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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Em anexo compromisso panfletário:


Para a M. (e não só...porém como entras agora neste poço iniciático e debutas no virtual, qual alice a entrar no espelho, dedico-te a ti e aos teus, esta entrada, e já gora peço-te que escrevas aqui um pequenérrimo comentário ou em opção uma dissertação sobre a luta de classes no séc.XXI e a crise identitária do banqueiro no principio do século)

Agora que aderiste ao virtual, comenta também e sê surreal!


Atreve-te e vem saltar connosco!

beijitus e abraços para ti e pó T.



Ps: Não ao acordo ortográfico!

além de pouco estético é quase pornográfico. É sem aCção léxical e a nossa língua deixa de ser óPtima única e especial! !bahh!

texto aprovado pela sociedade portuguesa de livreiros e bibliotecários de vila pouca de Calcutá

A mensagem

Colocam uma mensagem numa garrafa, atiram-na ao Tejo, a maré vazava. Saiu da Barra, vê ao perto o Forte de São Julião e do outro lado o Bugio, escapa à onduçação da Caparica e por um capricho dos ventos e do efeito de Coriolis segue a nortada, com o mar mais calmo e já quase em pleno Oceano, e dirigiu-se ao largo de Cascais e despede-se. Ai, e por força da corrente atlântica subiu o continente, passa o Guincho, já não espreita Sintra e evita o cabo da Roca.Por ai rebolou nas vagas, para cima e para baixo. Sujeita à corrente do Golfo continua a subir, passa as Berlengas, afasta-se evitando a foz do Mondego, e o Cabo com o mesmo nome com as sua Trilobites e Amonites, prossegue peninsula acima e passa célere por Espinho e vê ao longe o Porto, sai do nosso País , contorna a costa da Morte e vai por ali acima numa maré mais forte. A corrente do Golfo apanha-a e força-a a subir. Passam dias sem que veja nada, deixa a costa da Irlanda e navega já a caminho do Oceano Artico, ai a salinidade diminui e acelera, o frio quase a parte, mas derivado à pouca amplitude térmica segue caminho. Chega à costa, e tudo é gelado, uma foca brinca com ela, uma orca vê-a e segue-a!A garrafa bate-lhe forte no focinho por causa da ondulação, a foca escapa ilesa,e a garrafa, testemunha deste evento, dá à costa perto da Gronelandia. A Orca com fome, procura mais um mamifero incauto, um pescador baleeiro, que vê a garrafa, entusiasmado, atira-se à àgua e apanha-a, a orca de atalaia apanha-o e em duas dentadas, engole-o. A família espera-o para jantar, não aparece mais, dão-no como desaparecido, era o ganha pão daquela gente, o filho por depressão torna-se toxicodependente, a filha foge com o faroleiro, a mãe sem recursos, ruma a Toronto onde se torna prostituta. A garrafa é apanhada nas redes dum barco da apanha do bacalhau. Chega a Viana do castelo, o peixe congelado é descarregado, no meio, uma garrafa. Tiram-lhe a rolha. Lá dentro algo profético:

"Pela boca morre o peixe"

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Fugir


Quero fugir.
Perder o comboio das 07.45, e partir...
largando a bussola
Desorientar-me e ficar sem mapa.
Esquecer-me do Irs.
Não preencher o formulário
Rasgar os requerimentos.
Fazer aviões de papel dos certificados e requisições
Comunicar por sinais de fumo
Consumir nas chamas da minha euforia o telemóvel
Dizer bom dia a todos os que passam
Apanhar sol na esplanada e não pagar a imperial
Roubar um cravo da florista e sentir-me livre
Esquecer a cor dos semáforos
Recordar o por-do-sol de ontem
Olhar a Lua dourada de hoje
Caminhar fora do passeio e longe do trilho
Meter os pés desnudados na areia molhada
Saber as horas pela clepsidra
Contemplar a solidão contornando a multidão
Gozar o dia esperando pela noite
Sem tempo, nem espaço, nem horário
Não ver sequer o avião e olhar a andorinha cirandar
Sair do Metro e ouvir:
"Próxima Estação: Verão! correspondência com outra sensação!"

