Porquê 600? porque sim. é um número criado por um ser analogico que escreve em formato digital, de 1o digitos e baseado em sistema decimal embora seja no particular binário, ou não. Talvez não. E o para quê da criação e de adão e eva, e de deus também? quem o criou, ou inventou? Dá-se importância à criação do homem e não se dá a um ser unicelular? Talvez por sermos nós a criar a criação, pois pode-se evangelizar um ser humano e não uma bactéria. Uma questão de ego, de pertença ou de auto-estima e afirmação. O universo criou-se e nós com ele, ou vice-versa. Sem nós não haveria religião mas com o universo haveria certamente criação. A evolução é algo que nos transcende, conseguiremos algum dia compreender o todo? Fará sentido ser detentor desse saber? O nascimento ou a extinção caminham juntos no espaço e no tempo, e nós vivemos basicamente para morrer, perpetuamo-nos deixando uma marca no espaço, que se diluirá no tempo e o sentido da vida redundará no caminho para a morte. Ideologias ou filosofias e ambas pertencem a nós, e nós a tudo. Identificamo-nos com algo para sermos alguém. Criamos um criador para desculpabilizarmo-nos. De quê? DE existirmos. Mas também se não fossemos nada, não estaria cá tudo?
Não sei o porquê desta disssertação, talvez por ser a numero 600
terça-feira, 31 de março de 2009
sexta-feira, 27 de março de 2009
deparei recantos em esquinas e cantos, dei ruelas baralhei becos.
retirei-os.
Olhando-me em cunhos e mento sei para foz não me nascente e fiquei., vendo-me dentro.
Parei o cerco tanta volta pterodactilografei
Em ruas de fora para dentro. comendo-me;o cérebro
baralhando os sons.no escuro
fui-me.cobrindo, encontrei à frente. e para trás, misturando trucidei sentimentos.
pus memórias e Entre uns e outubro e pensei ou becos.
Fechei os olhos e revirei-os, retirei-os.
Olhando-me , vendo-me de fora para centro.
Parei-me
retros_ intros_ pecção
Deitei-me de costas voltadas.
Rebolei para frente e para trás, misturando o tempo.
Em ruas e travessas, avancei e recuei, pus-me em esquinas e cantos, parei e andei em ruelas ou becos.
Fechei os olhos e revirei-os, retirei-os.
Olhando-me no escuro, vendo-me de fora para dentro.
Parei o cérebro e pensei-me idealizando-me;
baralhando os sonhos e momentos,e memórias e sentimentos.
Entre uns e outros não me vi,tanta reviravolta porém fui-me redescobrindo, não me encontrei mas mais à frente achei algo diferente.
Depois parei e fiquei.
Rebolei para frente e para trás, misturando o tempo.
Em ruas e travessas, avancei e recuei, pus-me em esquinas e cantos, parei e andei em ruelas ou becos.
Fechei os olhos e revirei-os, retirei-os.
Olhando-me no escuro, vendo-me de fora para dentro.
Parei o cérebro e pensei-me idealizando-me;
baralhando os sonhos e momentos,e memórias e sentimentos.
Entre uns e outros não me vi,tanta reviravolta porém fui-me redescobrindo, não me encontrei mas mais à frente achei algo diferente.
Depois parei e fiquei.
terça-feira, 24 de março de 2009
nem ateniense nem grego, cidadão do Mundo.
Um mundo imundo, sujo e bafiento.
Sem lugar, sem nada, sem pertencer, a vida atada.
Sem identificação nem personalidade, numa dificil relação com a realidade.
Nada possuimos se nada sentimos.
E a que pertencer se nada há que nos faça viver?Onde dormimos se não temos casa? O que é o lar se apenas trazemos o pesar?De identidade é destruida, os ideiais apagados, a moral reprimida, os principios estilhaçados. As memórias do presente o nosso passado, e o futuro negro e apagado.
A alma conspurcada e oprimida, o ser não sente, o corpo dormente, sentimentos a vulso, emoções por encomenda, distracções deprimentes, numa sobrevivência indecente, um sabor amargo, a fel, a mágoa. Uma crise sensorial num mar de tristezas para navegar, um horizonte que não é linear, e ninguém por aqui para nos segurar, nem presente. Um lamento descontente de um e apenas um, básico, único, e ordinário ente.
Sem lugar, sem nada, sem pertencer, a vida atada.
Sem identificação nem personalidade, numa dificil relação com a realidade.
Nada possuimos se nada sentimos.
