O homem tem um problema, pergunta-se sobre o absurdo da existência, desloca-se ao centro de atendimento. Fazem uma triagem. É questionado. Interrogado e catalogado. É reconduzido. Chega a sua vez, é levado pelo interior do edificio alvo, imaculado, com tectos altos preenchidos por luzes neon continuas. Chega a uma grande porta, abrem-na. É empurrado lá para dentro. Fecham-na. Lá dentro uma fila enorme de gente onde ocupa agora o ultimo lugar. Da primeira pessoa retiram o cérebro, que religiosa e sistematicamente é colocado numa pequena caixa de metal reluzente e azulada. É inserido na parede, cheia de gavetas numeradas de alto a baixo. O corpo é quimicamente tratado e reciclado. Novamente a sua vez, o processo é o mesmo. Já não sente nada, nem existe. Contudo na manhã seguinte acorda com o despertador, faz a barba, veste-se, apanha o eléctrico, pica o ponto e produz! O mundo é belo novamente!
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
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