Ressaca


as frases figuram na mesa, falam do tu e de todos, indicam-me os caminhos. A recepção está difusa. A mensagem não chega. Hoje não abri os olhos, ainda nada escutei, um ardor na mente, um torpor no corpo. Não estou são e não estou doente. Custa-me a dizer, falta-me pensar.
levantei-me e andei por cá, cheguei aqui e lá, nada consigo fazer.
Resta-me desligar, definhar e morrer.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

amizades(Em execução... edição não revista)

A gestão de amizades e o relacionamento social é muitas vezes condicionado pela nossa posição, momento, humor, tolerância, paciência ou capacidade de resistência a novas situações. As conversas, as informações trocadas por terceiros, dão azo a más interpretações, e até frequentemente a atritos e discussões supérfluas. Não por falta de compreensão mutua, mas por interpretação incorrecta, na forma e no conteúdo,a nossa disposição, atitude, vontade e auto-estima do momento.
Apesar da consolidação e dos laços das mesmas, muitas vezes cai-se no erro de fazer-se confidências, desabafos, ou ditames que são interpretados das mais diversas formas, dependendo de quem absorve a informação, de como a interpreta, ou de como estão os canais de emissão e recepção.
Um amigo não se vê pelo que ele diz, mas sim pelo que faz, pelos actos que pratica e pela vivência que se tem com ele.
As mensagens e os conselhos, são-no na sua maioria esquecidos. As palavras têm o significado que se queira dar. Os actos ficam para quem os pratica. Na verdade, por mais que queiramos, muitas coisas ficam por dizer, e outras são ditas sobejamente, da boca para fora e dependem dos canais por onde são veiculados.
Apesar de tudo, a fidelização de um amigo, não depende só das palavras que se dizem, dos actos praticados, ou da convivência, mas sim da interacção e compreensão, e da vontade em interpretar correctamente o outro.
Não há melhor forma de sentirmo-nos perto, do que saber que eles, os amigos, estão perto e connosco, mesmo que afastados fisicamente. Podem passar-se as mais variadíssimas situações, que sentimo-los sempre como uma almofada, um para-quedas, uma rede, e mesmo que estejamos na corda-bamba haja alguém que nos sustente, que nos puxe para o real, que nos chame de volta ao caminho.
O sujeito mais fácil de magoar é o nosso amigo mais próximo. Conhecêmo-lo bem, sabemos que ponto atacar e por mais que o atropelemos, massacremos ou magoar-mos, estará lá sempre. É triste, mas faz parte da nossa natureza.
Aa amizade põe-se à prova, nas situações difíceis, e nos momentos em que não estamos bem connosco próprios. O mais desagradável é zangarmo-nos por motivos triviais, e surgem clivagens na amizade, surgem mágoas, rancores e desconfianças desnecessárias, e aí o que fazer? nada... esperar a boa fé, e que o bem senso impere, que a amizade seja mais forte que uma futilidade. E cada um de nós vê o caso com gravidade diferente conforme o lado donde o vejamos, se somos os lesados, ou sejamos quem lese. Há sempre dois lados, uma argumentação e uma contra-argumentação, Um que procedeu mal e outro bem. Há sempre dois lados, mas são faces da mesma moeda, e complementam-se....
As Intrigas surgem pelos motivos mais absurdos, por um capricho, orgulho, soberba ou outros disparates. Por interesses em conflito, por opiniões divergentes, ou porque simplesmente nesse dia acordámos com os pés de fora. As relações são postas á prova por tudo e mais alguma coisa. E é na partilha que se fortalecem, mas também nos afastam. Há momentos de crise, quando estamos depressivos, quando sofremos de amores, quando nos sentimos sós, quando o mundo está contra nós, e quando padecemos simplesmente por essa mesma amizade ser posta em causa. Devemos é lembrar-nos que para além da família e sem os amigos, estamos realmente sós e não somos ninguém.
É nessas alturas que devemos por em retrospectiva todo um passado comum rico em momentos bons e maus, mas o sonho comanda a vida e os pesadelos, esses, em breve esquecidos. Ficando na nossa memória as situações, ocasiões e sentimentos que jamais serão apagados. Pois tudo se esquece, mas não se olvida nem apaga um amigo do nosso intimo e quem o faz não é merecedor de nada.
Todos precisamos de alguém e culpabilizarmo-nos ou vitimizarmo-nos é um cenário nefasto. E é facil fazê-lo no meio de amigos. Todos nós temos momentos de fraqueza.Daí que tenhamos de pôr de lado as nossas vontades, e atitudes para sermos fieis a nós, à nossa ética e aos nossos princípios, que no fundo são os mesmos do outros, só que por vezes nos esquecemos disso...

