João Cruz Oeiras de Portugal adesão a portal.membros@spautores.pt

Nome

Email *

Mensagem *

domingo, 22 de abril de 2012

Lenda longa




Memorias destas quero conservá-las. Rete-las para sempre e ter-te comigo eternamente. Um adoração perene que não cai como as folhas no outono mas permanecem ao longo do Inverno, resistindo ao temporal e ao vento cortante vindo de leste, e se leste isto saberás quem és, mesmo que eu não saiba se sabes quem sou, ou este pensamento em ti não caiba, nem tão-pouco onde e como estou. Estou aqui, mas também aí, não sendo omnipresente deifico-te e idolatro-te qual rito ou mito pagão, e nada nem ninguém, nem mesmo um apagão, tirará de mim tal emoção. Uma sensação esta que me preenche dos pés à cabeça, e não ficando aquém do corpo transcendendo.se para além, fazendo de mim um Icaro que voa , tocando o sol, que me derrete, muito depois de ti -que já o fizeste- cairei  então do topo do mundo até ao seu fundo, mas vendo sempre uma luz, que me dirige, para aí, como um farol em águas turbulentas que aponta somente para ti. E tal como numa lenda, és  bussola que indica o norte,  rumo que bafeja com a sorte,  leme que trilha o meu destino, e por mais curto que seja, ou mais breve que esteja, não haverá outro fado a não ser este que  é como numa lenga-lenga, em espiral e cornocópia, assim destinado....

Sem comentários: