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terça-feira, 7 de abril de 2009

caminhos

Os nossos rumos estão em constante adaptação. Há sempre uma evolução no nosso rumo, embora a base linear da caminhada tenha sempre o mesmo fio de prumo.
O que nos divide na caminhada não deverá ser mais forte do que nos une. Nesse trajecto, há situações momentâneas e estados de espirito que nos fazem desviar e estar em constante mutação,com base nas nossas necessidades básicas imediatas. É um processo evolutivo que tem como base essa caminhada em comum.
A empatia por um novo trajecto pode ser imediata como pode ser causa duma insistência diária ao longo dos tempos. Perdura um passado comum e um presente de caminhos perfilhados. A saturação ou a exaustão de trilhar em unissono não nasce de um dia para o outro é um processo também evolutivo. Cada um de nós tem o seu perfil individual e trilha um caminho unico, que é por vezes trilhado também por outros. Quem atalha caminho chega a um ponto antes dos outros, essa necessidade talvez surja por já conhecer o caminho, e aí, o meio é diferente para atingir um fim. O problema talvez esteja quando nesse atalho, encontre novas paisagens que não partilhe com os outros, umas vezes por ser irrelevante, outras por uma questão de egoísmo ou apenas de auto-preservação dos seus princípios. Quando se cruzam novamente os caminhos, já há estórias diferentes, os interesses comuns diluem-se e são colocadas à frente outras prioridades. E o que é sacramental para um não tem de ser necessariamente para o outro. Embora o tempo trilhado junto seja imenso, surge por vezes a necessidade de mudar o rumo, não por atalhos, nem por caminhos inversos, mas por trajectos mais rápidos e directos. O que se sobrepõe à frente dum caminho comum tem de ser de extrema gravidade ou importância para seguir em frente sem olhar aos obstáculos. As vezes nem se olha para trás, o passo é mais acelerado que o dos outros, as divergências aparecem e as distancias aumentam. Dessas caminhadas já não existe um rumo comum, por comodidade, por não se achar que se tem que seguir as pisadas, ou por não se sentir que temos de ir lado a lado. Aí surgem novos horizontes, e interesses particulares interferem com os gerais. já não há caminho de volta, uns chegam a becos, outros a cruzamentos, e têm de optar. Independentemente da vontade,ou da lealdade aparecem outras sensações e emoções, e há quem eleve a fasquia, muitas vezes esses preciosismos são objectos fúteis ou mesquinhos, e aí um caminho que percorririamos com gosto, fazê-mo-lo por cortesia, ou como agradecimento, mas fugir ao nosso rumo sem ter olhado para trás, nem olhar o nosso horizonte é negar o que nos torna auto-suficientes. Negar os nossos instintos é tornarmo-nos artificiais. Ser independente, ou ter vontade própria e indicar o caminho, não tem de necessáriamente ser visto como imposição, apenas como uma nova visão. E não estar atento às mudanças de rumo nem às alterações e mudanças de direcção por motivos individuais é factor de divergência no caminho,e por vezes há indicações que uns têm de seguir e tabuletas que outros não reparam. Não aceitar as diferenças é sinal de intolerância. Não nos revermos no caminho não é verificar que ele está errado é aceitar o facto que há outros, e aí, nada como parar, olhar o mapa voltar um pouco para trás, até terreno ver reconhecido e recomeçar.

O caminho termina.A Aventura começa.

2 comentários:

as velas ardem ate ao fim disse...

Não aceitar as diferenças é sinal de intolerância. Não nos revermos no caminho não é verificar que ele está errado é aceitar o facto que há outros, e aí, nada como parar, olhar o mapa voltar um pouco para trás, até terreno ver reconhecido e recomeçar.O caminho termina.A Aventura começa.


Certissimo.

Esoero que isto não seja um Adeus!

bjo grande

Cruztáceo disse...

Não. não é adeus.Antes um "Até amanhã Mário". Desavenças, atritos choques "identitários", desinformação, inercia racional, entropia opinativa com cariz persono-social.( deu-me para o neolinguismo)
Alias nunca direi adeus ao blog nwm nunca acabará. Só com a minha morte e por motivo de força até agora desconhecida.

beijitus