Em suma, é bom saber que o amigo está lá. É bom partilhar. É bom senti-lo. É bom saber que estão à distancia de um chamamento. É bom sabermo-nos estimados. É bom estarmos acompanhados. E é mau haver discórdia, pois em alguém que se conhece há tanto tempo, só pode surgir por factores exógenos, e esses devem ser eliminados. Dois amigos podem estar juntos e calados uma hora, porque entre eles, não há o desconforto das palavras ou falta delas.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Interrogação Metafísica

Somos fruto da criação de Deus,
Quando será este fruto da nossa imaginação?

O Universo a apareceu e nós nele,
quando de nós surgirá um universo?

Pensamento lao-tsetiano

Com um zero e um cria-se um espaço infinito de informação,
numa gota de água há um mundo em criação.
Na cabeça dum homem há todo uma panoplia de cenários,visões e sonhos, teses, fórmulas e imaginação.
Podemos decompor o Universo, numa única equação?

Noutro dia.

uma vez, seguia eu a numeração, e não passava dali, de um digito, dum caracter, dum algarismo, caia entre o zero e o um, e era tudo uma grande confusão e baralhação.
Depois descobri a fracção e descobri novas formas, com numeros faziam-se mais que contas e achavam-se outros "ismos", tantos como os números e a vida era rica em incógnitas. Algumas tinham resolução e outras sem solução, deu-se a transformação desta, em formulas e senti uma grande emoção, pois consegui com poucos digitos fazer da vida uma gigantesca equação! Não cheguei a nenhuma conclusão mas pelo menos foi uma revolução. Ou dessa gigantesca equação, avancei para uma evolução. Mas tudo isto é apenas uma suposição.

sábado, 24 de janeiro de 2009

...e no mesmo dia...

Zero ou Um



Acordo triste ou não? Mas para quê? Sento-me e Sinto-me: Feio? giro? sim e rodo! Desanimado? Desenho animado! Da cama, e para o banho, lavo! as ideias, refresco-as? vapor envolve-me, limpo o espelho. olha-me. Recordo tudo em retrospectiva, Novamente o espelho. reflecte noutra perspectiva. Entro a desilusão inverte-se, ilusão, o cinzento em azul. mergulho, discorro sobre mim, sobre ti, sobretudo sobre os outros. sob as estrelas. Entretanto a tristeza não paga dívidas nem o crédito malparado, a solução está na resolução, o passivo activo, a inércia cresce, mexo-me, rodopio, solto um pio, e brilho com o Sol, este, agita o sistema, um problema? como a vida, uma chatice! Contudo Ela e tudo gira e gira. É cíclico e sem fim, infinito, e eu grito, rodo e pronto. "Penso logo existo", e persisto, não desisto, "sei que sou o que sonhei" e que fui, esqueci-me. Lembro doutra coisa, lá fora, no vácuo, aquilo das estrelas, que nos ignoram mas continuam, agarram-se umas às outras, prosseguem, e irradiam-se até se esgotarem e rebentarem. Um clarão imenso, com tanta radiação, absorvo-a, e agita-me as partículas, crio calor, expulso-o num texto, assim como as maleitas, expurgo-me e viajo no espaço ou por ruas estreitas? É indiferente. Desde que veja em frente. Viajo cá dentro e sem sair vou longe, alcanço tudo, alongo-me e prolongo o post, já sem sentido, um chorrilho, palavras desordenadas e desalinhadas, escrevo direito por línguas já mortas, sem acordo ortográfico, nem adormeço analógico nesta cena digital e virtual, antes continuo o sonho, transformo-o em real, simples, e imaginário, binário, ou sim ou sopas, e saio do espelho, dos dois lados é tudo igual, reversível na atitude, e na vontade de voar, sair, partir, correr, sorrir, girar, saltar, dançar, viver e crescer. Até explodir! Rebentar! Fica a luz, só num fotão. E depois? continua?!?! Talvez sim, ou talvez não.

num dia

No sabado acordou cinzento. Esperava no carril pelo seu destino. abriu-se o dia e aos poucos a mente. Chegou. Olhava pela janela, o azul lá fora. Foi puxado, voou. Levado, viu do alto todos os pensamentos entrelaçados, das gentes em todos os lados. Sentiu as emoções totais, um arrepio! eram demais! não aguentou.... voltou a entrar, fechou a janela e o estore e por la ficou. Nada a fazer...

