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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

A Ovelha, a abelha, o pastor e sua teia


Era uma vez uma abelha

era pacata e trabalhadeira  

mas ficou stressada demente e caótica

e enredou-se numa teia...


Enrolada ficou  - sofreu uma mutação

Passou a ser Ovelha

devido a extrema radiação

Enviada por estranha e bizarra parelha


Essa assim denominada 

Era  só "alguém"

Era conhecida de muitos

E muito mais que ninguém...


A estória não acaba aqui


Senão debatia apenas  pronomes e semântica 

mas para lhe contar a si

Acrescenta-se muito mais sintaxe e gramática 


Então  por que se transformou?

Será isso que vou contar

E o que a transtornou

Aqui vou a minha  opinião  vou deixar:

De seu nome Ovelha toni
Em tempos perdeu a fé
e no Mar de gente ficou sem pé
a alguém lhe deu a mão
tendo perdido a razão, a visão
e qualquer bom senso e emoção

Em perspectiva e analisando a frio
e nesse "momento" que esticou a mão
foi um instante infinito de extr2ema perdição
e assoberbada tristeza e confusão
que nesta retrospectiva alargada como um rio se vai contar
De fio a pavio

Muitas vezes a frio
Outras a quente, tal é a torrente de informação  e contada em primeira mão espero não vos maçar com esta portentosa inundação...

E Então?

Como Ovelha que é
E seu nome indica
 pulou a cerca, Por quê?
Não sabe...quiçá por ser como a outra: choné


Pulou a cerca 
Nao literal 
e isso é axiomático
No campo romântico

nada mais será dito sobre isso
apenas friso para introspecção
 não é algo que sempre faça
nem doença crónica
ou sintomático
foi um impulso bárbaro
num momento de paixão
E até  caso insólito  

Achava-se ronhosa
e até Ovelha Negra
mas tinha mais se ranhosa
isso sabe de certeza

Pois não passa de cabra velha
contudo é imberbe
quando está com a telha
além da cerca salta a sebe

Contudo e por ter esta sede
e por vezes não ter espinal medula
faz o que não deve
Entra em espiral e não regula

como todo o gado
é pertença do rebanho
 é espécie gregária
 Mas teima e torna-se sectária

O feitiço vira-se contra o feiticeiro
e mesmo cabra ou cordeiro
é votada ao ostracismo
e so depois chora o dia inteiro

Chorar sobre leite derramado
não carece pois é passado
e nem no melhor pano
terá a nódoa caído

Ora se ao lavar o pano
não limpa a alma
e fica insano
ostracizado, sem ver vivalma

a vida não termina
e há quem a conduza
tem um bom pastor
Que bastas vezes usa e abusa

Desse Pastor há tanta coisa pra dizer
não é contudo nesta forma
de estrofes e quadras
que o vai conseguir fazer

Vai assim tentar
Em  prosa ou a poesia
 soneto ou antologia
 Tudo o que tem a Desabafar

Se  isso arde, magoa e ferve
Não saberá já dizer
Contudo e por ora serve
Pois não se pode conter

Assim e para começar
a ovelha terá de se contentar
em ser modesta abelha
e  terá coisas que arrebanhar

não gado, nem  mel
De início  largar o fel
De permeio destilar estima e carinho
voar baixinho
e encontrar de novo seu ninho

O Pastor será então apicultor
e é decerto o seu amor
e vive esta dor
recriando a teia e um grande torpor:

fulgor por possuir
ardor por ter fugido
amor por querer pertencer
a quem nunca deveria se ter apartado

Mas agora faz parte sim
Do maior mundo
Este que enfim
É  hediondo e imundo

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