E a que pertencer se nada há que nos faça viver?Onde dormimos se não temos casa? O que é o lar se apenas trazemos o pesar?De identidade é destruida, os ideiais apagados, a moral reprimida, os principios estilhaçados. As memórias do presente o nosso passado, e o futuro negro e apagado.
A alma conspurcada e oprimida, o ser não sente, o corpo dormente, sentimentos a vulso, emoções por encomenda, distracções deprimentes, numa sobrevivência indecente, um sabor amargo, a fel, a mágoa. Uma crise sensorial num mar de tristezas para navegar, um horizonte que não é linear, e ninguém por aqui para nos segurar, nem presente. Um lamento descontente de um e apenas um, básico, único, e ordinário ente.
Jorge Palma - Á espera do FIM
Vou andando por ai
Sobrevivendo à bebedeira e ao comprimido
Vou dizendo sim à engrenagem e ando muito deprimido
É dificil encontrar quem o não esteja
Quando o sistema nos consome e aleija
Trincamos sempre o caroço
Mas já não saboreamos a cereja
Já houve tempos em que eu tinha tudo não tendo quase nada
Quando dormia ao relento
Ouvindo o vento beijar a geada
Fazia o meu manjar com pão e uva
Fazia o meu caminho ao sol ou à chuva
Ao encontro da mão miúda
Que me assentava como uma luva
Se ainda me queres vender
Se ainda me queres negociar
Isso já pouco me interessa
Perdemos o gozo de viver
Eu a obedecer e tu a mandar
Os dois na mesma triste peça
Os dois a espera do fim
Tu tens fortuna e eu não
Podes comer salmão e eu só peixe miúdo
Mas temos em comum o facto de ambos vermos
A vida por um canudo
Invertemos a ordem dos factores
Pusemos números à frente de amores
E vemos sempre a preto e branco o programa
Que afinal :é a cores
Sobrevivendo à bebedeira e ao comprimido
Vou dizendo sim à engrenagem e ando muito deprimido
É dificil encontrar quem o não esteja
Quando o sistema nos consome e aleija
Trincamos sempre o caroço
Mas já não saboreamos a cereja
Já houve tempos em que eu tinha tudo não tendo quase nada
Quando dormia ao relento
Ouvindo o vento beijar a geada
Fazia o meu manjar com pão e uva
Fazia o meu caminho ao sol ou à chuva
Ao encontro da mão miúda
Que me assentava como uma luva
Se ainda me queres vender
Se ainda me queres negociar
Isso já pouco me interessa
Perdemos o gozo de viver
Eu a obedecer e tu a mandar
Os dois na mesma triste peça
Os dois a espera do fim
Tu tens fortuna e eu não
Podes comer salmão e eu só peixe miúdo
Mas temos em comum o facto de ambos vermos
A vida por um canudo
Invertemos a ordem dos factores
Pusemos números à frente de amores
E vemos sempre a preto e branco o programa
Que afinal :é a cores
Mensagem não entregue.
Nunca é demais referir a importância da observação, do conhecimento a fundo, e do que é vital para a sobrevivência de algo. São nos dados tantos sinais que por vezes distraímo-nos com pormenores. Não se dá valor ao que é pertinente. Não se vê o cerne da questão se não se olhar para o básico, dedicamo-nos a subterfugios, a ridicularizar ou a criticar a postura de alguém. Nunca se questiona para sabermos o essencial, e por incúria ou por outra razão transcendente só se transmite a negatividade. Ninguém gosta de ser inutil, ou de se sentir à parte duma equipa. E quando se joga individualmente sem se preocupar com as necessidades do parceiro, as vontades da equipa, sobrepõem-se às individuais, e o colectivo desagrega-se, deixa de fazer sentido, porque se partiu do todo para a parte em vez do individual para o colectivo. Não se constroi uma casa sem saber que é feita de partes, e sem saber a formato das partes, estas não se juntam, nem se encaixam, como um puzzle que é impossivel efectuar. Não há um certo e um errado nas partes, são todas uniformes embora constituidas de matérias diferentes. Como tal não há detentores da razão, apenas possuidores de pedaços opinativos que se reunem para fabricar uma racionalidade, um método comum. Não há capacidade de encaixe quando não há hipótese ou a chance de descobrir as aptidões, as vontades, as reacções, ou os maneirismos de alguém. Não podemos responsabilizar alguém por falta de acção quando a comunicação falha por defeito, ou por excesso de informação. Os vasos comunicantes não estão sintonizados. Há falhas na transmissão e decresçe a harmonia no meio. A