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Intermission III (Reposição...)


Numa sala cinzenta sonhava. Olhava para um canto que se abria em multiplas cores. Não para uma rua, nem para o mundo. Uma porta aberta lá de dentro cá para fora. Via-se tudo ou quase tudo. Papoilas e as margaridas a colorirem a passagem. Os carris do comboio atravessavam as estradas acompanhados pelos brilhos azuis e prateados da praia na costa doirada. Tudo familiar, encantador e surpreendente pelo caminho. O calor que transbordava, enchia o cenário de energia. A proximidade dos estranhos. As andorinhas nos fios electricos. O bom dia miado do gato. As espera pela noite e pela incognita das experiências. E sempre o Sol a acompanhar. A sala deixava de ser cinzenta, sem cor, mas com luz. Muita luz. Os sentidos alerta. A esperança eterna. A fé presente, o carinho constante, o amor pairando. Uma paixão assolapada por isto e aquilo. Por dá cá aquela palha. O rio e o vento como amigos. A imperial fresca na esplanada. O mergulho a saber a poente. O zumbido das sensações. A tontura de não ter destino. O frenesim de viver para se secar e vestir. Uma partida e uma chegada inesperada. Trazer tudo consigo de mãos a abanar. A Primavera está aí e o Verão a chegar.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Notas

Será que o que vejo e sinto será igual ao outros?
Será que quando o Sol nasce é mesmo para todos? A cor da areia, a temperatura da água, a embriaguez, a voracidade no comunicar, a vontade de sentir intensamente? O sentimento que tenho pelos outros, o amor que dou, a paixão? As sensações dum dia de férias? A energia de uma saída à noite?
Não. Não é... Tudo vem de dentro, das ligações sinápticas, da aprendizagem,( ou da falta dela....) Um acordar de manhã será e estará ligado a um fio contínuo que vem de trás. Um despertar, agarrado a momentos passados. Uma recordação a imagens internas. A minha felicidade é diferente de tudo. A minha tristeza, própria. A Paixão, pessoal. A Vida, única. As memórias, a filmes passados e presas à imaginação fértil. Porquê?! Não sei. Lembrei-me disto. Mas é uma lembrança só minha.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Parte VI - Adenda

Oh!Povo Profeta da desgraça
arautos da decadência
sempre à espera do que se passa
muito comentário e falatórios
tudo com pouco senso e inteligência

Invejam a casa do vizinho
que Vivem da aparência
Voam a Crédito
mas comem a sandocha e o copito de vinho

Orgulho desmedido
Soberba imensa
venha um Bordalo Pinheiro
e mais um manguito
pois se em Barcelos há um galo
daí para baixo não há guito

Isto é mais um manifesto
e mais não me queixo
para o poema não me ajeito
quem dera ser o Aleixo.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Parte V - O País que temos

Vivemos numa sociedade do contra.
Do negativismo
dum pessimismo acentuado e exacerbado,
duma personalidade colectiva negra e azeda.
Desde a critica social de Gil vicente, passando ao melodrama de camoes e seus velhos do restelo à mensagem do F.Pessoa. Não eu sendo conhecedor da literatura portuguesa, longe disso, contudo ao folhear estes ultimos mais uns poemas de florbela espanca ou antonio nobre ou a prosa de saramago, tudo acena a bandeira da depressao ,da angustia, da mágoa, azedume ou do depreceativo.
Não só na literatura mas também por todas as areas da cultura transparece este fenómeno. O Fado, musica muito nossa é na sua grande maioria doentio e triste, unido ao sentimento da Saudade, remete-nos para um povo nostálgico, triste e abandonado.
O país, desde que nasceu, é retratado e considerado como um nado-morto. Moribundo desnorteado e um fracasso. Desde a conquista de lisboa, à restauraçao da independencia. Do 25 de abril à entrada na UE. Tudo é visto como um falhanço, actos inconsequentes, factos olhados com repulsa e desdém. Critica-se a forma dos governos fazerem, questiona-se a propria existencia da identidade nacional. Lê-se nos jornais sobre a crise e sobre o que está mal, ve-se na tv os debates de gente entendida, ex-politicos, comentadores, curiosos, espalha-brasas. Todos dissertam, manifestam, comentam, aconselham e dizem como fazer. Mas quem faz? Tudo é apontado e criticado. Que temos de mau Entao? Fica a estatística dum inquerito :


