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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Um caso da vida


Nesta altura do ano, chovem promessas vãs de um mundo melhor.

Em tempos antigos vários eram os caminhos do homem em direcção ao bem-estar:

Budismo conduzia-nos ao Nirvana num estado total de paz e plenitude

hinduismo a busca incessante do sagrado e como viver em harmonia com o mundo

Judaico-Cristianismo - Os mandamentos e a salvação do homem

Islão - Os mesmos principios num livro tem como directriz a paz.

A hipocrisia é enorme. E que é feito do Homem comum neste tempo todo?

Vive liberto? Consciente? Feliz? Saceado dos seus principios básicos?

Depende da perspectiva. Numa visão geral, sabemos que o homem é perseguido pelos seus valores morais e religiosos. E dependendo da região onde viva o seu grau de satisfação e bem-estar, aumenta ou diminui consoante, a força da economia e desenvolvimento social do seu pais.

Pegando no homem ocidental comum, e dando como adquiridas as necessidades básicas, uma cama e uma mesa, outros valores se levantam. Quer e pede mais. Ultrapassadas as carências almeja mais alto. Daí haver individuos que entram em conflito com a própria sociedade, uma vez que se dão ao trabalho de pensar e de exigir para si, mais e melhor´, seja a nivel, fisico, mental ou intelectual.

O homem viverá feliz se a essas necessidades básicas se juntar, o direito de viver, a garantia de sobreviver, e a liberdade de expressão. Pode também traduzir-se em saúde, protecção, e livre arbitrio.

Quando é dominado, o homem atrofia, os seus olhos fecham-se e não olha o mundo, os ouvidos não escutam e remete-se ao silêncio os seus sentidos são reprimidos, e mais não passa de um vegetal. Tem coko unico objectivo acordar, sair, trabalhar e recomeçar ad eternum.

Quando é subjugado, é como se lhe espetassem um faca no coração, deixa de actuar, isola-se, vai reduzindo os seus objectivos e estagna.

Quando o homem é reprimido, fecha-se na sua bolha, não transmite para fora as suas opiniões, não passa de um fantoche.

Quando um homem é controlado, deixa de viver, deempenhar as tarefas mais básicas torna-se complicado, a falta de estima é tremenda, o Ego encolhe-se e atrofia, perde o brilho, o desejo e a vontade extinguem-se, o semblante carrega-se, a felicidade apaga-se, o facto de ser e estar deixam de ter sentido, é um autómato, responde a estimulos como um insecto, diminui-se, fecha-se e morre.



Feliz Natal, ou melhor, que a vossa existência possa ser rica, e embora ainda tenham fé e esperança que os vossos pecados sejam perdoados, não esperem pela salvação, pois quanto a mim é um processo burocrático complexo, e isto não é Hollywood, é a vida real.

5 comentários:

Porcelain disse...

Bem... acho que as religiões não pertencem apenas ao mundo antigo... se bem que acho que estão de facto condenadas à extinção eheh... no seu fundamento acho que existe algo de positivo, porém perverso... acho que a sua criação como sistemas filosóficos visou orientar o ser humano e permitir-lhe escapar ao "pecado", salvando-se e assim fugindo à dor... tornam-se hipócritas porque a maioria delas ao invés de estimular o conhecimento próprio, que era o que deveria fazer uma boa religião, que, por sua vez, se assim fosse, deixaria de o ser, provavelmente... estimulam sim a absorção acrítica de uma série de dogmas que cingem a experiência e a possibilidade de aprendizagem...

O homem comum anda esquecido de si... mas talvez menos esquecido de si do que nos tempos em que aceitava passivamente as balelas ditadas pelas religiões... acredito que de alguma forma mudámos e mudamos para melhor... acho que hoje ao invés dessa aceitação passiva, procura-se mais activamente... vive-se mais... ainda que se ande desorientado... mas acho que essa é uma fase necessária na fase da busca... aquela que nos leva à luz do encontro connosco mesmos...

