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sexta-feira, 27 de abril de 2012

Insónia

Que Insonia é esta? Que virus é este que entrou em mim e que não me larga? Que mágoa é  esta que me faz dar voltas à cama? Que inquetação cresce em mim que me provoca tal desalento? Que torpor enorme eu sinto que me faz entristecer? Que frémito entrou em mim que causa tal ressentimento? E que me transtorna de tal maneira que nao consigo apaziguar a alma. E nem o tempo acabará por tal sensação sarar.





É sentir que falhei, que estou em falta com alguém, que desiludi e enganei. Um incómodo e um rancor provoquei e sou incapaz de sossegar., Tenho algo de mudar para conseguir avançar. Terei de poder alterar o meu ser para o meu ente calmo voltar Talvez a magoa nunca passe nem me vou perdoar .
Este descontentamento irá definhar quando souber que do outro lado há uma alma com pleno contentamento e total bem estar...

Pobreza de espirito

A palavra é um virtuosismo da humanidade, é um veículo de comunicação que quando usado correctamente expressa sem margem para dúvida a mensagem ou ideia que se quer passar.
É também uma arma de arremesso, que atinge, maçera, magoa e destroi. O homem é o unico ser que utiliza a linguagem verbal, talvez por que transmita mais que os animais, que previlegiam os outros sentidos e que se entendem por esse meio, que é bem mais claro e não dá azo a enganos e sem margem para dúvidas é entendido por todos.
Quando se quer transmitir algo tão simples como uma sensação ou um sentimento, usamos uma miriade de expressões. Demasiada informação para exprimir um conceito como: Fome, sede, amor, ódio, etc
Os animais expressam-se inequivocamente e por isso mesmo não existe emtre eles conceitos como ódio, guerra ou racismo. Além de serem despropositados esses conceitos, não se encaixam nem se coadunam numa matilha de cães onde a comunicação tem de ser simples porém as ligações complexas.
Ao comunicar com alguém, e nao havendo as expressões faciais, a entoação e a linguagem gestual, tem de se ponderar cada palavra, cada frase e cada expressão tem de ser cuidadosamente medida e analisada antes de ser transmitida. Hoje alguém perdeu alguém por incapacidade de se expressar. Hoje magoou-se alguém que tinha estima por falta de tacto. Hoje decepcionou-se alguém por causa da impulsividade. Hoje quebrou-se a confiança de outrém por excesso de emotividade.E o mundo nao tem contemplações e piedade de gente assim.
Não basta ser justo para que sejamos bons, nem basta ter integridade para que haja segurança e amor-proprio. Não chega a simpatia para criar empatia com terceiros. É necessário ter-se garra, frieza e calculismo para singrar nesta vida. Ser-se-á  sempre ingénuo e  fraco quem vive de lirismos. Tempos houve em que quem assim fosse seria eliminado, e não há perdão para gente assim.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Interacção social