"O País: terceiro-mundista
A geografia: afastados de tudo
O Povo: analfabeto
Os velhos: Temos muitos
Os pretos: vivem todos em barracas
Os Jovens: todos drogados
os Estudantes: Mandriões
os Professores: Uns aproveitadores,
os banqueiros: usurpadores,
Os hospitais: uma pouca vergonha
O governo: Aldrabão, chupistas, ninguém votou neles
as mulheres: Timidas e pouco desinibidas
os homens: Fanfarrões e Broncos
O Norte: Dizem mal do Sul
a Capital: não trabalham, É suja, cheira mal e deveria ser bonita
O algarve: está demasiado urbanizado
Tras-os-MOntes: Sub-desenvolvido
O aLentejo: abandonado
As beiras: Gente Boçal
As ILhas: Longe e atrasadas
As estradas: Esburacadas
As auto-estradas: São caras
O Aeroporto Novo: Para quê?
O TGV: Porquê?
as montanhas: pouco altas
as Praias: no estrangeiro é que são boas!"


mas então o que estamos todos cá a fazer?Porque não emigramos?Alguém me responda Porra!


Bardamerda para isto!

"O povo é sereno, é só fumaça" Pinheiro de Azevedo, maio 75

domingo, 18 de janeiro de 2009

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Intermission II

D. José Policarpo deveria estar calado.


Ps: e a gasolina suBiu!

Parte IV - Mundos




Acorda, levanta-se e anda erraticamente. As cidades as ruas o céu e as gentes como decalques. O tempo e os dias, repetições, reposições, passados em esconsos esperando os outros, o futuro. Não conhece a cor dos trapos que usa. Os odores esquecidos. Os barulhos e sons ignorados. Os estímulos e sensações há muito perdidos. Desconhecendo há muito o sabor do salgado, do doce, do acre. Comia o que achava. Desaprendeu a falar. A comunicação era só num sentido, sinais e expressões que recebia. Muitos de desaprovação outros de nojo e ainda de ignorância. Questionava-se quando é que o mundo deixou de se preocupar, de ver as cores, de observar os padrões e formas. A diferença era indiferente. O repúdio uma constante. Ninguém raciocinava. Através duma observação única, avaliavam, mediam e julgavam.Os métodos eram simples, baseados em conceitos duma moral antiga, ancestral, anacrónica. O Sol andava à volta da Terra e esta era plana e quadrada. Uma nova Idade média. Ninguém perguntava nada a ninguém, havia o medo de os olhares se cruzarem, a desconfiança no próximo doentia. O Pensamento e a filosofia lendas e mitos da antiguidade. As preocupações mais comuns eram a acumulação de riqueza na forma pecuniária, o desejo esmorecia, a vontade definhava, o livre arbítrio extinto. Os olhos vazios, os rostos frios, a mente volátil e estéril, os corpos mecanizados com a função instintiva gasta. A vida uma rotina destinada a viver como a formiga, Binária e dum gânglio nervoso, acumulando inconscientemente, acumulando sem objectivo, acumulando sem saber o que é, não chegando a viver para ver o sol nascer. Sai da civilização, rumo ao seu destino, sem mais questões, avança até ao fim do mundo, um enorme precipício com uma gigantesca cascata. Salta e segue o rio,descendo ao sabor da maré, sem forçar a corrente. Jazendo morto nas lamas, num caldo primordial, desfazendo-se em pó, pó de estrelas. Sorri.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

( Intermission)

A lei de Murphy faz 60 anos.

A experimentação da combustão num carril, não seguiu em frente e subiu.
Até correu mal, mas alguém avisou.
Outros matou e assim a exploração espacial começou.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Parte III


A balada, a prosa, a ode, uma frase, uma no cravo e outras...



