João Cruz Oeiras de Portugal adesão a portal.membros@spautores.pt

Nome

Email *

Mensagem *

sábado, 29 de novembro de 2008

por cá poema em si

passa-se o tempo, passa-se o dia, e parte da noite a divagar
a pensar em ti
sem vontade de dormir sem vontade de deitar
e hoje viajando pela noite
passo o espaço devagar
parado sentado mas...
e eu? continuo aqui.
já o natal e mais outro por ti vão
eu aqui a dar-te a mão
aceno, grito e indico.me e faço sinais
caminhos tortos
viagens dificeis
e eu para aí
onde?
ou interessa que rota segui?
é a que sigo!
e a quem persigo é a ti!
as vezes bem
muitas vezes mal,
ganda barraca!
não resolvo, mas dou-te um xi!
Falo, digo e palro
mas com bom intento etc e tal
os sinais são apagados
a conversa por vezes banal
as emoções acesas
e o sentimento. esse? continua sem igual
trajectos que paralelos são para mim
intersecções ou perpendiculares faço em ti
sem intenção sem manobras
evasões nem invasões
são as minhas nuances
apenas eu e as minha visões.
olha eu aqui!

viajando

há espaços de que já me esqueci
momentos que apaguei
memorias que deixei para lá
continuo a ir
a perder pedaços
e outros a apanhar no caminho
enquanto duro
enquanto corro
vou estando por cá

pela noite


010101010101010101001010101 não. ainda não vou fechar os olhos01010101010101010100101010 não nem ainda desligar a televisão
nem tão.pouco baixar a canção 0101010101001010101010101010100101010 não não vou levantar voo para já01010101010101010010101010100101010nem vou apagar o ciagrro00101010101010101010101010101010100101010 nem posso meter as mãos no bolso 01010101010101010100101010a noite ainda não acabou
não posso pra já fechar o livro
0101010101010101011010101010101010100101010101010100101010algo há-de aparecer010101010101010110100101010101010101010
010101010101010101001010001010101010101010100101010sem energia01010101010101010100101010mas cstivo01010101010101010100101010sem iniciativa01010101010101010100101010mas imaginativo010101010101010101001010
sem tamanha inercia01010101010101010100101010em enorme criação01010101010101010100101010um enorme momentum01010101010101010100101010na mão01010101010101010100101010
não, ainda não.01010101010101010100101010não vou pra já fechar os olhos!01010101010101010100101010

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Cisma 0101010101(revisto e aumentado)


O Homem tem um problema, pergunta-se sobre o absurdo da existência, telefona para a linha de apoio, atende a voz mecânica, digita um para outras opções. Desliga. Liga-se à rede, pesquisa e perde-se. Os olhos vazios, a mente cheia e perturbada. É canalizado e desloca-se ao centro de atendimento. Fazem uma triagem. É questionado. Interrogado e catalogado. É reconduzido. É induzido. Chega a sua vez, é levado para o interior do edificio alvo, imaculado, com tectos altos preenchidos por luzes neon continuas.O centro de apoio e indução aos humanos que duvidam do sistema(CISMA). Chega a uma grande porta metálica reluzente, abrem-na. É empurrado lá para dentro, colocado num tapete rolante. Encarneirado.Ouve-se um bip. Fecham-na. Um fila enorme de gente. À primeira pessoa fazem um tratamento, com um eficácia e acuidade precisa, um laser corta-lhe a pele craniana, com a mesma precisão, retiram o cérebro, que é religiosa e sistematicamente colocado numa pequena caixa de metal opaca e azulada. É inserido nas gavetas numeradas de alto a baixo da parede. O corpo é quimicamente tratado e reciclado. É a sua vez, assusta-se, uma luz diz-lhe para a olhar fixamente até ouvir o sinal, uma seringa injecta-lhe sem se aperceber um quimico relaxante, sorri e deixa de reagir a estímulos, de seguida o processo é o mesmo. Já não sente nada, caminha maquinalmente, nem sequer existe. Na manhã o despertador, a cápsula, a barba, veste-se, apanha o eléctrico automático, pica o ponto. Senta-se na secretária 1068 e produz! O mundo é belo novamente!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Tu