Numa altura em que a crise paira como uma nuvem negra sobre as nossas cabeças, e esta tempestade está longe de terminar, criam-se clivagens entre as pessoas, seja por insegurança financeira, economica, social e mesmo a nível pessoal. Isso que coloca pressão sobre nós e exacerba a nossa percepção do mundo e dos outros, havendo lugar a alterações na forma de estar e e de ver os outros e mesmo de interagir.
Os medos e as fobias que existem aumentam exponencialmente. a intolerãncia aumenta e a aceitação do outro é relegada para segundo plano.
Nunca me ensinaram a odiar ninguém. E numa sociedade que é essencialmente católica tive uma educação em que os principios eram basicamente de dar a outra face e praticar o bem, naturalmente é bem mais que isto mas mesmo correndo o risco de a resumir drásticamente e ser redutor. Adiante; Ensinaram-me também a proteger-me e a ter amor próprio pois pode cair-se no engano de em todos crer e ser-se manipulado por ingenuidade.
Apesar destes ensinamentos e das deformações que o tempo providenciou tento ser assertivo. Não que o seja, mas almejo a tal estatuto, pois cada ser humano e em cada dia que passa aprende algo e com isso aperfeiçoa-se.
O Homem é gregário, logo gosta de interagir e de se expressar, daí que comunique e transmita o seu Eu a terceiros.Também existe em cada um de nós um filosofo, um profeta, e um psicologo de algibeira...
Como qualquer alma que por cá anda, eu gosto de conversar e de conhecer novas pessoas e transmitir-lhes os meus ideais e conceitos pois isso faz parte do conhecimento mútuo. Contudo quando o faço, não quero impôr a minha visão  mas sou livre de o fazer desde que nao interfira com a sua  "bolha"( ou espaço vital), nem ultrapasse os limites do bom senso nem tão-pouco devasse ou o prive da sua liberdade e da sua consciência. Pois somos livres e ainda mais nesta data( da Revolução)es tenho o direito a dar a minha opinião. Pois além de gregários todos somos opiniáticos.
Eu não tenho de ganhar uma discussão, mas gosto de partilhar a minha opinião, como dizia, e gosto que esta seja entendida pois nela estão decerto os meus principios e ideias e portanto aquilo que me torna e forma como ser humano.
Intergridade, justiça e honestidade não são palavras vãs, ora se aplico os seus conceitos, isso já é outra coisa! Mas pelo menos tento, e evito parecer algo que não sou pois entrarei em contradição e faria de mim alguém falso.
Todos nós temos capas, que servem para nos proteger, Assim como máscaras quiçá para esconder os nossos defeitos ou então para não revelar certos aspectos que desejamos guardar só para nós, seja por pudor ou qualquer outra razão.
O que me faz espécie é haver quem nos catalogue, ou classifique, num determinado tipo ou estilo, sem perguntar de antemão o que nos leva a ser assim ou a fazer tal acto. São juizos de valor  desnecessários numa sociedade que pretende à priori colocar-nos no mesmo cesto que os outros e que nao tem tempo para nos analisar, tem preguiça de esperar, ou carece de paciência para nos julgar com conhecimento de causa. Criando atritos e mal-entendidos e gerando conflitos desnecessários e sem razão de ser por apenas haver essa necessidade extrema ou esse cliché de vulgarizar e banalizar o outro por qualquer acção ou atitude que vá em de acordo com uns padrões pré-estabelecidos! Ao se aperceber dum gesto ou atitude similar a uma já pré-concebida rotula-se logo maquinalmente sem dar oportunidade ao outro de mostrar o seu eu verdadeiro e inclusivé até pode condicionar o verdadeiro conhecimento e entendimento, pois é uma acção que pode ser um pau de dois bicos ao fazer com que o alvo da ideia pre-concebida reaja de forma anti-natura e perca a espontaneadade e se torne então fruto duma criação anacrónica. Ou seja, ao querer que algo seja de determinada côr vai provocar que se seja de facto dessa cor e se criem logo anticorpos no diálogo, na diálise ou no comportamento que se vai certamente adulterar.
Em Suma cabe-me afirmar que as interacções sociais estão tão confinadas a uns padrões deveras estanques e robotizados que se perde toda a naturalidade e o comportamento inato, havendo então acções  despropositadas, por ignorância ou por falta de paciência que provocam reacções também elas disconexas, gerando assim conflitos mesquinhos em situações banais que seriam resolvidas de forma fácil se houvesse uma maneira hábil e uma cedência de tempo e espaço ao outro para que se deixe mostrar sem quaisquer pressões e a coisa saia com naturalidade. A intolerancia e os ódios são criados, assim como as guerras, por diferendos ridículos, por serem mais fáceis de lidar do que dar tempo ao outro lado para se sentar e se acatar, olhando as semelhanças e respeitando as diferenças!
Faz-me espécie o racismo e o machismo, pois não há que aceitar a diferença, basta que se veja tal coisa com indiferença!

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Omni Crónica

Através da janela o  mundo observa-nos:

 Andam erráticamente
 supondo um destino  inexistente
 ajuizando o outro apenas pelas sombras,
 julgamento que condena
 antes de haver tempo
 para se saber o quê ou quem lá estava.....

domingo, 22 de abril de 2012

Lenda longa




Memorias destas quero conservá-las. Rete-las para sempre e ter-te comigo eternamente. Um adoração perene que não cai como as folhas no outono mas permanecem ao longo do Inverno, resistindo ao temporal e ao vento cortante vindo de leste, e se leste isto saberás quem és, mesmo que eu não saiba se sabes quem sou, ou este pensamento em ti não caiba, nem tão-pouco onde e como estou. Estou aqui, mas também aí, não sendo omnipresente deifico-te e idolatro-te qual rito ou mito pagão, e nada nem ninguém, nem mesmo um apagão, tirará de mim tal emoção. Uma sensação esta que me preenche dos pés à cabeça, e não ficando aquém do corpo transcendendo.se para além, fazendo de mim um Icaro que voa , tocando o sol, que me derrete, muito depois de ti -que já o fizeste- cairei  então do topo do mundo até ao seu fundo, mas vendo sempre uma luz, que me dirige, para aí, como um farol em águas turbulentas que aponta somente para ti. E tal como numa lenda, és  bussola que indica o norte,  rumo que bafeja com a sorte,  leme que trilha o meu destino, e por mais curto que seja, ou mais breve que esteja, não haverá outro fado a não ser este que  é como numa lenga-lenga, em espiral e cornocópia, assim destinado....