Batem leve, arduamente, os dias, o sol no poente
cai mais tarde é verdade
mas quase não aquece,
a neve também, mas por aqui ninguém.
Os dias crescem, não o suficiente
as noites frias, a mais,
Já não se fazem tardes como antigamente
e as ilusões já não são iguais
Vénus a estrela da manhã
Segue a Mãe,
nunca a apanha
não será nesta época também.
Repete-se a lenga,
já vai longa,
isto já está "menga",
aplico-me e arregaço a manga,
muita escrita,
Pouca informação,
é mais coisa descrita
do que qualquer forma de criação
quem o vê critica
quem passa dá sugestão
quem lê abdica,
de qualquer alusão.
Longe vão os tempos,
da inspiração,
perdeu-se a tónica
falta.me o ar,
corta-se a respiração
O gas esse já volta,
e o Frio passa,
em Gaza tanta reviravolta,
Uma faixa,
uma extinção em massa
Muitos voltam numa espécie de caixa,
outros acoitam-se (até em Lassa!),
repete-se um genocidio
agora noutra raça,
muda-se o tempo,
mudam-se as vontades,
curiosa ironia,
que nem verseja,
Ontem em campos de concentração,
Hoje imitam a ideologia
bom senso não há quem o veja
enquanto o mundo roda
e mantenha esta melodia.
Triste sina esta,
estranho fado hoje em dia
um ciclo se começa
numa história que ninguem pensou que se repetia...

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

parte II


A Joana lia, imagina. Uma fantasia:

O criador pensa, divaga e puxa dum cigarro:

Um bip, a emissão interrompida.

Uam voz metálica avisa para perigo de colisão frontal.
Uma batida, um choque seguida de um batido de morango.
Retira-se o empregado. Alguém reclama.
Outro, numa qualquer rua, de esquina declama:
Uma glaciação,
Um periodo Glaciar, Wurm e Riss como Glaciares.
Gelo mais gelo.
Tudo branco.
Esbranquiçado,
enguiçado,
Num Feitiço, enfeitiçado.
Pausa, a imagem falha, uma miragem, um burro natalicio e um fardo, um incomodo. De palha.
Faz-se a Primavera "depois de morta foi rainha" Corte, outro acto:
Inverno, Inferno, De noite seguia. A estrada estreita, uma viagem, uma barragem, um paragem, outra via...Ou horizonte pela ria, mudou, tranformou-se, imagens diferentes, soltas...pescava a truta e a enguia, esguia, de curvas em meandros. Escrevia de modos brandos, na Brandoa se estabelecia.
Intervalo
Abriu um bar, um restaurante, um lugar distante, formou-se em engenharia, tirou o canudo, retirou-se e desceu pelo cano. Desaguava, no mar da Palha, de Prata, nas Pampas, Os animais do alto formava, Quetzcoalt adorava. Por Machupichu circulava, as energias acumulava, e os povos e gentes levava, atrás de si, pelo mar vermelho que abria. As portas fechavam-se:
"próxima paragem : Pragal"

Um grito, visceral, do fundo das entranhas, gente esquisita, pessoas estranhas, percorre fundo a acção com mais um c sem acordo ortográfico, sem erro gráfico, quase escrita que agonia, pornografia, caligrafia adulterada, pensamentos recalcados, ideias axiomáticas, sem sentido e com uma única direcção: O Fundo funesto. Um principio sem passado, um fim sem futuro. Terá isto fundamento? Será compreensível? Alguém me acompanha? Está aí alguém? Que se acuse, faça sinal, concorde e ponha a mão no ar!

Serei eu que não presto? que procuro o virtual? O irreal? Será num manual, Diccionário à antiga, de 2008, anacrónico? Um Universo curvo, cónico? sem fim? Com massa crítica, seguindo o Big Bang até ao restante espaço e voltando, expirando num Big Crunch? A físixca dá passos largos que a mente não acompanha, Um PrémioNobel relativo à Teoria. Uma frase feita e uma máxima que nada se perde e tudo se cria? Será apenas Poesia e irá Leonor pela verdura? Será formosa e segura? O cantaro vai á fonte, projecta-se mais uma ponte, uma dama espera no porto, despede-se dum navio, sem escala, absorto, numa colónia, orgulhosamente só. Retornado, volta revoltado, perdeu tudo, chegou a nado, como os golfinhos, e roazes corvineiros no Sado.

