A constituição de 1976 traz com ela os principios básicos do que nos compõe como sociedade, das máximas que nos guiam e nos marcam e que contribuem para a nossa evolução como povo, o que nos diferencia ou aproxima das outras sociedades e aquilo que nos transformou politica, cultural e socialmente. Com o 25 de abril, veio a liberdade, e com isso os nossos direitos mais básicos, como o acesso livre à eduçação, à saúde, à habitação, à cultura e à liberdade de expressão, de associação, de manifestação, de contestação até. O Século XX, trouxe ao nosso País, conceitos que já eram conhecidos desde tempos muito anterirores. A revolução francesa e a independencia dos estados unidos da américa abriram portas a uma revolução mais profunda da humanidade e a uma evolução de mentalidades, a uma foram de pensar individual e colocando a humanidade à frente, deitando por terra o teocentrismo na maioria dos casos. Mas dizer-nos completamente livres é demasiado. Vivemos num plano de realidade que nos faz interagir com os demais, e embora sejamos senhores do nosso destino, dependemos sempre de terceiros. Estamos conscientes de que somos livres, e disfrutamo-la, mas é um conceito abstracto e é transcendente, quando esta é divergente para todos e toma uma forma diferente em cada instante, no seu todo é unica embora interpretada de diferente maneira.Fazendo com que a nossa liberdade se adapte e molde ao proximo, tornando-nos escravos de multiplicidades de trilhos que nos intersectam. Assim, nunca somos verdadeiramente livres uma vez que habitamos no mesmo plano com uma infinitude de opiniões, e para se seguir o nosso caminho teremos de inevitávelmente de pisar o trilho do outro, convergem e divergem, andam em paralelo ou concorrentes ao nosso, e assim sendo a liberdade é uma prisão da nossa opção e uma verdadeira servidão humana.
Estamos no fundo como o ratinho que corre na sua rodinha, sem nunca sair do mesmo sitio.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
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1 comentário:
As coisas neste mundo fazem-se de avanços e recuos... as ideias não são umas mais importantes que as outras... nem uns seres humanos têm mais razão que outros... a questão é que num determinado momento conseguimos progredir e evoluir melhor se pensarmos de uma determinada maneira... convém por isso ter uma mente flexível... e que exista um mínimo de princípios que nos norteiem e nos restrinjam ao mínimo... e que esses princípios resumam o essencial, para que depois nos permitam flexibilidade...
O que é a total liberdade? O que é sermos totalmente independentes? Alguém se conseguiria sustentar a si só sozinho neste mundo?? A liberdade, para mim, é sermos nós mesmos... ;) E pronto!!
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