há dias em que sou atingido por um raio fulminante de lucidez
o mundo foge como areia entre os dedos.
sinto que sou o único aqui
um estrangeiro numa terra desolada
entro em corrosão pela tristeza
em que nada tem sentido
em que o acto de levantar é absurdo
as pessoas são espectros
os sítios desconhecidos
a direcção a tomar confunde-me
o caminho é infinito
e caminhar queima-me os pés
falar cansa-me a alma
e olhar fatiga-me o cérebro
sou castigado por existir
Fustigado com informação banal
sofro com todas as maleitas
assoberbado por conteúdos fúteis
todos os acasos se concentram em mim
sou esmagado pela pequenez
e reduzido a ser quem fui
o mundo foge como areia entre os dedos.
sinto que sou o único aqui
um estrangeiro numa terra desolada
entro em corrosão pela tristeza
em que nada tem sentido
em que o acto de levantar é absurdo
as pessoas são espectros
os sítios desconhecidos
a direcção a tomar confunde-me
o caminho é infinito
e caminhar queima-me os pés
falar cansa-me a alma
e olhar fatiga-me o cérebro
sou castigado por existir
Fustigado com informação banal
sofro com todas as maleitas
assoberbado por conteúdos fúteis
todos os acasos se concentram em mim
sou esmagado pela pequenez
e reduzido a ser quem fui
4 comentários:
Bem-vindo ao mundo real...
OBRIGADO! começou a Quatorze de Julho de Setenta e Um
Eu dei-te a mão e quis mostrar-te o caminho... mas tu não queres ver nem conhecer, 'o tanto' que terias p'ra viver!...
O tanto está aqui. Sendo o "aqui"-» aí. assim e apesar deste breu e abismo não se incompatibiliza contigo, esperando que lá desças qual Orpheu e me tragas de volta!
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