Foi o Fim duma Era, do D.Manuel II e do Quinto Império. Uma nova época, com um reino Universal no cimema Império, a burocracia no Eden, Uma loja do cidadão, Tudo Simplex e salas multiplex, pipocas, sessões continuas, matinés infantis, a perda da inocência a recuperação da ciência, foi-se a Renascença, após outra conquista, uma ascenção e queda, Bizancio, Constantinopla, Istambul, Uma civilização dispersa, um mundo persa, em explosão, mais uma, seja no Tigre ou no Eufrates, Um mar morto, seco, salgado, sem sentimentos sem emoções, voltam os morteiros, os batalhões, os artilheiros, saudades ficam dos escribas, dos bardos e dos seus tinteiros, na Terra santa. santa? interrogam-se. De quem? E para quem? Santidade? Por alma de quem?Insanidade porémdaqui de Belém até Jerusalém. Vai um pastel? e Um pouco de desdém? Tembém?


Acaba um capítulo, tudo capitula, e ninguém regula.

O Fim

João, de olhar frio e coração gelado

João emigrou para a capital, esperava ser artista, esperava escrever um romance, atingir a fama, e no céu ver o seu nome. Entrou no centro de emprego tirou a senha, saiu, levantou a gola e procurou um café.
A neve caia sobre o País. Gelo criava-se sobre a cidade, os niveis friaticos congelaram, entre os calcários, as margas e as argilas, formava-se estalagtites e estalagmites, a Crosta terreste atingiu temperaturas negativas, deslizava agora sobre o manto. A placa tectónica movia a cidade, esta deslizava para Oeste, invadia o mar e sobre este flutuava, ia ao sabor das correntes do golfo. O mar solidificou, a temperatura desceu, os edificios estalavam com o vento, a neve ao cair, fragmentava as ruas, o cimento rachava, as estruturas partiam-se, as pessoas quebravam, tudo se espalhava como cristal pelo chão alvo, o horizonte branco alargava-se, as nuvens não se formavam caindo sobre a superficie em forma de granizo.
João acabou de beber, saia do bar, não conseguia andar, os pulmões a ongelar, não gritou, partiu-se em pedaços, bocados no mar e outros pelo ar. Morreu firme e hirto, padeceu a sonhar.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Avistou-se!

Desafio

Fui desafiado pela Dawa para responder a várias questões:
8 coisas que sonho fazer!
A ver vamos:
  • Viver para assistir a uma revolução mundial
  • Assistir ao paises do 3º Mundo passarem para o 1º
  • Ser Pai, ser dono de animais e continuar a ser eu
  • Conhecer culturas milenares e encontrar-me
  • Morrer sabendo que fui alguém
  • Viver para assistir a chegada de homem a Marte
  • Viver para assistir à irradicação das doenças e mal-formações através das células estaminais e engenharia genética
  • Nunca assistir a um Holocausto

Tenho agora de desafiar pessoal dos blogs, mas não consigo, não tenho coragem... desejem coisas bonitas e um bem-haja!
Beijos!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

A ultima Ceia II


Um silêncio de cortar à faca. A refeição um portento. O Perú bêbado, caiu sobre a mesa. O caldo entornado. O bacalhau, frito com a situação, amuava. A galinha com as coxinhas, roçava-se no Coelho.Tropeçam no molho inglês. No melhor pano caia a nódoa. O Leitão ria e grunhia, mastigava uma maçã, falava agarrado ao lombo da Vaca, saudoso da sua terra e gritava pela Bairrada. O ambiente piorou com a entrada do vegetal, a couve roxa de inveja, entrava em fotossíntese. A cabeça do Alho, metia-se com a cebolinha, e os dois debaixo da mesa. O Ovo saia da casca e rebolava-se com o Atum...enfim um bom petisco. Cânticos de Natal, explosões de alegria, um orgasmo biodegradável, um jantar ecológico, uma refeição sem transgénicos. Regada com medicamentos e drogas genéricas. Passou-se a meia-noite, quase entravam num novo ano e todos envolvidos numa enorme orgia culinária que culminou numa Ceia de Natal...Sentiam-se atraiçoados e todos se acusavam, choviam agressões, e num acto pagão, um sacrifício e a matança do Porco.

Desabafo


Viver em sociedade é tão difícil.