responsabilização é difusa por falta de elementos, ou o que é tranmitido e que chega é uma mensagem de revolta por não haver captação da mensagem original, dando origem a outras transmissões e de irresponsabilização por inépcia. Assim, interrompe-se inconscientemente a transmissão por uma questão de auto-sobrevivência, de necessidade inata ou sanidade mental. Corre-se o risco portanto de, e em teoria, não sabermos o que estamos a ser e o que não corresponde à realidade de cada um ou o que bate certo quando estamos a fazer( seja lá o que for). Deixa de ser uma concertação para ser uma sujeição. Isso embate com a nossa existência, questionamo-nos como ser e como fazer, e a páginas tantas deixamos de agir com base nos nossos instintos para nos preocuparmos unica e exclusivamente com a opinião dos outros e se a mensagem é bem recebida. Acontece até que ao sabermos desde logo o teor da mensagem, por insistência e repetição até à exaustão, excusamo-nos a escuta-la por preservação da auto-estima É essencial a comunicação e não dois monologos, em que cada lado só diz e não faz, só reage e não age, acaba-se por combater e atingir o que se ama, numa postura egoista, em que não há meios para atingir os fins. Pese embora cresça em nós a necessidade duma mudança, a constante critica destrutiva e a forma belicosa como nos tentam conduzir, vai contra essa própria mudança e há uma descrença e um desinteresse que cresce ao invés do resultados pretendidos. Olhamos o outro como inimigo, evitamos o contacto, e por cansaço e desgaste somos derrotados. Convém sempre referir que depende de entidade para entidade, na forma como se comporta perante as adversidades, há variadas maneiras de reagir, assim como há diversos métodos para se comunicar. Tem de haver interacção, que no processo, acaba por se perder, e a partir daí a convergencia estagna, e é invertida, as linha deixam de ser convergentes, deixam de se tocar e passam a andar paralelas, aceitando-se e tolerando-se.Até haver nova interacão, que por uma questão de lógica emocional terá como resultado uma nova divergência das linhas. Que nunca mais se encontrarão pela repectição excessiva e que por mais que seja de valorizar, essa nova tentativa de interacção, chega até nós neutral,vazia de conteudo. sabendo já à priori qual será o resultado dum confronto, ou de uma reacção que vá contra,Surge portanto o desinteresse. A comunicação daqui em diante só trará amarguras e mágoas. Esquecemo-nos do individual e o colectivo sobrepõem-se novamente. Entra-se num circulo vicioso, e somos recordados contantemente dos nossos erros mas nunca das nossas virtudes.Pode-se também dar o erro de ajuizar indevidamente sem conhecimento de causa e confundir ou misturar critérios ou conteudos, como impulsividade, imberbidade, irracionalidade, irresponsabilidade, brio, irascibilidade, emocionalidade e insensibilidade e meter tudo no mesmo saco, sem ter o cuidado de dissecar e analisar as diversas situações ou ocasiões.Surgem escapismos e evita-se o contacto, perde-se os sentimentos, extinguem-se as emoções, esvazam-se os comportamentos, e tornamo-nos erráticos inconstantes e intolerantes, um efeito borboleta, que redunda no efeito bola de neve, que ao atingir certa energia cinética será dificil de parar.
segunda-feira, 23 de março de 2009
mais um dia
Uma folga, dia de tirar a espingarda do ombro, de tirar o dedo do gatilho, sem necessidade de proteger a cabeça ou a retaguarda de ninguém. O dia nasceu bonito, lembrei-me que era raro ter o dia só para mim, sem obrigações, sem deveres, sem alguém me dizer o que fazer. Tudo aqui é tão diferente, as nossas preocupações são mesquinhas, quando comparadas com os desejos daqui. Aqui vive-se o dia-à-dia, pois não se pode projectar um futuro, quando não sabemos se daqui a pouco vamos ser bombardeados. Quando cada família, tem casos de pessoas que pisaram minas, quando há gente queimada, onde há gente amputada. A realidade é outra, contudo a forma de viver mais pura e mais simples, gente que se dá, que nada tem mas que partilha, ond epalavras como o egoismo e a maldade não constam do dicionário. O tempo é dilatado, e a felicidade é intensa, está expressa num sorriso duma criança, ou num dia a mais que se vive.
