terça-feira, 20 de outubro de 2009
Acorda!
Era um dia como os outros, com uma grande diferença, chovia a cantaros. Ninguém andava nas ruas, estava tudo desaparecido, no local onde havia a cidade, havia agora um grande planalto verdejante. O homem desaparecera e dera lugar a um rebanho. Sem numero de identificação bancária, sem o prazo para o pagamento da electricidade, sem horário, sem indumentária, sem cenário, sem mascaras, sem dramas, tramas, ardis e enredos complexos. A vida corria fácil, o sol erguia-se no meio do mundo, os ruidos mais estridentes são resultado dos berros dos cordeirinhos. A água corre livre sem barragens, os animais circulam sem redes e cercas electricas, a relva cresce em qualquer lado e a par com os silvados, as árvores morrem de pé. Eis que surge um zunido irritante que persiste, que não pertence a este mundo, um barrulho mecânico e monocórdico, algo de artificial que afasta este mundo. Abro os olhos e o despertador toca.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
O caos... uns dizem que é para lá que tendemos... outros dizem que não, que é para a ordem... mas se caos e ordem são meras formulações da mente humana...
Curioso que a mente só consiga funcionar de forma ordenada e e eficaz se tiver, todos os dias, ou todas as noites, um espaço a dar ao caos....
Enviar um comentário