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sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Cisma 0101010101(revisto e aumentado)


O Homem tem um problema, pergunta-se sobre o absurdo da existência, telefona para a linha de apoio, atende a voz mecânica, digita um para outras opções. Desliga. Liga-se à rede, pesquisa e perde-se. Os olhos vazios, a mente cheia e perturbada. É canalizado e desloca-se ao centro de atendimento. Fazem uma triagem. É questionado. Interrogado e catalogado. É reconduzido. É induzido. Chega a sua vez, é levado para o interior do edificio alvo, imaculado, com tectos altos preenchidos por luzes neon continuas.O centro de apoio e indução aos humanos que duvidam do sistema(CISMA). Chega a uma grande porta metálica reluzente, abrem-na. É empurrado lá para dentro, colocado num tapete rolante. Encarneirado.Ouve-se um bip. Fecham-na. Um fila enorme de gente. À primeira pessoa fazem um tratamento, com um eficácia e acuidade precisa, um laser corta-lhe a pele craniana, com a mesma precisão, retiram o cérebro, que é religiosa e sistematicamente colocado numa pequena caixa de metal opaca e azulada. É inserido nas gavetas numeradas de alto a baixo da parede. O corpo é quimicamente tratado e reciclado. É a sua vez, assusta-se, uma luz diz-lhe para a olhar fixamente até ouvir o sinal, uma seringa injecta-lhe sem se aperceber um quimico relaxante, sorri e deixa de reagir a estímulos, de seguida o processo é o mesmo. Já não sente nada, caminha maquinalmente, nem sequer existe. Na manhã o despertador, a cápsula, a barba, veste-se, apanha o eléctrico automático, pica o ponto. Senta-se na secretária 1068 e produz! O mundo é belo novamente!

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