sábado, 21 de março de 2009
Jornada
Numa patrulha de vigia, saímos da densa floresta e vamos em direcção a uma aldeia não assinalada no mapa, deparamo-nos com uma paisagem estéril, quase o fim do mundo, um inferno na Terra. Parecia ter sido afectada por todos os cataclismo conhecidos pela humanidade. Passamos por Ubandi, que parou no tempo, na idade medieval. É como se atravessássemos uma zona afectada por uma epidemia, as ruas enlameadas onde proliferavam as larvas e mosquitos portadores de malária e sabe-se lá mais o quê. As casas, as que estavam de pé, feitas de madeira bolorenta devido à antiguidade dos materiais e à humidade, com a integridade desmanchada, os telhados caídos e as janelas com plasticos rasgados a fazer de vidros. Uma divisão que servia de cozinha, quarto de dormir, sala de estar e latrina, os cheiros misturavam-se, era nauseabundo, um odor adocicado de podridão. No chão brincam crianças subnutridas, jogam à guerra com paus como tropas e calhaus como bombas que atiravam ao chão barrento. Numa casa, uma criança dava de beber a um casal deitado, talvez os pais, que padecia duma enfermidade qualquer, a pele de cor amarelada e a textura parecida a cera,uns olhos vazios e tristes, olhavam-nos como que dissessem que não há futuro nem esperança naquele lugar esquecido pelos homens, por Deus e até pelos próprios habitantes, pois naquele lugar a morte encontrava-se em cada esquina, à espreita . Onde a esperança média de vida era reduzida, e o homem mais velho tinha 39 anos, e a pessoa mais antiga era uma matriarca com os seus veneráveis 60 anos, mas que aparentava ter mais de 100. Na unica casa de tijolo, sentava-se o chefe da aldeia que fumava cachimbo de água, em cima dum carrinho de compras modificado para cadeira de rodas, amputado de ambas as pernas, dizia-nos algo, talvez em jeito de prece ou quem sabe de maldição. Falou-nos nos anos sucessivos de guerra, bombardeamentos de fósforo branco e napalm, de doenças, de massacres, de torturas que levaram todos os jovens de sexo masculino. E duma população que chegou a ter mais 1000 habitantes não seriam agora mais de 70, muitos que sucumbiram em batalha de guerrilha, outros fugiam para as montanhas e havia ainda familias que fugiam do País tentando recomeçar a ter finalmente, uma vida, longe dali, sem voltarem a dar notícias, cortando definitivamente os laços familiares, talvez por necessidade de esquecer aquele lugar. O resto das gentes, saiam das casas para nos ver passar. Olhavam-nos com expectativa, como se trouxessemos algo de novo, como se esperassem a salvação. Miúdos, juntaram-se à volta dum camarada, que nada tinha para dar, e apenas abrira um volume de tabaco dando cigarros a vulso aos que faziam uma fila, como se lhes ofertassem o maná dos céus. Os animais, gado e caes e gatos ocupavam o mesmo espaço que as pessoas, a qualquer ruido mais estridente dos motores da nossa comitiva, ou um barulho desconhecido, corriam assustados escondendo-se debaixo das estacas que sustentavam a entrada das barracas. A maior parte das árvores à tinham sido cortadas, ardiam nas lareiras e braseiros improvisados, que serviam de fornos e fogões para cozinhar ou ferver a água que se encontrava contaminada. Um ancião esfarrapado e sujo de lama, acenava com um bidon pedindo-nos gasolina, havia carros e motorizadas, mas há muito que deixaram de funcionar, o combustível exigido era para alimentar o único gerador que servia a povoação, e apesar de haver um sistema de abastecimento electrico nas habitações, precisavam dele para o rádio, única forma de contacto com o mundo exterior. Numa população de quase 70 pessoas, talvez houvesse umas 5 ou 6 aptas para trabalhar, sendo a única actividade da aldeia a pesca e o cultivo muito artesanal de produtos hortícolas, o gado morria aos poucos, pois já não havia forragens, e a flora à volta tinha sido cortada e ardida. Onde antes deveria haver uma selva virgem e rica, com uma diversidade imensa, estava agora um deserto, onde a terra se transformava em areia e pó, e o barulho dos animais autóctones, como aves de plumagem colorida, pequenos macacos semelhantes a babuínos e uma espécie de marupial parecido com um coala, era agora preenchido por um silêncio avassalador, cortado frequentemente por queixumes de enfermos e gritos de dor duma gente que definhava aos poucos.
quinta-feira, 19 de março de 2009
in loco
O meu capitão enviou-nos para o terreno, estivemos de vigia cerca 6 horas, o mato é denso e a humidade e calor quase insuportáveis, não aguentei a ração, passava do prazo ano e meio, vomitei tudo, durante a marcha tive de parar, acabei perdido no imenso silvado, nunca se esperava ser alvejado numa situação destas. O medo paralisou-me e fui incapaz de reagir, era impossível chegar perto de mim sem que tenha escutado ou sentido qualquer avanço o movimento por parte do inimigo, ser capturado assim era uma humilhação, trair assim todos os valores das insígnias. Atado a uma árvore restava-me sentir o frio daqueles gumes em qualquer parte do corpo. O sangue seco atraia bichos de toda a espécie, no escuro e sozinho, ser comido vivo era o pior pesadelo. Não lembraria a ninguém, sentia-me parte dum filme série B, demasiado surreal para estar acontecer.
