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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Um pranto universal



AH! que a  partir de hoje o Mundo está mais pobre
E um véu negro
 Um breu que torna tudo cego
e um manto escuro viscoso o cobre

da minha alma saiu um pedaço
Na forma duma gentil e única pessoa
teve um fim antes do começo
E um grito de luto pelos céus ecoa

Clamei pela sua presença
Chamei pelo nome dela
No meio desta ausência
E no Cosmos;
morre mais uma estrela...


O seu sorriso ilumina a escuridão
e um só esgar dá luz à vastidão
Enquanto isso na infinitude
Todo o Universo se desilude

Se aos céus chegou a minha dor
à Terra permanece Um torpor
Até o mar perde o brilho
E eu? O rumo, o norte e meu trilho...

Se criei em mim tanto furor
Foi por sentir um terno e profundo amor
não só os céus perderam fulgor
Mesmo o Sol nada aquece com seu calor

Já comuniquei ao Universo
Esta tremenda maleita
respondeu colocando tudo do avesso
Nem mesmo a Galáxia  se endireita

Definhei nesta tristeza tanta
Quedo/mudo fico  e sem nenhum brio
E toda e qualquer ave que canta
perdeu o timbre e o seu pio

SE antes a minha alma e coração
 eram brilhantes e plenos de cor
agora? Sou por dentro vastidão
de poderosa perda e tremendo ardor

Rogo e oro dos Céus à Terra
NUm coro religioso e pagão
porém  nada disto encerra
mais do que uma imensa desolação

Era tanta sua beleza e estima
Que a percorria de baixo a cima
Era enorme o carinho que lhe tinha
gigante soberba a sua ternura
Agora? Tudo desaba e definha
de nem sentir sua portentosa candura

Mais não digo mas em suma:
tenho algo que perdura
O seu doce e suave aroma
e a bela imagem e singular ternura 

Se amanhã de repente morrer
Serei um resto vazio e incompleto
Apenas vou levar e reter
seu perfume, meu predilecto!!...

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