João Cruz Oeiras de Portugal adesão a portal.membros@spautores.pt

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quarta-feira, 30 de março de 2011

Ardil temporal


Passa rápido o Passado. Olha para o lado e anda em frente devagar. Rumo: O futuro e o presente em mente. Sente e mente. aproxima com uma lente, lenta. Numa hora. Sabe agora, sabor amargo. A mar e a hortelã-pimenta. Experimenta e tenta mais uma vez. Aos três. Salta. No escuro.no FUTURO. ouve dizer no presente do indicativo, uma indicação, tudo afirmativo, num laivo negativo. Fica na mesma, e avança como a Lesma, cai, recai, descai. "Até aqui tudo bem" a queda é acelerada o embate travado. Cravado no chão, levanta-se e anda, renasce, reaprende, cresce. aparece. adormece, acorda, lembra-se e volta a passar pelo passado, assim ou assado continua num drama, tramado...

terça-feira, 29 de março de 2011

pescadinha


havia greve contaram-lhe. E eram mais de 3. tudo parado e mais avançavam. Deram a volta à procura. Chegaram em busca. uma equipa, um par, uns parceiros, parelha, companheiros, sozinho estavam. Camaradas amavam.Enquanto isso o comboio apitava,havia partido. A gente quebrada, a greve cortada. Não sabiam dele e falaram-lhe depois de dizer que não. Quem foi nunca se soube, havia porém. E suspeitava-se também. Embora numa nova situação, o estado era. Liquido? um gelo nessa noite, em placas e chuviscos. meteoritos e caracois em helicoidal. Tudo á volta. Em circulos. Tonto. Estúpido. Tolo. Em rolo, rodava sobre os carris, e havia greve e contaram-lhe E eram mais 3. tudo parado e mais avançavam. eram a volta à procura. circularam, em circulos, à volta em orbita, em tudo...


Acorda e está algo diferente...não pode correr...Sem saber que fazer dá a volta à gaiola. procura algo em volta que o distraia e nada encontra. Decide armazenar comida no seu ninho. Passam os dias e à medida que a comida aparece guarda-a. Já nada cabe. Tira o algodão para colocar ainda mais comida....assim sempre se entretem. O ninho está cheio e passa a dormir cá fora. Como nada o satisfaz tem de arranjar outra ocupação: O algodão irá para cima do ninho, e dia após dia, coloca-o em pequenos montes por cima do ninho. O tempo passa e nada há pra fazer, decide outra coisa. E se puser o algodão no ninho e a comida por cima? Durante dias assim procede. A tarefa é completada. O inverno está aí. Decide fazer o inverso e pôr tudo como estava. Termina a tarefa e é tempo de hibernar. Mas não está preparado. Que fazer agora? Roi os arames da gaiola. Troca a comida pelo algodão. O algodão pela comida.Não! Dá mais uma volta à gaiola.Não! Decide roer os arames. Não! Colocar a comida e tirar o algodão? Tirar o algodão e colocar a comida?!! Não! Está perdido. Começa a roer as unhas, depois as mãos os braços e antebraços, os pés e as pernas....Não se mexe nem pode comer, roi a cauda e come-a. não passa dum corpo disforme e amorfo.Acaba por morrer...

Passam 3 dias é cadáver ressequido.

O algodão em cima e o ninho cheio de comida.

Ninguém o lamenta. A roda vem de arranjar e voltam a coloca-la para o rato correr....

tarde demais...

segunda-feira, 28 de março de 2011

Desespero na Primavera


Morreu uma andorinha porque nada a seduz. a primavera definha enquanto o bréu ocupa a luz. grita sem esperança e a voz nada alcança. o tom segue como como um eco emitido por um morcego que em vez de bater na caverna prolonga-se pela eternidade do Universo. sem fé nem tão-pouco crença. Apesar da rima nada é verdade neste verso. nem tudo o que reluz é oiro e nada vê e é cego. aquele que ontem está cima estará amanhã e para sempre submerso. o que foi colorido em tons de alegria é agora o bréu com laivos de monotonia. As cores esbatidas, as horas passadas, o tempo perdido e o caminho longo num espaço demasiado comprido. para sempre, e a andorinha morre hoje amanhã e sempre...

terça-feira, 15 de março de 2011

A minha primavera


à espera da primavera, vim ver o mar.

ainda não chegou, e mesmo assim já me faz desesperar.

Aguardo com obcessão,

procuro no horizonte também pelo verão

andam sempre juntos, ele e a primavera

porém nunca se encontram só no dia de transição.

vou no comboio do tempo, num desenfreado vagão

só o pararei num equinócio ou no solsticio de verão.

a primavera aproxima-se no tempo

mas ainda longe no espaço

faz-me e sonhar com ela e por ela suspirar

e entretanto que eu faço?

talvez procurar os sinais

como a andorinha no ar,

as flores na terra

e os e os pardais?

Prestes a nascer e a chilrear

enquanto não chega tento continuar,

e não páro nem posso parar

o inverno passa e chega de hibernar

As cores, as novas formas e odores recentes

trazem lembranças dum passado e de coisas ausentes,

as nuvens negras em cima são dissipadas por recordações

memórias de conversas à beira-mar,

e com a primavera passear

ouvi-la vê-la e receber tudo o que tem para dar,

e a ela ofertar todas as minhas sensações e emoções,

e continuar estupidamente a partilhar,

ou apenas ingenuamente a contemplar

o contentamento eminente

o rejubilo ausente

a alegria presente

tudo! e mesmo tudo está aqui para ficar

pois se vem a primavera

e em mim reparar

vou dar uma volta à terra

rodear toda a esfera

e ir até ao Sol sorrir e continuar a esperar

domingo, 6 de março de 2011

hoje

A noite é escura e sem ideias claras. Em castelo que se compõe e arranja, atitudes e vontades que tentem contraiar, e força a corrente. alterna. Muda, REvive!