No principio era o Verbo, um fotão num mundo deserto. Um átomo e pouco depois uma molecula. Num ápice e sem qualquer ordem, a gazela foge e a chita corre. O abutre aproveita-se. O elefante invade o charco. O crocodilo espera. Os búfalos desesperam pelas pastagens que não chegam. Os répteis aguardam. Os insectos reagem a impulsos binários da sobrevivência e propagando-se de súbito.
No ar viajam partículas que servirão de nicho ecológico. No solo espalham-se as espécies que havemos de extinguir. No mar floresce a vida que haverá de estar na base da cadeia alimentar. Um instante após, chega o pensamento e a consciência de existir. Reclama-se o espaço todo, até o próprio universo de seguida. alguém configura. outro reconstroi e adapta. aquele transforma e divide. alguns reinam e idealizam. Chega à Terra quem sente. Arrepende-se porém e repete o erro antigo. Domina mas é ultrapassado por Gaia, que está um passo à frente da decisão e do protocolo. Predisposta a reformular o formulável. Configurando o ideal, ultrapassado no momento em que surge. Num momento extingue quem lhe aprouver. Sem contemplações. Sem dó nem piedade. Sem misericórdia no vocabulário. A destruição de quem chega. A criação doutra coisa inimaginável. Sem dono, nem denominação. Pertença dela própria Um fim e um inicio. faz um balanço e de repente o equilíbrio. Vira-se a página. e faz-se luz pela primeira vez.
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
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