E depois do Adeus.
A Bicha Gaia, não me deixou dormir, e eu acordado fiquei. A Tv nada dava, fui para o Pc. Li blogs, e posts, fumei e bebi um copito, pensei mais, reflecti, fiz juizos de valor, apresentei soluções, criei teses, sínteses, antíteses, postulados, e outras cenas maradas:
Cheguei a uma conclusão. só há um caminho, só tenho uma via. E a Veia belicosa destacou-se!
Em suma:
Deitei-me tarde, e dei comigo a fazer uma retrospectiva da minha vida, do passado que já foi e dum futuro que está para vir e as saídas são escassas. Porém e pelo almoço de hoje fez-se luz, ao deslocar-me à zona de Alcântara, onde havia um centro improvisado de recrutamento militar. Vi muita coisa, li brochuras e estive inclusive a disparar uma Pistola dentro duma caserna montada no largo da AIP na Antiga FIL, arma essa fornecida pelos Camaradas do exercito, fiz 100/100! A convite fiz os exames médicos, faltando os de aptidão física marcados para dia 21 na Ajuda. Em princípio estou aprovado e vou-me alistar. SE tudo correr como o previsto; A primeira campanha é com a 27ª companhia da infantaria para Timor; depois para o 2º Batalhão de infantaria de substituição, no Kosovo, donde volto no Natal.
Agradeço a todos os que me leram, que criticaram, que participaram,e que deram alento a este espaço. A todos estou grato, sem vós este espaço não passaria dum diário privado e fechado. Cheio de amarguras, e feitos inconsequentes. Pelo meio, um ou outro desabafo mais personalizado, e de quando em vez umas mensagens com alguém em foco, ou alguma causa em mira. Tudo não passou de episódio pequeno na minha existência e em breve atirado ao poço mental das recordações que se mesclam com a incerteza de uma memória desfocada, ou uma pouco nítida sensação de deja vu.
Obrigado !
Boa tarde e Boa Sorte!
Há o depois do após?
Estive a ler algo sobre o caminho, o destino, a vida e o/ou o sentido dela.
Não sei se há, e sinceramente espero que não. Construimos a nossa existência, com base em principios/morais/éticas. Baseamos o nosso rumo nisto e naquilo. Crescemos e evoluimos segundo isso ou aquilo.
bLÁ
BLÁ
Se descobrirmos o sentido da vida continuará a ter sentido?
Ou como dizia outro alguém:
Só teremos consciência se formos inconscientes. Pelo menos a plena consciência, o Zen, ou a Omnisciência. Mas não é isto tender para o infinito?
E se assim não for, não nos iremos auto-destruir em consciência e inconscientemente?!
Olhem para o mundo! O Homem caminha de pé desde ontem e já ombreia com os deuses. Como será amanhã?
bah! não quero pensar nisto!
Talvez seja por isso que me sinto corrompido.
Talvez seja por isso que me deprima.
Talvez seja por isso que queira fugir à rotina. Mas ao criar uma anti-rotina estou a entrar noutra. Que redundância minha nossa!
Desisto.
O melhor será fugir!
Não. O melhor será não pensar. Ou então apenas ser...Como um animal, viver sem consciência do Eu...Ou apenas de instintos. Ou então...Não! Negação? Optimismo? Presunção! Humildade! "Só sei que nada sei"? Ou Não! Saberei de mais? Quanto mais ignorante mais feliz? E que é a felicidade? e a Loucura? Quem sou eu?
Bang!
outro dia
Alguém folheia o jornal. Outro chegou à Lua.Um cão uivou-lhe em tempos. Mas já não. Aborreceu-se. Na cidade ouve-se mais uma buzina. Uma familia senta-se à mesa. Mais um condomínio: Vende-se. Outro centro comercial.O cão perdeu-se. Durante a noite fecha-se a cortina, ou desta vez não. Outra familia escuta o Papa. Este fala à multidão ou comem em frente à televisão. Que há de novo para além deste dia? Se já nada é surpresa....
