Vivemos numa sociedade do contra.
Do negativismo
dum pessimismo acentuado e exacerbado,
duma personalidade colectiva negra e azeda.
Desde a critica social de Gil vicente, passando ao melodrama de camoes e seus velhos do restelo à mensagem do F.Pessoa. Não eu sendo conhecedor da literatura portuguesa, longe disso, contudo ao folhear estes ultimos mais uns poemas de florbela espanca ou antonio nobre ou a prosa de saramago, tudo acena a bandeira da depressao ,da angustia, da mágoa, azedume ou do depreceativo.
Não só na literatura mas também por todas as areas da cultura transparece este fenómeno. O Fado, musica muito nossa é na sua grande maioria doentio e triste, unido ao sentimento da Saudade, remete-nos para um povo nostálgico, triste e abandonado.
O país, desde que nasceu, é retratado e considerado como um nado-morto. Moribundo desnorteado e um fracasso. Desde a conquista de lisboa, à restauraçao da independencia. Do 25 de abril à entrada na UE. Tudo é visto como um falhanço, actos inconsequentes, factos olhados com repulsa e desdém. Critica-se a forma dos governos fazerem, questiona-se a propria existencia da identidade nacional. Lê-se nos jornais sobre a crise e sobre o que está mal, ve-se na tv os debates de gente entendida, ex-politicos, comentadores, curiosos, espalha-brasas. Todos dissertam, manifestam, comentam, aconselham e dizem como fazer. Mas quem faz? Tudo é apontado e criticado. Que temos de mau Entao? Fica a estatística dum inquerito :
"O País: terceiro-mundista
A geografia: afastados de tudo
O Povo: analfabeto
Os velhos: Temos muitos
Os pretos: vivem todos em barracas
Os Jovens: todos drogados
os Estudantes: Mandriões
os Professores: Uns aproveitadores,
os banqueiros: usurpadores,
Os hospitais: uma pouca vergonha
O governo: Aldrabão, chupistas, ninguém votou neles
as mulheres: Timidas e pouco desinibidas
os homens: Fanfarrões e Broncos
O Norte: Dizem mal do Sul
a Capital: não trabalham, É suja, cheira mal e deveria ser bonita
O algarve: está demasiado urbanizado
Tras-os-MOntes: Sub-desenvolvido
O aLentejo: abandonado
As beiras: Gente Boçal
As ILhas: Longe e atrasadas
As estradas: Esburacadas
As auto-estradas: São caras
O Aeroporto Novo: Para quê?
O TGV: Porquê?
as montanhas: pouco altas
as Praias: no estrangeiro é que são boas!"
mas então o que estamos todos cá a fazer?Porque não emigramos?Alguém me responda Porra!
Bardamerda para isto!
"O povo é sereno, é só fumaça" Pinheiro de Azevedo, maio 75
Do negativismo
dum pessimismo acentuado e exacerbado,
duma personalidade colectiva negra e azeda.
Desde a critica social de Gil vicente, passando ao melodrama de camoes e seus velhos do restelo à mensagem do F.Pessoa. Não eu sendo conhecedor da literatura portuguesa, longe disso, contudo ao folhear estes ultimos mais uns poemas de florbela espanca ou antonio nobre ou a prosa de saramago, tudo acena a bandeira da depressao ,da angustia, da mágoa, azedume ou do depreceativo.
Não só na literatura mas também por todas as areas da cultura transparece este fenómeno. O Fado, musica muito nossa é na sua grande maioria doentio e triste, unido ao sentimento da Saudade, remete-nos para um povo nostálgico, triste e abandonado.
O país, desde que nasceu, é retratado e considerado como um nado-morto. Moribundo desnorteado e um fracasso. Desde a conquista de lisboa, à restauraçao da independencia. Do 25 de abril à entrada na UE. Tudo é visto como um falhanço, actos inconsequentes, factos olhados com repulsa e desdém. Critica-se a forma dos governos fazerem, questiona-se a propria existencia da identidade nacional. Lê-se nos jornais sobre a crise e sobre o que está mal, ve-se na tv os debates de gente entendida, ex-politicos, comentadores, curiosos, espalha-brasas. Todos dissertam, manifestam, comentam, aconselham e dizem como fazer. Mas quem faz? Tudo é apontado e criticado. Que temos de mau Entao? Fica a estatística dum inquerito :
"O País: terceiro-mundista
A geografia: afastados de tudo
O Povo: analfabeto
Os velhos: Temos muitos
Os pretos: vivem todos em barracas
Os Jovens: todos drogados
os Estudantes: Mandriões
os Professores: Uns aproveitadores,
os banqueiros: usurpadores,
Os hospitais: uma pouca vergonha
O governo: Aldrabão, chupistas, ninguém votou neles
as mulheres: Timidas e pouco desinibidas
os homens: Fanfarrões e Broncos
O Norte: Dizem mal do Sul
a Capital: não trabalham, É suja, cheira mal e deveria ser bonita
O algarve: está demasiado urbanizado
Tras-os-MOntes: Sub-desenvolvido
O aLentejo: abandonado
As beiras: Gente Boçal
As ILhas: Longe e atrasadas
As estradas: Esburacadas
As auto-estradas: São caras
O Aeroporto Novo: Para quê?
