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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Sabem que mais?


Hoje acordei dentro dum frasco. Estava certo que tinha adormecido noutro lado. Uma amnésia impedia-me de olhar para trás. Via o futuro. Via-me embalado. Via-me enroscado qual lâmpada. Senti-me selado. Constatei-me enviado por mail. Emitido via satélite. Reflectido num espelho. Pendurado numa parede. Afinal estava morto. Inanimado. Estático. Preso num fundo preto. Não estava como uma estrela a salvo dum qualquer pensamento num planeta. O que via era o futuro como um carril. Mas não se prolongava para o infinito mas sim torcia-se e perdia-se em si. Numa espiral colorida. Afinal era mais que isso. Era um dia. Um instante talvez. Era eu. Mas quem. O fio parte-se e caio. O fim aproxima-se. Um sol nasce. Sou o criador e invento. Estou ciente, sou um doutor mais que paciente. Espero, a minha vez. Salto, sonho e dou uma cambalhota num espaço amplo, silencioso e vazio. Toca a campainha. Desligo-me e sigo um um ideal numa recta sou um ponto transladado e uma linha.

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