por Chet Funset
No centro da noite, há um pulso invisível —
um coração que não bate, mas devora.
Chama-se silêncio.
Chama-se eu.
Os astros giram, curvados pela memória
de tudo o que um dia foi dito e esquecido.
Luz e tempo se dissolvem no mesmo gesto,
como vozes caindo em espiral.
Há um nome que sussurra no escuro:
Sagittarius A —
o abismo onde as perguntas se recolhem
antes de nascerem respostas.
Se olho para dentro,
vejo a mesma gravidade a puxar-me:
tudo o que amo
tende ao centro.
E eu deixo-me cair,
devagar,
como quem regressa
ao início de todas as coisas.
Nota: de criação Binária, tanto analógica quão digital e seus direitos devidamente anotados...
Sem comentários:
Enviar um comentário