#1
perdeu-se por uma coxa em alfama
belos momentos de televisivos
e romances de quem esquece tudo quando ama
quase parecia o fátima lopes
a televisionável... não a outra
padecia de várias maleitas
e sonhava ser sardinha
passou-lhe com o tempo,
passou das marcas
e saiu da linha
pela radiação solar,
e uma mutação ao deitar
transmutou-se em fataça.
bem boa...
escamada e tudo,
acamada mais tarde
incapaz de respiração á tona
breves momentos de felicidade
é certo...
contudo, fugaz e intenso
mas enfim tudo passa
o que é certo é que está na Graça,
perto de sapadores,
onde tem um mini-mercado
vende minis aos trabalhadores.
#2
Era uma Vez o Kahmoud
um jovem na altura,
subia aos zigurates
buscando as estrelas
era curioso e fazia uns disparates
foi atirado
sobreviveu
mas tolhido
julgava-se Ciro o grande
cavalgava um carrinho de mão,
envergando uma foice,
dizimando quem passava
morreu como um infiel, o cão.
mas isso é outra estória...
#3
por acaso lembrou-se da Sonia Albacete
moçoila que derivava de terra em terra,
qual nómada com sangue nas mãos
e sangue na guelra,
da parte do pai
andava na apanha de bagas e frutos com os seus comparsas
isto na altura do estio e quase parecia o Dubai
encontrou uma portentosa cerejeira
o sol ia alto e prostrou-se à sombra
o breu caiu de rompante
criando um halo pardacento à sua volta
(à volta dela bem entendido)
no meio de tal denso e pustulento nevoeiro
surgiu um corvo mensageiro
tendo dissertado sobre o taoismo
e as leis da criação
assoberbada com tal experiencia
abraçou a coisa de corpo inteiro
dedicou a vida a arrecadar ideais
ideologias e até uma nova religião
foi para o céu
sem antes ter multiplicado o pão
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2 comentários:
Fabulosas historinhas infantis... o Manel Candeias era genial... 1801? Quem diria que na altura já era assim... não saímos da cepa torta, pois não?
Ora nem mais.o Manel era um visionário...
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