Acordei com o teu gosto e o teu sabor, saí para a rua, estavas em cada pétala em cada flor em cada árvore, vi o teu rosto nos condutores que passavam rápido pelas ruas. O ar que me rodeia tem o teu cheiro, sinto-te por perto, não te vejo mas pressinto o teu toque. Apanho o comboio, o mar passa e chama por mim com a tua voz, chego ao metro e a tua presença é constante no meio daquele mar de gente, a composição arranca e tu levas-me com ela, subo as escadas e estás ao cimo, abraço-te, e beijo-te. Estiveste, estás e estarás comigo em todo o lado, e que sensação é ter o teu sentir...

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Marx morreu, o capitalismo ainda não e o pessoal já estende a mão...


Entro no edifício, à porta uma multidão, pensei:" mais uma excursão/visita de estudo ou contribuintes com pagamentos em atraso". Não! Num olhar mais atento reconheci uma, duas, três..Cinco caras! Ex-colegas da Fcsh, trabalhadores da ByBlos, que entrou em insolvência e que agora pedem ajuda e as respectivas indemnizações... Mais um rol de famílias destroçadas, enquanto outras, a gerência, que despede para poder manter os Bmw`s e as idas aos solários. Que vivam as entidade empregadoras e as suas vidas ascetas.
É curioso verificar como o Estado disponibilizou verbas para a Banca e porque não o Ministério da Cultura viabiliza projectos interessantes como este que agora definha?
Não deveriamos privilegiar o acesso de todos à cultura? não é um dos fundamentos basilares da nossa constituição?
Porque acabam os cinemas de culto e abrem as cadeias multiplex de cinemas em centros comerciais com produção em massa de pipocas?
Porque o Ministério respectivo não ajuda as gasolineiras e desce o preço, fazendo com que aumente o consumo e ganhando na mesma os milhões que arrecadam na forma de imposto?
Porque não se ajudam os hospitais, criando condições para um melhor atendimento e retirando anos às listas de espera, aumentando a saúde da população logo criando um geral bem-estar?
Já agora porque não se aumenta mais o SMN? Havendo melhores salários talvez os portugueses já ocupassem os lugares que a outra diz serem para os Ucranianos e Cabo-verdeanos. Talvez o português não seja assim tão preguiçoso, pois não se houve falar de desemprego nos nossos emigrantes, que muitas vezes vão para fora trabalhar mais horas que alguma vez pensariam em fazer cá.
Talvez assim, havendo mais poder de compra, houvesse mais consumo interno, criando mais procura, haveria mais oferta, logo a necessidade de produzir mais, criando mais empregos, Não é isto um dos princípios básicos da economia de mercado e do mercado capitalista?
Não acham que a democracia já vai com trinta e tal anos, e já se perdeu muito tempo e muitos fundos do quadro comunitário de apoio, desde o tempo do Cavaco até ao Socrates?
Não estará na altura de terem uma visão de futuro e de delinear um plano único económico-financeiro para o País?
Terá de se formar novamente um governo de salvação nacional?

Ficamos à espera então, e
enquanto os senhores enchem os bolsos, o povo tem esperança, e vão atirando areia para os olhos com futebois, telenovelas, e seus derivados, fazendo-os sonhar que toda a gente vive bem, como numa revista cor-se-rosa, onde o Pedro casa com a Rosinha e são felicérrimos, a Teresa Corte-Real Von Hausen compra nova casa na quinta da marinha, A familia real passa férias no dubai, o André e a Teresa Chaby( Táti prós amigos) tem o nono filho e vivem num T11 com piscina na cave, e o Bernardo Paço de Arcos comprou um Ferrari F580...
Tenham Juízo e bom senso.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