terça-feira, 17 de março de 2009
Decepção audiovisual
A subida foi íngreme, custosa mas calmante. Um descanso merecido sentado numa rocha de granito aquecida pelo sol da tarde.a brisa fosse gelada e cortante. O pensamento esvaziado, a respiração lenta e sem esforço, o corpo relaxado, e a recepção emocional leve e ingénua. Observava o feito, e o horizonte em circunferência. Chamou à atenção, ao longe, algo inusitado naquele lugar inóspito sem vivalma e amorfo de vida; Uma mancha escura, esbatida contra o verde do musgo longínquo, mudava de lugar muito lentamente, ou movimentava-se em bloco e quase imperceptivelmente, uma ilusão de óptica talvez, devido à distancia. Seria um conjunto de animais que pastavam lá em baixo na planície verdejante? Algo assombrava à distância aquele vale sem nenhuma árvore, rocha, ou qualquer ponto de referência que servisse de escala. Daquilo, e à lonjura da distância só era distinguível não a forma, mas apenas a cor que devido ao dia soalheiro pareciam, de cor cinza, ou pardacento. A curiosidade, leva à aproximação, descendo a vertente. O vento era contra evitando assim o reconhecimento auditivo ou olfactivo. Mas ao chegar perto o horror toma lugar, uma mescla de ratos em plena autofagia, e varejas que circulavam e orbitavam neles, uma orgia de cadáveres e uma massa disforme em putrefacção, um cheiro nauseabundo tomava forma e tolhia a visão, uma imagem dantesca cobria agora a paisagem qual tempestade de areia que tudo transformava, dando lugar às sensações mais agonizantes. Tudo terminou num breu cataclismático e um vazio, dando lugar ao caos e às trevas.
sexta-feira, 13 de março de 2009
Post-Scriptum
Quero um mundo sem lentes a cores e escutar a Terra!
Quero furar os olhos para poder ver
Quero perfurar os tímpanos e ouvir
Quero arrancar o nariz e tudo cheirar
Quero rasgar a boca e enfim gritar
quero esventrar o meu corpo os ossos esmagar e finalmente viver.
quero ser pó e cinzas e nunca ter de nascer
quero primeiro perecer, para num segundo crescer
quero ter o tempo para saber do espaço
quero ser uma linha para ter um formato
quero ter nada e o tudo parecer
e queria imaginar-me para sonhar e ser
Quero furar os olhos para poder ver
Quero perfurar os tímpanos e ouvir
Quero arrancar o nariz e tudo cheirar
Quero rasgar a boca e enfim gritar
quero esventrar o meu corpo os ossos esmagar e finalmente viver.
quero ser pó e cinzas e nunca ter de nascer
quero primeiro perecer, para num segundo crescer
quero ter o tempo para saber do espaço
quero ser uma linha para ter um formato
quero ter nada e o tudo parecer
e queria imaginar-me para sonhar e ser
e aí:
Queria voar com a andorinha e correr atrás da lebre, à frente da chita, por baixo do condor,
voar tão alto para ver o Sol de perto e nele orbitar e sentir aquele enorme torpor
despontar na Primavera e secar no Verão.
tons vermelhos, amarelos e castanhos, cair como a folha de um Carvalho ou até dum Pessegueiro,
ser uma Ilha cercado pelo Mar,
Palmeira dum oásis junto ao deserto e na areia rebolar,
hibernar no inverno, na gruta Urso, num casulo um Bicho, e numa toca acordar
mergulhar com o mergulhão,
rir de ou com a Hiena e descansar junto ao Leão,
viver tanto como uma sequoia
e morrer também como uma amiba,
escavar como a toupeira,
e construir alta termiteira,
fugir do frio com os patos em direcção ao Sul,
nadar longe com o cachalote para Norte,
piar como a coruja, e roncar como um javali,
alimentar-me do Sol, como o girassol
rodar tanto e de tal forma girar até entontecer,
sugar o suco ébrio da crosta terrestre
brotar tudo cá dentro como um vulcão,
ser leve como um colibri
apesar de tudo o que não escrevi
terminar sendo despedaçado por um tubarão
posto isto
mudar de posição,
deixar o teclado
amanhã manter-me acordado
e apagar o despertador de antemão.
voar tão alto para ver o Sol de perto e nele orbitar e sentir aquele enorme torpor
despontar na Primavera e secar no Verão.
