Corpos transpirados dentro dum escritório urbano. Os prédios em volta cresciam, inundavam-nos de pó que entorpecia os movimentos. Obrigavam-se a trabalhar maquinalmente. O objectivo cumprido. Os números batiam certo. A alegria contagiante de mais um dia de imensa produtividade ineficaz e insuficiente.
À saída todos se dirigiam para os sinais indicadores. Atropelando-se. Conduziam-nos aos destinos diversos. Sempre fugazes. As plataformas cresciam de gente. Amontoavam-se os percursos. Aumentava a velocidade da partida. Enquanto outros havia que procuravam a chegada, Movimentos constantes e freneticamente desconjuntados. Os tais percursos conhecidos feitos de aglomerados desconhecidos. Gente adormecida circula pelas ruas. Outros acordam e gritam, falam da chegada do absurdo da vontade própria. Em vão. São esquecidos. passa-se por eles e o semáforo muda para verde, as portas abrem e os carris seguem o seu caminho pelo tubo negro e vazio de sentimento. Pára mais uma vez e sobem as escadas. A multidão expectante observa os painéis. O tempo continua e o comboio arranca-os do espaço. Para longe. Num lar por instantes. Saiem novamente esperando pela buzina. Trocam olhares a medo. Estranha-se o lugar vagamente conhecido. seguem em frente. As pálpebras fecham-se. Os carris em linha recta, comunicações em todos os sentidos e diálogos por todos os lados. Pensamentos cruzados. Inúmeras vidas juntas pulsam com a energia eléctrica que os alimenta e consome. Vivem viciados na rotina do amanhã que chega hoje. Mentes pesadas transportam a carruagem, nas paragens à frente sente-se a dor e o riso. Misturam-se numa mescla explosiva de demência prestes a acontecer. Rasgos de sanidade entremeados por loucura calculada e à distância de um banco ou de mais um lugar vago. E uma mente vazia. Passou-se o dia. O indicador luminoso aponta e a sirene assinala.
À saída todos se dirigiam para os sinais indicadores. Atropelando-se. Conduziam-nos aos destinos diversos. Sempre fugazes. As plataformas cresciam de gente. Amontoavam-se os percursos. Aumentava a velocidade da partida. Enquanto outros havia que procuravam a chegada, Movimentos constantes e freneticamente desconjuntados. Os tais percursos conhecidos feitos de aglomerados desconhecidos. Gente adormecida circula pelas ruas. Outros acordam e gritam, falam da chegada do absurdo da vontade própria. Em vão. São esquecidos. passa-se por eles e o semáforo muda para verde, as portas abrem e os carris seguem o seu caminho pelo tubo negro e vazio de sentimento. Pára mais uma vez e sobem as escadas. A multidão expectante observa os painéis. O tempo continua e o comboio arranca-os do espaço. Para longe. Num lar por instantes. Saiem novamente esperando pela buzina. Trocam olhares a medo. Estranha-se o lugar vagamente conhecido. seguem em frente. As pálpebras fecham-se. Os carris em linha recta, comunicações em todos os sentidos e diálogos por todos os lados. Pensamentos cruzados. Inúmeras vidas juntas pulsam com a energia eléctrica que os alimenta e consome. Vivem viciados na rotina do amanhã que chega hoje. Mentes pesadas transportam a carruagem, nas paragens à frente sente-se a dor e o riso. Misturam-se numa mescla explosiva de demência prestes a acontecer. Rasgos de sanidade entremeados por loucura calculada e à distância de um banco ou de mais um lugar vago. E uma mente vazia. Passou-se o dia. O indicador luminoso aponta e a sirene assinala.
1 comentário:
Espero nunca sentir esses corpos transpirados, essa fúria de lutar contra o tempo, a indiferença perante o gesto mais nobre...
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