ao 7ºdia

Num dia igual aos outros, traçou uma linha, fez uma perpendicular, olhou o ponto de fuga, distanciou-se. Parou. Sentou-se, fechou os olhos e inspirou-se. Foi à cozinha buscar gelo e voltou a encher o copo. O maço só com um cigarro. Sacou-o, debruçado à varanda olhava o infinito, coçou a cabeça, esfregou os olhos a laia de cansaço. Olhou para trás e contemplou a sua obra, deu mais um bafo, e andou às voltas na sala saindo novamente para a varanda. Mirou o sol e inevitavelmente esboçou um sorriso. Momentaneamente cego, caminha junto ao vasos encostados à parede observando-os, tira as folhas secas e toca na terra, regando-os em seguida. Suspira. Sente-se vazio, sem imaginação, a capacidade criativa já não é o que era. Volta para dentro, e põe-se a trabalhar. Deus rasga a tela antiga e recomeça de novo, sem grande inspiração, rabisca improvisando.
Hoje vai criar o homem.
"Esperemos que fique bem" - Comenta para si

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Bruno Nogueira

Já tentei perceber onde está a piada.

Alguém me explica?

Manuela Ferreira Leite

"O casamento de homossexuais é contra-natura"


" As Obras publicas em Portugal dão emprego a cabo-verdianos e Ucranianos"

" Seria Melhor 6 meses sem democracia para meter tudo na ordem"

É Genial!

é a oposição que temos..

Sieg Heil!

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Uni-versão








Uniram-se como duas gotas de água que se encontram sobre uma folha, formando uma maior. A luz envolve o Oceano espalhando as cores pela superfície do mar e colorindo o céu numa paleta variada de tons.
O sol desce e funde-se com o horizonte reflectindo a sua energia e poder pela Terra.
Os tons vão-se esvaindo, aparecendo na água desde o azul profundo ao cinzento metalizado.
As ondas batem cá em baixo, chegando aos nossos ouvidos o embate nas rochas, uma torrente suave mas poderosa.
O silêncio vai-nos envolvendo à medida que o laranja se transforma em rosa.
Por detrás, o verde da serra e o castanho da terra esfuma-se aos poucos, o céu apodera-se deles e carrega-os com as cores da noite.
Tudo é invadido de uma magia palpável. O verde que não se vê mas sente-se, O Azul que nos toca na face em forma da brisa, a terra que se cheira com um odor mesclado de mar e flora.
A mística do lugar é intensa, quando a gigante esfera se esconde, e por momentos o vento pára e o mar se deixa de ouvir. Instantes que nos tornam pertença desta visão paradisíaca. Sentimo-nos pó de estrelas, quando aos poucos aparece Vénus e Júpiter que seguem o seu maestro e terão, noite dentro, o mesmo destino. A abóbada enche-se de pontos brancos luminosos e longínquos, porém tocam-nos com a sua presença aconchegante.
E Nós, aqui, de pés assentes, sentimo-nos pertença dum quadro maior; Num conjunto de átomos omnipresentes que nos rodeiam, numa orgia de matéria em que somos testemunha da Criação, numa dança de estrelas que nos vão cercando, num baile de planetas que entre nós circulam, num festim de formas e conteúdos que nos enchem ou preenchem, fazendo de nós filhos do Universo.
E assim se passa um domingo ao pôr-do-Sol, onde a união de tudo o que é conhecido passa por nós e foi consumada, inclusivé o tempo e o espaço, e é neste momento que tudo pára, nesse instante em que não somos mais que um sentimento, ou uma emoção fugaz mas infinita.
Entretanto cai a noite e nós levantamo-nos acordando do sonho. Até amanhã.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Em Crescendo

hoje tem de ser!
tenho de largar, partir e brilhar!
Sair e
Gritar
Subir e ter a Lua na mão

Fundo respirar, sem expirar e inspirar-me!
Com os pés na Terra a rodar, girar!
Sorrir com o Sol e orbitar, orbitar!
ou apenas ir e só rir,
Rir!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Quem fui?