Enfim... subscrevo na totalidade as palavras, ideias e opiniões expressas neste post, acrescentando-lhe mais estas...

E prontoze.

:-))

Cruztáceo disse...

O mote deste texto não eram as religiões nem os paradigmas de que a nossa sociedade padeçe, contudo não quis dizer que as religiões são só do passado, mas que estão ultrapassadas, porém não estão extintas. Em grande parte forma substituidas. Muitos aderem a novas seitas, outros têm a sua fé na ciência, outros ainda viram-se para os vários ramos da filosofia que se criaram no séc XX, e na minha opinião por um vazio ideologico imenso, em que a religião já não estimula nem conforta. Depois da segunda guerra mundial e com a invenção da bomba atómica, o poder do homem tormou-se quase supremo, tanto que começou a questionar a existência de deus. Aliás, procurou um aliado na ciência, tanto asssim é que foi quando tomou consciencia que num Universo tão grande não estaria só, e os primeiros relatos de ovnis são da década de 40. Durante guerra fria a evolução tecnologica foi tremenda, pusemos um homem no espaço, e máquinas na lua, marte, luas de jupiter, saturno e duas saiem agora do nosso sistema solar, A pioneer 10 e a Voyager 2. É lógico que o papel de deus e o seu espaço estreitou-se. A aldeia global tornou-se mais curta, a informação mais rápida, o homem, trnasformou-se sim, agora se para melhor... Vive numa ilusão dada por esta mesma ciência que agora substitui Deus na explicação de tudo, e numa ilusão cultural e de formação, pois é os meios de omunicação que lhe transmitem o seu saber. O homem despegou-se da terra, desconhece-a porque vive longe dela, arredado da realidade Terrena, vive numa espécie de redoma. E como diz o ditado longe da vista longe do coração. Assim sendo,s e por um lado o acesso à iformação é mais fácil, a qualidade é discutivel. Mas como tudo lhe vem para a mão( ainda no mundo ocidental), e lhe oferecem como que rebuçados paar o aliciar e controlar, continua mais ignorante ou mais que na idade média, se bem que certamente mais estupido, por inadaptação a um meio que modificou rápido demais desde o neolitico. Tenho dito

zeroz disse...

baseado em fontes fidedignas

Porcelain disse...

:-))) Mas eu na mapeteceu falarr do mote eheheh apeteceu-me falarr das religiõeze... :-P

Acho que o mundo se tornou mais exigente em termos de explicações... há certas coisas que já não servem por serem demasiado superficiais...

É interessante essa tua ideia... por acaso nunca tinha associado a ideia do facto de o homem ter agora poder para destruir o próprio planeta ao questionamento de Deus... acho que um poder destruidor vem associado a um poder criador... talvez de facto estejamos de alguma forma mais próximos de Deus, apesar de tudo!

Como um filho que cresce e se aproxima dos pais que o originaram... e por isso também procura sair de si mesmo e conhecer outros...

Acho que seja qual for a explicação nunca é a pura verdade... um ser humano não acede à verdade, apenas à imagem que acerca dela a sua mente formula :-) Acho que por melhor que seja a explicação, acaba sempre por ser uma ilusão...

É triste o desapego à terra de facto... concordo com algo que li algures que dizia que esse afastamento da terra provoca no Homem uma sensação de insegurança por não conseguir sentir a sua principal fonte de alimentos, e viver tão longe dela...

Eu acho que a Humanidade como sistema evoluiu... temos hoje conhecimentos e possuímos uma compreensão do planeta que nos permitiria viver em paz com ela, se quiséssemos... mas... essa é uma longa e complexa questão!! Viste The Day The Earth Stood Still?? Brutallll :-DD

Tenho escrito.

:-DDDDDDDDDDDDDDDDDDDDD

Cruztáceo disse...

prontuz...não vi mas tenho aqui pra ver