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Poema Naif II -



O amor não é isto
não é ter algo palpável ou possuir
é algo que se entranha como um quisto
e se real e espontâneo tão cedo não vai partir

Não é ceder,
nem ao outro sim dizer
é antes conceder
Sentir e compreender

Quem se entrega saberá
que não se muda para agradar
e a sua identidade permanecerá

é ser dono do seu próprio coração
mesmo que a outra alma se juntar
é-se uno mas partilhando a paixão

Para quê Modificar o outro?
Antes adaptar-se à emoção
adoptar uma nova sensação
e assimilar uma nova concepção

Assim como quem dá
deve também receber
e se passivo na relação
e manipulado está
irá adulterar a paixão
padecer ou sofrer
e tanto que isso aleija!





Nota:Poema em verso sendo Carta aberta a alguém
Esse alguém, deve saber que não pode exigir dos outros o que não deu na relação, principalmente quando foi a própria que as regras ditou de antemão! Agora é tarde e não há volta a dar nem pensar no que aconteceu lá atrás( nem razão para redenção).
Já assimilei a dor e a amargura, o rancor e a loucura, agora a vida sigo e a paixão e o amor chegarão, não sei se hoje ou amanhã, mas certamente a do passado já não tem cura, mas certamente que a amizade perdura...

sábado, 14 de abril de 2012

Incerto decerto


Estoria num acto
Não ato nem desato
nem estou pro pacato
Um tiro no pé.
Retiro-me do cais sodré?
Parto?
aparto-me?
Onde vou e que faço? Que fazer? nem mais um passo? Como ser? !?
Isto é...impulse? naahh Expulse mazé!
é um cansaço! Páro!
respiro e:
Reparo - volto atrás. Um tiro no pé? Retiro-me...Inté

sexta-feira, 13 de abril de 2012

O homem


Um homem para o ser realmente tem de:
  • Comer todas as gajas
  • escarrar para o Chão
  • Cheio de Basófia
  • Gabar-se dos seus triunfos sexuais
  • Ser do Benfica
  • Encornar a Mulher
  • Entender de carros e futebol
  • Não pode tocar noutro homem( só quando está bebedo)
  • Não pode gostar da Mãe
  • Não deve usar roupa com cores além do azul cinzento preto e castanho
  • Tem de palitar os dentes a seguir ao almoço
  • Deve beber um whisky a seguir à refeição
  • falar mal do Governo e dar ares que entende de politica e diplomacia

Pois bem, então não sou homem:
  • sou gay
  • tenho uma disfunção eréctil
  • padeço duma maleita que me privou do cromossoma Y.

(rais partam)

Lonjura da Distância



Na Praia junto ao mar - vejo-o mas está tão longe que não lhe consigo tocar; as goticulas de maresia, parecem querer fugir aparentam escapar.
Cansa-me tenta-lo alcançar e deito-me olhando o céu, e o seu azul envolve-me como um manto acolhedor, entra o frio, e a sua indiferença invade-me como a preia-mar. Submerso procuro o fundo para lhe tocar, afasta-se ao sentir o meu aproximar.
Como que fico suspenso entre a terra e o mar, falta-me o folego mas não me debato, e numa estranha calma que se entranha acaba por me afogar.
 De tempos a tempos escuta-se um bizarro sussurar, misturado com as ondas a rebentar,vindo de longe, do bréu abissal, que nada é mais que o meu eterno e longinquo suspirar.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Na presença do teu ser




Nada mais há a fazer
na presença do teu ser
vivo e deixo viver
Observando o céu e o teu olhar
que é como possuir a terra e o mar
e por um dia poder ir ao céu voar
O mundo na palma da mão
embarcar numa viagem de balão
nada ter e ser rei
De contente fazer o pino
é ser tonto, pois bem sei
mas sem perder o tino
pois não perdi o norte
antes fui bafejado pela sorte
e se me deixo levar
e esta viagem imaginar
tenho o Mundo em fundo
e a tua alma pela mão
como uma luz que guia
uma estrela que gira
até a noite alumia
tudo brilha e tudo posso ver
na presença do teu ser
e só por um dia
nem eu creio mas podes crer
que nesse instante
para além de mim eu cresci
tornei-me numa luz brilhante
E como por magia
sorri e voltei a nascer!