NOTA:Neste tipo de conversa em que as pessoas se conhecem bem, acontece sempre o mesmo que ao Theo.
Após ouvir este podcast,fiquei a saber menos do que sabia sobre mim, ou em dúvida de como estar presente em ocasiões sociais. Ou seja, em como me sinto em situações de conversa, debates ou discussão com terceiros.
O Theo tem o mesmo tipo de comportamento emocional e social que eu,( sem querer comparar-me),na forma de estar e ser e no comportamento versado gramaticalmente( não sei se esta palavra compósita existe) como ele. É curioso que após vários podcast que vi dele, tenho a noção que me identifique e que tenha os sentimentos que ele refere. Como sentir-me só no meio das pessoas, inseguro e receoso, e sair uma personagem que não sou eu, por temer que descubram como Sou, por timidez, vergonha e medo. Além de também ser ser impulsivo, sou defensivo na persona que revelo, e ao tentar evitar o conflito, , faço precisamente o contrário para não ser o centro das atenções. Nas conversas com outros, acabo a mudar de tema repentinamente e/ou a interromper o outro, fazendo com que perca a linha de raciocínio e esteja já a mudar de faixa ou de direcção e a criar uma cacofonia de ideias dentro da minha cabeça. Isto é,( lá estou eu a baralhar-me!), o facto de querer dizer milhentas coisas ao mesmo tempo, por estarem a passar-me várias ideias na cabeça, acabo por ter um discurso desconexo, e incoerente. pois das inúmeras coisas a dizer, fico confundido e preso aos meus sentimentos imaginários de insegurança, e nem digo uma coisa de jeito! ISTO acompanhado com a falta de auto-estima e confiança e por causa disso e daquilo, sinto: "se estou a ser escutado?", "se as pessoas se interessam?", "se estão a fazer um frete?" Ou "se sou chato e aborrecido?"- e depois vêm a culpa: " Será que deveria estar aqui?" , "Meu Deus, que figura de idiota eu estou a fazer!", " Vou dar uma desculpa para ir embora!" E " não aguento mais isto!".
Para a pessoa que me ouve, deve ser frustrante e extremamente prejudicial, por interromper, fazer perder o fio à meada, ficando a pensar "se bato bem da bola".
Em certa medida ninguém está presente na cabeça do outro, e não sabe se este fenómeno é recorrente, contudo sei que estar nesta é complicado( e fazendo novamente um paralelismo com a condução) pois em de o discurso ser expressado de forma coerente e eficaz, como diz a palavra " discurso",dizer o curso,ou fazê-lo e entrando na Autoestrada e mete a primeira até à última e segue caminho até ao destino na mesma, mudança, rotação e faixa de rodagem, eu não, entro na AE vou em primeira e meto terceira, distraído saio e vou para a Estrada Nacional, dou 3 voltas à rotunda, sigo em direcção contrária, entro na AE mas no sentido inverso, saio e entro novamente e quando dou por mim estou sozinho no carro, pois ninguém tem tempo nem vontade ou paciência para me aturar!
Gente desta há muita, e eu sou crítico deles e contra mim falo, pois não se aprende nada, por falta de coerência, e apesar de ter apetência para a semântica e retórica e de rompante contar estórias ou piadas de repente, não sei se sou o que soei, nem consigo manter uma matéria, a conversa dispersa e já nada se versa, nem há outra versão que presta para colar anterior, e o discurso deixa de ter curso, é desviado, depois a pressa é inimiga da expressão, que não tem reconhecimento nem deixa nos terceiros alguma impressão, sendo que surge a aparição da vergonha, e atrapalhação, onde o cérebro pausa entra em pânico e recomeça, e não com ideias genias mas o génio em culpa, e o buraco aumenta exponencialmente e desaparecem as palavras, frases ou até letras, substituídas na falência por emoções de ausência de valor, o conteúdo gramatical apagado e tapado pela frieza do ser humano incapaz e banal, continuando a descer, até tudo negro ficar, a somente o medo rodeia e aperta na escuridão, e apenas estamos em posição fetal à espera da solidão, a única companhia e sólida emoção.
(Versão não revista e corrigida)
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