Já alguma vez tiveram a sensação de acordarem com o despertador e olharem para as horas e serem confrontados com a ideia de não ser eu que estou ali?
A conduzir, olham para o lado e o espaço que os rodeia é desconhecido, toda aquela paisagem que nos cerca e aperta é alienígena?
Olho ao espelho e quem me olha é desconhecido?

Com rumo destinado e chego à conclusão que afinal aquele destino não é o vosso?

As vossas falas e deixas não passam de estímulos exteriores copiados ou plagiados de outrem?

Não passamos de encenações ou rábulas brejeiras em que não nos revemos?

Nunca sentiram que o Eu não é presente? É alguém estranho, ridículo, absurdo e sem efeito prático e/ou não passa de um reflexo condicionado?

Na rua olhando em volta reflicto se de facto sou eu ? Ou não passa duma imagem fabricada e incutida na memória?

Não se sentem as vezes sem ente físico, onde não são mais que uma inconsequência ou um lapso biológico anacrónico?
Não se confrontam com as vossas posições ou opiniões, em que não se reflectem por serem incoerentes ou inconsistentes e serem lembranças quase intemporais que absorvemos doutro alguém que não se encontra dentro de nós? Onde não há lugar, no espaço ou no tempo, para alguém com tais experiências ou factos empíricos que ao que tudo indica foram pré-gravados num qualquer espectro que vagueia por cima do solo, pois nada mais sabe fazer que se auto-assombrar?
Eu não sei se me aconteceu.
Suspeito que me vejo de fora, que já existi em tempos.
Viverei eu apenas, por alguém ou outra coisa qualquer e noutra dimensão, que joga aos dados?

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Uma verdadeira história de São Martinho

Martinho vivia na Graça. Assava castanhas e como acólito tinhao Chico, um miudo que as levava a casa. Em part-time trabalhava no bar dos bombeiros voluntarios de sapadores. Tirava lucros da castanha e vendia estupefacientes aos moradores da penha de frança. A vida corria-lhe bem, disfarçado de pescador em peniche, fazia o desembarque através das berlengas. Abriu uma loja de take-away. Ia de vento em popa. As castanhas embrulhadas em pacotes, saiam que nem sardinhas. Quentes e boas. Os clientes aumentavam, assim como a carteira de negócios.Criou uma sociedade com a São, amiga de infancia ,que tinha uma volkswagen pão de forma, , e companheira de carteira na primária, que transportava o produto desde peniche para a capital. A São Martinho Lda expandiu o negocio para a margem sul. Uma pequena embarcação fazia a rota xabregas- Seixal. Começou uma nova era. O seu guarda livros lavava o dinheiro através do bar dos bombeiros, O fisco apertava mas nada tinha por onde pegar A Asae descobriu irregularidades nos embrulhos, as páginas amarelas eram reutilizadas, recicladas e reciclaveis, contudo eram desactualizadas. Fizeram-lhe uma espera. A carrinha esperava-o estacionada, dois paisanas, na esquina oposta simulavam apanhar o autocarro da rede da madrugada. Era noite cerrada, um frio seco, ja de madrugada cai uma névoa plumbea, pelo lusco-fusco, Martinho sai do bar, dá por encerrada a jorna. Suspeita de algo, reentra. Estanca, senta-se na sua secretária e puxa dum cigarro. Queima o produto na salamandra da associação. Empresta a sua capa ao Chico que fazia os biscates, empresta-lhe a sua capa, e manda-o de bicicleta pela Sé abaixo, Mordem o isco. ouvem-se sirenes em perseguição. Martinho apaga o cigarro e as luzes. Fecha a porta atrás de si, olha o céu que se torna azul. Nasce o dia, Martinho sorri e afasta-se desaparecendo na esquina e entre os primeiros raios de sol.

Moral da história: Quem tem capa...

Sinais

Despertador toca.
A vida pára, o tempo cessa.
Acorda louco de olhos abertos.
Rasga os lençois. Atira a roupa janela fora.
Parte os espelhos. Corta-se nos vidros.
Bebe o vinho aflito.
Sai para a rua desesperado.
Grita no meio da estrada! Anuncia o fim do mundo!
O semaforo verde e a vida negra.
É colhido por um tir. É instantaneo.
E ultra-congelado.
Pronto-a-comer.
Pronto-a-vestir.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Ler


Curioso ler os outros.

