João Cruz Oeiras de Portugal adesão a portal.membros@spautores.pt

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03 abril 2025

Desafio impessoal e transmissível


Domínio e equilíbrio 

Liderança 

Sapiência 

Na Sexta-Feira passada( a quem ler isto oportuna e atempadamente após a data da publicação) propuseram-me, aliás,  lançaram-me o desafio, de descrever as minhas emoções e sentimentos durante o decorrer duma semana, assinalando-as com uma cruz num quadro, que nada tinha de modesto, antes pelo contrário! Havia nesse exercício uma diversidade de adjectivos, verbos e uma panóplia de emoções cuja minha cabeça não se encaixa em tal operação não por falta de acuidade sensitiva mas antes por insuficiência de incapacidade intelectual ou inteligência emocional, capaz de o registar com destreza e colocar as ideias sucintamente sem cometer o erro de me expressar de forma a construir uma "torre de babel" de expressões ou impressões em demasia. E dum mero exercício pragmatico, criar uma cacofonia destravada sem ponta por onde se pegue, desviando-me do propósito e pecar por excesso, destruindo assim o objectivo com inúmeras formas e dados e desviando-me do essencial para me focar no acessório. E assim, para que obter um registo estatístico das minhas emoções, criar uma descrição nada minuciosa por ser incompatível com a natureza banal e atabalhoada que aqui vai dentro! Aliás já tenho a sensação que devo ser contido nas minhas considerações, receando ser alvo de sua sagaz critica, e quiçá julgar-me à priori, através da sua perita aptidão para tal fim, visto ter mérito e competência suficiente para retirar daqui conclusões sem necessidade da análise documental! Cingir-me ao essencial é-me neste caso fundamental, todavia a ideia de estar a ser restringido a uma cruz, cria em mim o pânico de não estar a ser conciso,  por sentir que estou a falhar ao não conseguir expressar o que é solicitado receando ser mal entendido ou interpretado erradamente. E duma sensação como "alegria" querer indicar também "êxtase" "espanto" e "vibração" quando por exemplo vejo a minha gata a brincar com o fio dos meus phones! E quem diz isso diz sentir "tristeza" por saber que a minha cadela está doente, e ter ganido quando lhe toquei, contudo é um misto de emoções contraditórias como " dor" "mágoa" "frustração" e " confusão"! O próprio exercício em si próprio coloca-me "vulnerável" "receoso" "expectante" "incomodado" "frustrado" "tenso" até "irritado" pelo simples facto que um simples papel me causa tanta coisa, coloca-me numa posição de desconforto por não ter sido capaz de ser somente "eu" a fazer uma lista clara, honesta, directa, concreta e completa, com receio de errar algo que possa provocar uma falha na sua análise critica e avaliação, pelo simples facto de estar a sofrer por antecipação, a algo que, em suma, requer somente uma breve intervenção diária da minha parte,  concentrando-me na sua realização, registando qualquer tipo de emoção, ficando terminado na próxima semana, e até lá aguardar serenamente e esquecer-me disto e seguir caminho pois como diz Jorge Palma:" Enquanto que houver estrada para andar, enquanto houver ventos e Mar a gente vai continuar!" Ora, e sendo assim, tenho de parar de perder tempo com a minha notória e patética insegurança, acabar com esta irrisória baixa auto-estima, terminar esta relação íntima com o baixo amor próprio, e não criar,  um filme de terror de baixo orçamento e péssima qualidade, por causa dum mísero papel, sem fazer uma Ode à tragédia,  que é uma farsa, um drama e comédia, derivado da minha vassalagem à indecisão,  vulnerabilidade e hesitação em relação ao meu conflito com a habituação de ver-me agrilhoado, incapaz e vítima de auto-violência doméstica só porque sim! É tempo de dizer não ao menosprezo, altura de enfrentar a besta interior do desprezo, basta de ficar sempre em depressão, de forma a construir instrumentos básicos para singrar sendo mais pragmatico, criar estruturas internas contra ficar apático, resistir à tentação de ver só o lado trágico, tratar de ver o lado mais prático, positivo e vibrar com as pequenas conquistas, abraçar mudanças sem receios e ter defesas contra os críticos, esquecer os passados ultrapassados, rompendo com os amores quezilentos, paixões hediondas, questiúnculas esquecidas, promessas vãs apagadas e sentimentos esquecidos, para sanar a alma, serenar o coração, apaziguar a mente e continuar só, em nojo, evitar tentações, rudes conexões e o caminho é sempre em frente, restante por de lado, não páro por ninguém, não me cedo a "alguém", se quiser deixe recado, que eu agora já não estou aqui, nem para ti ou a quem, já fui aquém agora estou além!

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