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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

vácuo


O ritual, o dinheiro gasto, o prazer caduco, onde foram?
Na rua, o branco, cego. atrás o cinza, esquecido e em cima o preto, sem futuro.
cá dentro um breu.
O caminho deserto sem chegada nem partida,
não há meio nem um fim.
O objectivo é estar sem ser ou ter.
Sentir doi, amar aperta, gostar magoa.
Num abraço sufocante do rancor da mágoa da angustia.
um sabor azedo na boca.
Oiço um silvo estridente que me corroi e corrompe a alma, o ser, o eu, o meu. Vejo tudo e à minha volta rodopia o nada, consome-me, gasta-me, mata-me.
Digam-me onde se sai, como se sobe, como se está,
e tirem-me a dor, o sacrificio, o martirio.
Onde estive?
e por aqui ficarei pra sempre nesta cave encerrado, sem saida, amordaçado, auto-esclavizado. Desgraçado, a vida num luto, a sobrevivência numa eterna luta perdida, caído, prostrado, a visão turva cansado, apago.
sem luz, sem som, num rasgo de pavor no Medo.