Nunca vemos a sua versão, mas sim a leitura com o nosso humor ou disposição.
E perde-se assim tanta informação.

sábado, 8 de novembro de 2008

Porquinho

Um porquinho vivia com os seus amiguinhos em comunidade, plena de luz, harmonia e alegria. Ia para todas as festividades da pocilga, saia e ia procurar alimentos na mata, e iam laurear a pluma até às tantas e tinha uma vida social e animal muito intensa. Não precisava de mais nada pois sentia-se completo. Chegou uma altura em que começa a ficar saturado dessa vida, questionou-se sobre a sua existência, tornou-se niilista, mais tarde existencialista e tentou o humanismo como corrente filosófica. Pois havia algo que carecia e o enchia de paisagens mundanas e inconsequentes. Uma vida cheia e preenchida mas uma entidade vazia. A agenda continuava agitada e muito preenchida. Mas sabia a pouco. Ambicionava a novidade, a objectividade e até uma corrente que o ligasse ao chão. Num dos seus périplos a sós, pois apesar de ser extremamente gregário, tinha momentos introspectivos e retrospectivos, em que fazia uma revisão mental de sim mesmo.

Caminhava de erva na boca e...

  • caiu-lhe a queixada
  • roncou de espanto
  • aparvalhando-se


De repente e eis que senão quando, vinda duma planície a norte e num vale Verdejante e cintilante, aparece alguém que o ofusca e fascina: Uma Joaninha! indescritível, que torna horrível o mais belo por-do-sol e arrepia as auroras boreais e o próprio Universo é escuro e triste. O dia torna-se rico, belo e de brisa quente, perfumado a primavera e polvilhado de luminosidade e de polens, com botões de rosa a crescerem à sua volta, abelhas a circum-navegarem-nas, pardalitos a quebrarem os ovitos e a chilrearem nos seus ninhos. Assistia ao aparecimento das cores vivas do arco-íris e o nascimento de inúmeras vidas que enriqueciam a sua visão Esfrega os olhos e volta a si com o coração palpitante. Passado esse encontro, começaram a combinar ver-se por ali numa base quase diária, e tinham longas conversas e davam grandes passeatas. Até que começaram a namorar.
A vida em conjunto era muito difícil para o porquinho, pois não estava habituado a certas rotinas e deveres, pois até aqui tudo era posto à sua disposição. Porém chegando este novo amor, teve de se adaptar, teve imensas dificuldades pois, a sua querida e amada companheira, não podia acartar com todas as vicissitudes da existência, e o porquinho ficava confuso, pois tal nunca lhe tinha sido exigido, passou então por uma fase de transição e de mudança, em que era imprescindível que não falhasse pois poderia por em causa o seu amor, e isso era coisa que para ele era impensável. Afastou-se da sua antiga vara e vivia em comunhão total com a sua paixão e eventualmente esquecera os amigos, que o chamavam à pedra por não lhes prestar cartucho. Estava assoberbado de funções novas que desconhecia.Uma vez por outra falhava por desconhecimento, inépcia ou alienação. O que causava uma grande decepção na sua apaixonada, e aos poucos fez por se organizar, e aumentou os seus tais períodos apelidados de introspecção/ retrospecção( uma espécie de estado zen suíno), pois procurava adaptar-se na perfeição. Ia mudando aos poucos, tornando-se num melhor ser, ou não só parecê-lo como sê-lo. Tinha dificuldades pois como veio a descobrir, não era um porquinho mas um Javali e tinha dentro de si um grito selvagem a chama-lo. Contudo esse grito ,ou esse chamamento, ia esmorecendo, e o javali tomando como seu o Vale verdejante e por ali assentando arraiais. Ainda desconhecia certas zonas, e fazia reconhecimentos para se ambientar. Mostrou-lhe o seu mundo, o seu modo de fazer e de estar. A páginas tantas, viviam em estado de graça, mas a estória não acaba aqui. Decorre neste instante! E posso-vos garantir que não há um segundo que passa, em que o Javali não pensa na sua Joaninha.



sexta-feira, 7 de novembro de 2008

ATENÇÃO! O meu blog está em Crise!





