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segunda-feira, 10 de março de 2008

Quem somos?


Ao encontramos alguém novo, falamos das semelhanças para encontrar pontos comuns.
Encontrando alguém de há muito tempo, falamos do passado até ao presente.
Estando com alguem presente, fala-se de quê? As semelhanças já foram encontradas, o passado debatido, o futuro quase garantido. Resta conversar dos outros, basta salientar o que está mal, propõe-se novas ideias ou ideais. Convive-se nada dizendo.
E se a alguém novo lhe falássemos de nós? se lhe apontassemos os defeitos de imediato? e se alguém que já não viamos há muito nada dissessemos? O que é hoje em dia o racional? O que é socialmente aceite? Será que perdemos a capacidade de ser sem parecer? Só gostamos da moda que nos incute a sociedade? Somos aversos ao diferente porquê? Porque temos medo do desconhecido? Quanto mais civilizados menos humanos. Quanto mais sabemos menos discernimos. Quanto mais cultos, mais fechados aos outros. Quem somos nós? O que fomos? E em que nos tornaremos?


Aceitam-se apostas

8 comentários:

Anónimo disse...

Falar dos outros? Não me parece... A não ser que a tua própria vida seja isenta de Vida! Existe no nosso vocabulário uma palavra que gosto muito: partilha. De experiências, de sentimentos, de momentos, de ideias... Tantas são as coisas que se pode partilhar!

Vivemos em sociedade e de padrões, e só é aceite quem vive segundo esses padrões. Quem é diferente é olhado, sim! Porque tem a coragem de não ser igual aos outros... Já pensaste que quando essas pessoas olham para o diferente, poderão admirar a sua coragem?

Felizmente o diferente existe! E quem é diferente é realmente feliz porque é livre de ser e estar, sem máscaras e pinturas...

Xi

Cruztáceo disse...

o problema é mesmo esse. no mund em que tudo está reiventado e reinterpretado, só há o outro para reconstruir, ou converter, ou reconverter, o reavaliar, como queiras...mas é uma opinião somente...um desabafo e não uma corrente filosofica...pra isso já bastam muitos dos anteriores né?

Anónimo disse...

Claro que não é uma corrente filosófica... o teu texto é uma partilha ;)

Cruztáceo disse...

hmm..será uma partilha? afinal também sou um subproduto desta sociedade de consumo imediato, logo tenho o meu quê de mesquinho/egoismo. assim sendo estou aqui também a falar mal dos outros, daí que não mostre uma diferença, mas sim uma caracteristica comum a esta mesma sociedade! Ou será que não? Serei eu capaz de um julgamento isento??? Fica a questão sem resposta.

Anónimo disse...

Se quiseres eu encontro-te a resposta ;) Não há necessidade de a questão ficar assim!

Cruztáceo disse...

não encontres! vamos em busca?

Anónimo disse...

Porque não? ;)

Cruztáceo disse...

hoje à noite?...