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quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Dois funcionários numa fabrica de inventos. Um igual, outro diferente. O Igual trabalhava de forma diferente, o diferente de forma igual. Quando era necessário fazer algo diferente ninguém fazia igual. Quando todos faziam de forma diferente, ninguém trabalhava igual. Chegava uma nova remessa de matéria prima, o diferente diferenciava, o igual fazia como o nome indicava. O diferente não sabia como começar, mas sabia como acabar. O igual começava e terminava da mesma maneira. O diferente inventava formas e géneros, pensava conteúdos, imaginava séries, falava em fazer, elaborava mentalmente. O igual fez. O diferente olhou. Um deu em louco, outro ficou indiferente. A fábrica já não inventava, os inventos já não saiam. Não fechou as portas, mudou de ramo, e tornou-se uma feira de variedades e de atrocidades. Mas diferente claro está.

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