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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Entre o Céu e a cave.

Era noite escura. dormiam no rés-do-chão. acordam com um estranho grito inumano. Entretanto um corpo disforme, arrasta-se sobre as suas cabeças. Ouve-se o estilhaçar dos vidros e o ceder das grades metálicas ao romperem-se para deixar passar tal criatura. A estrutura de betão salta da parede e desmancha-se como papel. Cá fora respira todo o ar. Preenche a noite escura, abafa o piar das corujas, silencia o latido dos cães, faz tremer os gatos que estancam, os roedores recolhem-se em qualquer canto. Os insectos incautos petrificam-se. Os morcegos incapazes de voar. Cala-se o vento. As árvores param e secam, as plantas ao redor morrem.
Abre as suas asas, escurecendo a própria noite e absorvendo toda a luz eléctrica criando um breu jamais visto.As ruas cobrem-se dum denso, espesso e compacto nevoeiro composto de finas partículas de um fumo pestilento que enlouquece qualquer ser vivo que o toque. Segue-se um guincho inaudível que se sente dentro peito e da alma de todos os habitantes de Paço D`Arcos, um frio gélido, um torpor doloroso que percorre as espinhas de qualquer vertebrado ou de qualquer coisa viva que esteja à escuta, uma dor surda atinge a população. Contorcem-se pelo chão.
Finalmente do cimo da sua torre, salta para o abismo recém criado, eleva-se nos céus, voa neste mundo e reina sobre o submundo. O silêncio é intenso, partiu...não se vê, não se ouve, nem se sente.
No rés-do-chão respiram fundo, a senhoria saiu mais uma vez...


(Baseada em factos verídicos)

2 comentários:

Anónimo disse...

Ehehehehehe

A senhora deve estar com as orelhas muito quentinhas!!!

:D

Porcelain disse...

Chiiiçaa!!! Isso anda praí à solta?? Ora bolas, e eu que andava tão contentinha com as minhas horinhas de sono tranquilo por causa do bom do Codipron...