João Cruz Oeiras de Portugal adesão a portal.membros@spautores.pt

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11 dezembro 2025

Adenda ao post anterior (do gato e papagaio)




 Não sei se notaram que foram enganados pelo autor, vilipendiados pelo editor, maltratados pelo revisor e agora decerto ofendidos por vos dar a conhecer que a estorinha foi reiventada pela Inteligência artificial! E esta hein? A minha estória original era macabra e com final abismal. 

Decerto entenderam que tanto na forma como no conteúdo não existe inspiração minha mas sim duma maquina virtual, sem registo real e narrativa surreal. Tirando a beleza natural da imagem recortada por rasgos humanos de raiva, ressentimento, nostalgia, cobardia, criatividade ou falta dela( mais-valia humana), crueldade, ansiedade, incoerência, inconsistência, alienação, emoção, sensação, sentimentos, falta de todas as anteriores em contraste com a perfeição da frieza maquinal, certeza banal, e sem qualquer dúvida ou incerteza!

Ao contrário de min qe nem ezcrevere sey e repito engasgo corrijo finjo intelectualidade, aparentemente não me engano! Sou excelente na escrita, perfeito na gramática, um portento no drama e um idiota na trama. Falho, escolho a melhor dicção, a melhor palavra, de significado coerente, sem haver incertezas ou ser inconsistente!

 Não há nada que não acerte,

Nem nada que me tente,

Sou perfeito na escrita!

Excelso na palavra dita,

Há que ao ler, grita!

Pois a todos excita

Eu disserto informação, 

Dados relevantes com emoção 

Nada fica por dizer 

Relato o que tem de ser

Como oráculo de Delfos,

Até o futuro sei ler!

Calculo a hipotenusa

Dum triângulo e obtenho Pi

Num circulo em Siracusa,

Mais que ciente

Sou consistente 

Omnisciente 

Omnipotente 

Omnipresente 

Depois acordo

Alguém aponta

E me acusa

Alguém me ajuda?

Apenas a estar ciente?

De nada ter ou saber 

Já não há quem acuda!..

De subir alto qual Ícaro 

Voar qual Dédalo, 

Queimei as asas

Caindo com as brasas

Ardo o suposto artista

Cheio de bazófia e treta

Falta um nariz vermelho 

Pintura facial e corneta

De bestial a besta 

Do Zénite do espaço 

Ao Nadir dum Palhaço 

Sou um Sisifo

Com o peso do mundo

E de Atlas um passo

Nem de mito tenho feitio

Preencho este vazio

Com pleno vácuo 

De surreal a virtual

Dum ritual a um rito

Um animal nem rato

Espiritual nada capto

Sensacional? Lançam repto

De total a inapto

Sem Confiança e inépcia 

acordado desta peripécia 

Sei que nem sou que sonhei

Pesadelo eterno tornei

E em queda livre fiquei....

E tudo sou a falso

Até que acordei

E no cadafalso quedei.





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