Gostas destes desenhos?
Tens mais de 18 anos?
E a 4ª Classe?
Eu Vendo desenhos para fora!
Faz-se por encomenda!

E já agora leiam os textos lá pra baixo, a minha auto-estima literária está desintegrada!
Acudam!
Há caracois.

Red Snapper - Santiago Alquimista - Ontem




Numa Palavra: Soberbo!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Um Fim


A explosão.
Os céus incandescentes, o mar reduzido à areia fundida como vidro. A terra uma massa disforme como lava fossilizada.
Ficou cego e surdo momentaneamente. Caíram os muros das cidades e estas desapareceram em escombros. Imagens de sangue nas colinas e na bruma.
Perderam-se as emoções e os sentidos.
À volta reinava o nada.
As mães e filhos fotografados pela luz destruidora e imensa, num ultimo abraço carbonizado e nos seus rostos a expressão do desespero, marcado naquele instante e para sempre.
O vento empurrava as cinzas e as formas, como a agua do mar apaga as pegadas do areal.
Era o ultimo a contemplar aquele apocalipse. A cabeça furada donde lhe fugiam as ideias e vontades. Ficava-lhe a memoria da cor azul do céu e do mar. A recordação do verde da floresta. O sentimento de amar alguém.
Tudo perdido, apagado,cauterizado. Restava-lhe o chão para se aninhar em posição fetal e esperar que a fome e o ar tóxico terminassem aquela sua existência. Nos labirintos da mente e na imaginação destruida esqueceu-se momentaneamente de tudo o que o envolvia, e sonhava com um nascer do sol, escondido no nevoeiro eterno e pardacento, dum destino terminal.

enquanto o Mundo roda,


eu avanço,
tropeço,
caio,
alcanço e levanto-me! corro e discorro pelo rio, descanso.
Tonto, giro e faço o pino e dou a volta, regresso e páro, caminho, atravesso, flutuo pelo abismo, voo sobre a escuridão, bato na vidraça em direcção à luz. Parte-se! divido-me em crisálida e noutra coisa qualquer:


"Um bicho?! pode ser? Vou brincar" e escondo-me por detrás da brancura do Sol: que quente que bom, escaldante, fujo! Brrrr que frio agora, reviravolta, volto. aterro, acordo, a corda no pescoço? isso é outra estória esta tem bamba, e sem rede, mas com net. Atrapalho-me e confundo-me ja não escrevo, relato, um retrato, uma foto de familia, um sorriso congelado para sempre, uma visão futura, um arco-iris, um bom dia para vós.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Ganda Barack!

Esperemos que haja bom senso.
Esperemos que o KKK esmoreça.
Esperemos que a Guerra adormeça.
Esperemos que o Mundo acorde.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Sobre a Rev. agricola (Para Marta e António)

"A Revolução Agrícola foi o movimento dado na Pré-História, que marcou o fim dos povos nômadas e o inicio da sedentarização, com o aparecimento das primeiras vilas e cidades.
No Período Paleolítico, os grupos nômadas não possuíam locais de residência fixas. Já no Neolítico, as sociedades humanas desenvolveram técnicas de cultivo agrícola e passaram a ter condições de armazenar alimentos. Isso levou a grupos humanos a se fixarem por mais tempo numa região e a se deslocarem com menor frequência."

Até à Rev Industrial... upa upa!

in wikipédia

Novembro


Um manto cinzento cobre os céus.

As Almas carregadas.
A terra em tons plumbeos.
A vida estagna.

Os corpos enegrecem

A visão turva e negra

A paisagem pintada a carvão.
O mar esconde-se por baixo da névoa cinza

As cores esbatidas contra o breu.
Procura-se a Primavera.