O TGV: Porquê?
as montanhas: pouco altas
as Praias: no estrangeiro é que são boas!"
mas então o que estamos todos cá a fazer?Porque não emigramos?Alguém me responda Porra!
Bardamerda para isto!
"O povo é sereno, é só fumaça" Pinheiro de Azevedo, maio 75
6 comentários:
Bardamerda para isto!
Bardamerda para isto!
Bardamerda para isto!
Bardamerda para isto!
Bardamerda para isto!
Bardamerda para isto!
bjo pa ti!
Sim... é verdade que nós só vemos o lado negro quando há tanta luz do outro lado... porquê insistimos em nos mantermos virados para o lado errado?
Será por Portugal ser do signo de Peixes? Deixamos o peixinho do negativismo ganhar força??? A verdade é que também temos dentro de nós o peixinho que nada em sentido contrário... que quer ser diferente, que se destaca lá fora e cá dentro pela sua força e espírito humano! Nós valorizamos as pessoas! Nós gostamos de viver!
É pena é compararmo-nos a TODOS os outros povos e sermos tão perfeccionistas que gostavamos e ter todas as qualidades! É por isso que somos tão "miseráveis"... Queremos ser sempre melhores... e exigimos tanto do nosso país que nunca estaremos satisfeitos...
Ui... acho que já escrevi demais!!!
Tenho esperança nas pessoas! Tenho esperança no nosso país!
Beijinhos! :-)
ibidem Velas!
Concordo contigo Lua, mas não sabia que um País tinha signo.
E outr acoisa: A nossa preocupação quando vem cá um estrangeiro:" e gostaste de cá estar?"
e quando pede a comida? " é bom não é?"
como se tivessemos inseguros e haja a necessidade de perguntar a alguém externo, só para confirmar. Para que o Ego enorme que temos não caia. As vezes o Ego é enorme mas o amor-próprio desastroso! Bah!
Do contra... quando estar contra é negativo... porque quando o negativo é estar a favor, o pessoal vai com o rebanho ahahah, acríticamente!! :-D
Sinto que temos potencial interno... sinto que temos riqueza interior!! Mas não temos a fé nem a esperança, nem a confiança que é preciso para avançar... não avançamos no escuro, não arriscamos!! Se o nosso país fosse maior, equilibraríamos os americanos e a crise agora não se daria ahahah!! Somos o oposto perfeito deles!! o que eles têm a mais, temos nós a menos... e o tal potencial interior... têm eles pouca... tanto que um dia tudo havia de desmoronar... as pessoas ocas, vindas das sociedades ocas, constroem coisas ocas... e nós? Se conseguissemos construir certamente não seria oco... mas conseguiremos algum dia?
O depreciativo tem como vantagem o aprofundar das coisas... se bem que não seria necessário ser depreciativo para aprofundar as coisas... mas, de qualquer forma, essa poderia ser a nossa mais valia que, superando a repulsa e o desdém por aquilo que é feito e concretizado, poderia significar critério, identidade, riqueza interior posta a render, a bem do mundo inteiro...
Eheheh, o problema é que não encaramos os problemas com naturalidade... achamos que se temos problemas é porque asneirámos nalgum sítio... enfim, a questão é que este mundo é feito de problemas... :-P e o facto de eles aparecerem ocasionalmente é natural...
Opá e quanto à tua estatística: ahahahahahahahahah :-D
E quanto às beiras... boçal?? Hummm... depende da beira... e da ponta da beira... :-D
Ola, boa pergunta... também já me perguntei... por que é que não emigro... o que é que ainda aqui estou a fazer?? Mas eu acho que a resposta para esta questão é a mesma para todos os portugueses: acho que somos demasiado preguiçosos para isso ahahahah :-D Uma nação que manterá a sua identidade apenas porr prreguiçaaa!!! Ahahahahah!! :-D
tenho uma costela beirã, não era provocação, calhou...
Ahahahahah!! :-D Não tomei como provocação!! :-D Aliás, acho que por aqui isso é coisa inexistente, dizes sempre tudo conforme te vai pela alma!! E disso da beira vai-me pela alma assim mesmo como te disse: depende... eheheh E digo assim porque tenho perdido diversas horas da minha existência "meditando" sobre os povos das beiras, suas características e distinções... isto aqui para as minhas bandas é um verdadeiro fenómeno sociológico... :-P Isto para mim foi novidade, eu que cresci num subúrbio da margem sul, observando gentes de regiões com identidade própria (para o bem e para o mal)... digamos que foi um fenómeno que me pasmou e pasma ainda até hoje eheheh!!
Beijokaaa!! :-))
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