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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O cosmos e nós



Ao ver esta imagem fica-se fascinado com a semelhança entre o Cosmos e o nosso Cérebro.
Quando Fernando Pessoa, disse algo similar a : “Dói-me a Cabeça e o Mundo” já antecipava essa semelhança e a ligação que temos com o Cosmos.
Não deixa de ser espantoso que nós humanos, fiquemos boquiabertos com a grandeza do Universo, inclusive dê azo a grandes questões metafísicas sobre a nossa existência e o nosso lugar e objectivo na Mundo, sendo o Mundo não só a Terra com Tudo( ou o Todo), mas depois não tratamos de cuidar do nosso próprio “quintal”;:Se chegámos a um ponto da nossa sabedoria que transcende o Geocentrismo e o Teocentrismo, mas apesar de passada a Idade Média e passada a Era das trevas, voltámos a cair nna Era do Obscurantismo ou Egocentrismo( os conceitos, pare este efeito, confundem-se).. E, dizia eu, quando deveríamos estar numa nova Era em que as ciências da Terra se liguem com as ciências dos astros, e as Leis dos homens se fundam, ou pelo menos se insiram, com as Leis do Universo, cada vez nos afastámos mais do Universo e do Eu.

O que não deixa de ser curioso ou bizarro, é que sabendo nós da grandeza do Universo e que não sendo mais do que seres microscópicos num minúsculo Sistema Solar que gira em torno duma qualquer galáxia, onde existe esta pequena esfera, o nosso pequeno ponto azul, não sejamos os primeiros a ver-nos como únicos, e ao invés de respeitar este milagre que é a beleza da nossa existência, e nos tratemos todos por igual, remetendo as nossas diferenças, de raça, credo, ou ideologia para um plano secundário, trabalhemos em uníssono como um único ser simbiótico: a Terra e o Homem( Teoria de GAIA). Deveríamos antes, de nos ver como embaixadores da vida, no nosso Sistema Solar e os “guardadores” da mesma, Mas infelizmente e até ao momento, o que os únicos seres cognitivos(que se saiba) que por cá existem, perdem tempo em querelas, conflitos, e atritos ridículos e não estão juntos para empreender em conjunto, para que num futuro longínquo, fiquemos conhecidos, por seres que vivem em Simbiose com o seu mundo e logo em sintonia e harmonia com o restante espaço sideral.

Seria triste que daqui a uns Eons, uns quaisquer extraterrestres, que fizessem arqueologia espacial nos catalogassem como “ Espécie que não evoluiu e se auto-destrui antes de pertencer à grande Irmandade de Civilizações da Galáxia, ou do Cosmos, e extinguiu todas as outras espécies do Planeta Terra

O universo criou-se sabe-se lá como, mas na sua complexidade e perfeição, criou os elementos(átomos) que nos constituem e se esses elementos unidos, formam as tremenda beleza do universo, é espantoso que esses mesmo elementos de tão simples, tenham criado uma espécie tão complexa e completa, que sabe da sua própria existência - logo está no topo da cadeia da Evolução, e é decerto a criação mais perfeita do Cosmos! E essa criação não se resume a nós humanos como todas a vida Terrestre, desde uma amiba, a uma alga, um coral, um insecto e qualquer mamífero, uma míriade de seres que povoam este Planeta e sabemos que ainda há espécies que não descobrimos e outras que extinguimos sem sequer as conhecermos!!

Somos Pó de estrelas, e se o Universo tem os tais 13 700 milhões de anos que se pensa, nós temos apenas uns mihares, então somos a sua derradeira criação. E não só é de louvar esse aspecto como é de valor termos a consciência como é preciosa e única a Vida e tão singulares e únicos que somos.


Adenda: Texto escrito por mim e da minha autoria mas surgido duma tertulia baseada na foto aqui publicada, da autoria de Patricia Caeiro, e em que os participantes foram: Patrícia Caeiro, Sergio Vieira, Gabriel da Silva, Hugo Berlinchas, entre outros.

A laia da Guisa devo acrescentar que alguém como desabafo terá dito e passo a citar:
"(...)
E a importância que temos? dou por mim a pensar se o planeta sem os seres humanos não seria mais saudavel...parece estranho"
A que alguém terá respondido ou acrescentado:
"(...) também dou comigo a pensar assim de qd em vez, mas como disse:
"seres humanos" e se somos "seres", então sejamos... "



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