tons vermelhos, amarelos e castanhos, cair como a folha de um Carvalho ou até dum Pessegueiro,
ser uma Ilha cercado pelo Mar,
Palmeira dum oásis junto ao deserto e na areia rebolar,
hibernar no inverno, na gruta Urso, num casulo um Bicho, e numa toca acordar
mergulhar com o mergulhão,
rir de ou com a Hiena e descansar junto ao Leão,
viver tanto como uma sequoia
e morrer também como uma amiba,
escavar como a toupeira,
e construir alta termiteira,
fugir do frio com os patos em direcção ao Sul,
nadar longe com o cachalote para Norte,
piar como a coruja, e roncar como um javali,
alimentar-me do Sol, como o girassol
rodar tanto e de tal forma girar até entontecer,
sugar o suco ébrio da crosta terrestre
brotar tudo cá dentro como um vulcão,
ser leve como um colibri
apesar de tudo o que não escrevi
terminar sendo despedaçado por um tubarão
depois disto
ou melhor:
ou melhor:
posto isto
mudar de posição,
deixar o teclado
amanhã manter-me acordado
e apagar o despertador de antemão.
quinta-feira, 12 de março de 2009
telegrama celestial
hoje foi um dia de equinócio.
sol aproxima-se do zénite
a lua ilumina em zen,
ideias surgem,
uma respiração sincopada,
acompanhada pelo coração
sua batida ,
as sombras em retirada,
corpo em vertigem,
provocado pela mente
em transe,
acompanhando a alma
em sonho,
tudo de novo em balanço,
tons de azul e rosa,
esmeralda a turquesa,
luz dali
radiação por aí
e a noite será um descanso.
fim de sintação
terça-feira, 10 de março de 2009
rasgo
São estilhaços e memórias visões desgostos mais memórias momentos situações mágoas aniversários números e letras cancelamentos arrependimentos interrupções recomeços sonhos ambições orgulho inveja vícios amores intencionais ódios viscerais tristezas emocionais transes mentais coisas que ficam coisas que partem pesadelos paisagens fantásticas existência efémera morte conquista fim nada terminado nem determinante ciclos e mais ciclos um carrossel a cada uma volta mais uma novidade nao se vê o todo, no meio da distracção não nos vemos e uma experiência extra-corporal que nunca sentimos
segunda-feira, 9 de março de 2009
um livro
Por detrás duma capa preta, escondia-se um livro.
Cabia nele muitas frases, muitos parágrafos ou informação, ninguem o podia afirmar.
Quem o tentava ler ficava confuso, sem saber que achar, nem chegar a formar uma opinião. Cheio de enigmas, metáforas e pleno de contos. Misturados numa estória, muitas personagens, e milhentas situações, desconexas acções e até inversões de capitulos que remetiam para uma nota em apêndice. Cada página não tinha ligação com a próxima, e quando se voltava atrás para o reler, nada do que lá estava correspondia ao que se tinha lido, e a estória, outra e sem fim. A numeração das páginas alterava-se a cada instante e o final modificava-se consoante o leitor e a altura em que era lido. No entanto,nunca ninguém o conseguia acabar, à medida que chegava à ultima página esta remetia para uma nota inexistente, ou por mais incrivel que pareça o leitor nunca conseguia passar da mesma página, e até aumentava e diminuia o número das folhas. O título do livro era divergia consoante quem o manuseava, e a capa tranformava-se de acordo o olhar de cada um. Houve quem tentasse lê-lo rapidamente, folheando de forma continua e célere, mas mesmo assim, aquando do avanço para a página seguinte o contexto era outro, a estória diferente, e por vezes até as páginas se apagavam quando terminadas.
Alguém teve a ideia de o ler de trás para a frente, mas quando o fazia não conseguia aceder à pagina anterior, parecia colada, e mesmo quando o fazia, e o abria com uma faca de papel, era como se cortasse os parágrafos a meio, deixando de fazer sentido, ou a página que tinha em frente era constituida por uma amálgama de letras sem significado.
Nunca chegaram a lê-lo e nem sabiam da sua existência. O autor era desconhecido, não se sabia quando tinha sido escrito,nenhuma editora afirmara tê-lo publicado, e quem o possuia esquecia-se donde o tinha adquirido, chegando mesmo a desaparecer e deixar de ter vivido. A sua existência apagada e a sua vida sumida.
Cabia nele muitas frases, muitos parágrafos ou informação, ninguem o podia afirmar.
Quem o tentava ler ficava confuso, sem saber que achar, nem chegar a formar uma opinião. Cheio de enigmas, metáforas e pleno de contos. Misturados numa estória, muitas personagens, e milhentas situações, desconexas acções e até inversões de capitulos que remetiam para uma nota em apêndice. Cada página não tinha ligação com a próxima, e quando se voltava atrás para o reler, nada do que lá estava correspondia ao que se tinha lido, e a estória, outra e sem fim. A numeração das páginas alterava-se a cada instante e o final modificava-se consoante o leitor e a altura em que era lido. No entanto,nunca ninguém o conseguia acabar, à medida que chegava à ultima página esta remetia para uma nota inexistente, ou por mais incrivel que pareça o leitor nunca conseguia passar da mesma página, e até aumentava e diminuia o número das folhas. O título do livro era divergia consoante quem o manuseava, e a capa tranformava-se de acordo o olhar de cada um. Houve quem tentasse lê-lo rapidamente, folheando de forma continua e célere, mas mesmo assim, aquando do avanço para a página seguinte o contexto era outro, a estória diferente, e por vezes até as páginas se apagavam quando terminadas.
