaliar o carácter da população mundial por um país apenas?
lembra-me a expressão:
"Cão que ladra não dorme"
Descrição sumária
De SAnto amaro de Oeiras fomos ter com o Santo António. Com a santa apolónia por começo e de encontro ao santo estevão num rendez-vous com o Cristo no meio da santidade. As sardinhas no pão e o Pato por companhia assim como as respectivas consortes. As cervejas a jorrar, a socialização total, a bandalheira universal, as horas a passar, mesmoo lugar marcava presença, e a Joaninha a pairar, esperar e desesperar. O alcool a acelerar, os disparates a jorrar, as brasas a queimarem, tudo a saltitar, gente a cantar, os Ponkies a bombar em Alfama, sempre a dar! A excitação e o torpor, do falatório sem sentido, as estorias criadas, os vendilhões do templo, os passageiros do tempo, presos neste espaço, lindo e belo como momento.
Uma tradição instantanea, como uma marcha a caminhar, mesmo fora do recinto a dançar , presos pelos corpos que enchiam cada calçada, as vozes falavam mais alto e pisavam a estrada.Foi tudo isto e muito mais! A falta de imaginação a juntar à confusão faz-me calar e dizer mais nada
Uma tradição instantanea, como uma marcha a caminhar, mesmo fora do recinto a dançar , presos pelos corpos que enchiam cada calçada, as vozes falavam mais alto e pisavam a estrada.Foi tudo isto e muito mais! A falta de imaginação a juntar à confusão faz-me calar e dizer mais nada
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Os santos
deuses
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Recomendado
Teatro do Vestido
Esta leitura é sobre a Zona Autónoma Temporária de Hakim Bey: "A inevitável tendência dos indivíduos se juntarem em grupos para buscarem a liberdade". Criar uma ZAT para atingir um fim – a maximização da liberdade numa sociedade que sufoca – através das armas que temos ao dispôr, armas como o terrorismo poético, o imediatismo, o boicote e a liberdade de acção, expressão e criação.
Esta leitura é sobre nós nesse processo. Somos uma ilha isolada e somos um mar de gente. Somos sós e somos nós.
Esta leitura é sobre nós nesse processo. Somos uma ilha isolada e somos um mar de gente. Somos sós e somos nós.
Autores: Hakim Bey, Henry Miller, John Donne
Com: Gonçalo Alegria, Joana Sapinho, Pedro Caeiro, Rosinda Costa, Sabina Delgado, Tânia Guerreiro
com o apoio do Útero Teatro e Miguel Moreira
agradecimentos: Primeiros Sintomas
contactos: 918388878 / 961854794 Simon Frankel
terça-feira, 3 de junho de 2008
Que evolução?
Somos um sub-produto de um acaso de uma mistura de ingredientes provenientes do cosmos...Num dos braços da espiral duma qualquer galáxia, a poeira química condensa-se e mistura-se.A formação da nossa estrela e dos planetas em órbita. Num deles os elementos pesados mais comuns afundam-se e formam o núcleo. No manto a matéria em ebulição e por cima deste uma crosta que solidifica. Dos gases e elementos químicos existentes surge um caldo primordial onde se juntam as primeiras moléculas,a replicação do ADN, a primeira célula, a fotossíntese... um clima propicio à evolução de organismos mais complexos, a posição bípede, o polegar oponível, a visão binocular, as populações aborígenes escassas e amedontradas no meio de um vasto e desconhecido mundo verde e azul. Segue-se a descoberta do fogo, do bronze, o neolítico, a sedentarização, as primeiras filosofias, as primeiras orações, a deificação da natureza, a adoração do sol, e de todos os elementos. As primeiras civilizações. A Evolução de um ser perfeitamente adaptado, completo e inteligente. Mas então, quando foi que nos tornamos assim?
em caso de dúvida sintonize uma emissão televisiva perto de si
domingo, 1 de junho de 2008
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