E é complicado quando se trabalha numa das maiores instituições do País e nos apercebemos, da ignorância, do desinteresse, da antiguidade caduca, do desprezo, da soberba, do ego sobrevalorizado e da decadência dos funcionários desta casa, integrados numa máquina gigantesca, tropega e burocrática.

Inovar, aperfeiçoar e simplificar são tarefas hercúleas e praticamente impossíveis de realizar.

Ser eficaz e eficiente não requer habilidade e astúcia, é necessário ter uma boa dose de paciência e capacidade de encaixe.
É remar contra a maré, e é deprimente e frustrante.

Vamos cantar as Janeiras!


É 2009!
É dia dos Reis!
Há bolo rei e rainha mas haverá quem o Prove?
Que interessa?É só mais um dia Seis!


O frio sobe,
a inflação desce,
a recessão Mundial cresce.



Israel renasce,
Os tons de Natal definham,
sobre a Palestina que padece
Obscuros os tempos se adivinham.


Numa pacata Casa Branca,
agora em tons de ébano,
e lá muito longe :Um clarão,
uma explosão,
No teatro de Guerra sobe o pano
Em cena uma bomba de fragmentação ou de fósforo
Intervalo: uma cremação,
Perto daqui ou para lá do Bósforo.




O caos num reinado,
a Morte aqui,
Ali e em qualquer lado.


O dia da Paz
celebra-se a um
E no chão jaz
apenas um cadáver, é so mais um.



O mundo em rotação,

a vida por um fio,

sobreviventes sem emoção,

corre o sangue num rio



Mais um genocidio,

todos cantam ou todos choram

com e sem razão






segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Previsão 2oo9 - Fonte " Diário Vespertino"

Estudos recentes mostraram que a Terra vai sofrer várias alterações a partir deste ano. continuará a rodar é certo. Mais lentamente porém. A Lua afastar-se-á aos poucos. As marés vão diminuir. Os distúrbios mentais vão aumentar e/ou a alienação da mente humana. A menstruação vai-se descontrolar. A pílula contraceptiva terá de ser revista e reavaliado o conceito. Por consequência directa destes efeitos a taxa de natalidade vai aumentar. O número de almanaques borda d´Agua diminuir. A quantidade de astrólogos por percentagem de população será maior. Os crimes violentos vão crescer na proporção directa dos efeitos nefastos do consumo de substâncias reguladoras da libido e sistema nervoso central. As guerras vão ser levadas ao extremo tecnológico, se antes havia muitas populações sem pátria, daqui em diante haverão muitas pátrias sem populações. As raças vão desaparecer por mistura quase incestuosa entre as várias pigmentações de pele, as religiões com tendência a desaparecer e o homem voltar-se-á para os proto-deuses, O deus sol, a lua, o mar, o deus ave, o deus árvore, o deus flor etc etc. A África vai invadir a Europa, os continentes vão-se aproximar através da por estado vegetativo destes últimos, tomando conta do sector informático e inteligência e dos registos civis, apagando dos ficheiros a existência de nacionalidade dos locais tornando-os clandestinos e ilegais nos seus próprios países. O México invade os Estados Unidos como peiote e mescalina nos burritos e tacos, tomando conta da costa Oeste e proclamando como a Republica independente latina. A China a Índia e a Rússia unem-se formando a CIR, controlando o mercado de produtos e serviços mundial, maiores exportadores mundiais de todos os bens de consumo, e dominando o mundo politica e militarmente tornando-se na maior potencia, dissolvendo a Onu, a Nato e o FMI. O Homem chega a Marte Júpiter e Saturno e respectivas Lua, e partem as primeiras colónias em direcção as estrelas mais próximas. Entretanto a Terra esvazia-se de humanos e é considerada Património Mundial Ecológico e depois da grande glaciação que houve, prosperam animais e plantas, em total simbiose com o Oceano rico em grandes cetáceos e explodindo com a diversidade dos cardumes. O Homem habita apenas na Gronelândia, e vive das estufas e alimentos liofilizados, e ai se localiza com o objecto de contactar com as espécies alienigenas entretanto descobertas, e aí estabelecer um centro de controlo e contacto galáctico para relações comerciais e culturais.

previsão do professor Kalumba, mestre vidente, faz consulta por búzios, tripas de carneiro e cartomante.

Contacto: Avenida heróis de quelimane, nº31 3ºdir 2735-210 Algueirão tel:9452142