Alguém teve a ideia de o ler de trás para a frente, mas quando o fazia não conseguia aceder à pagina anterior, parecia colada, e mesmo quando o fazia, e o abria com uma faca de papel, era como se cortasse os parágrafos a meio, deixando de fazer sentido, ou a página que tinha em frente era constituida por uma amálgama de letras sem significado.
Nunca chegaram a lê-lo e nem sabiam da sua existência. O autor era desconhecido, não se sabia quando tinha sido escrito,nenhuma editora afirmara tê-lo publicado, e quem o possuia esquecia-se donde o tinha adquirido, chegando mesmo a desaparecer e deixar de ter vivido. A sua existência apagada e a sua vida sumida.
Escrevo para mim, relato para vós
Prólogo:
Uma peça, vários actos, um drama e uns desacatos. Divergências, opiniões, intransigências e grandes confusões.
I acto
Grandes representações, multiplos actores, tanta ilusão, numa miriade de personalidades, e /ou personificações.
Acto único ou singular
Enganos, e máscaras que encarnam gentes que foram, não o são, já foram, além dum corpo são, em mente que foi.
Epilogo
Uma interacção com subtracto requer confiança. Não é necessário que haja ilusões, contando que o cerne dum ser, ou âmago duma alma, tenha um principio ético moral rigido que seja previamente entendido. E Mesmo que em omissão, haja consciencia dos actos, embora as palavras não reflictam o mesmo ou entrem em contradição.
Para uma desilusão, é necessário variadas ilusões. Para nascer uma desconfiança basta que nos falhem uma e outra vez, criando assim matéria suficiente para criarmos na mente uma opinião. Não que esta seja real, ou corresponda a uma razão, porém nunca mais se criará uma verdadeira união.
Uma voz negra, um grito, um perfil irascível e um impulso eléctrico.
Uma peça, vários actos, um drama e uns desacatos. Divergências, opiniões, intransigências e grandes confusões.
I acto
Grandes representações, multiplos actores, tanta ilusão, numa miriade de personalidades, e /ou personificações.
Acto único ou singular
Enganos, e máscaras que encarnam gentes que foram, não o são, já foram, além dum corpo são, em mente que foi.
Epilogo
Uma interacção com subtracto requer confiança. Não é necessário que haja ilusões, contando que o cerne dum ser, ou âmago duma alma, tenha um principio ético moral rigido que seja previamente entendido. E Mesmo que em omissão, haja consciencia dos actos, embora as palavras não reflictam o mesmo ou entrem em contradição.
Para uma desilusão, é necessário variadas ilusões. Para nascer uma desconfiança basta que nos falhem uma e outra vez, criando assim matéria suficiente para criarmos na mente uma opinião. Não que esta seja real, ou corresponda a uma razão, porém nunca mais se criará uma verdadeira união.
Uma voz negra, um grito, um perfil irascível e um impulso eléctrico.
sexta-feira, 6 de março de 2009
estudo de sítio
quarta-feira, 4 de março de 2009
Tormento
Se me virem a descer pela cidade não me façam virar para trás
Se cair pelo chão não me cheguem a mão.
As paredes caiem à passagem, as imagens desfazem-se a cada olhar
Alguém que se silencie e me cale agora!
A distancia sente-me e mantem-me vivo
O mal está a meu lado.
As fúrias e raiva à solta.
Bebo do mesmo copo da Humanidade que os saúda
Os céus cobrem-se de espiritos malévolos enquanto um sol definha.
Outra Terra abre-se e aflora a sua ira.
a queda continua, até ao centro que nunca existiu.
Desagrego-me.
Se cair pelo chão não me cheguem a mão.
As paredes caiem à passagem, as imagens desfazem-se a cada olhar
Alguém que se silencie e me cale agora!
A distancia sente-me e mantem-me vivo
O mal está a meu lado.
As fúrias e raiva à solta.
Bebo do mesmo copo da Humanidade que os saúda
Os céus cobrem-se de espiritos malévolos enquanto um sol definha.
Outra Terra abre-se e aflora a sua ira.
a queda continua, até ao centro que nunca existiu.
Desagrego-me.
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