João Cruz Oeiras de Portugal adesão a portal.membros@spautores.pt

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23 setembro 2025

Chapéus há muitos!



 Quando era jovem era crente, acreditava em toda a gente, tudo era credível e risivel.

Diziam que ias pro céu se fosses bom.

E pro inferno se te portasses mal.

A vida era colororida e a existência destemida.  Não havia rua escura por onde fosse, nem por meio de gente estranha cruzasse.

Mais velhos metiam-se comigo para que por eles disparates dizesse, qualquer asneira pediam e nada havia que não fizesse. Depois de mim gozavam, apontavam e faziam chacota por ser pau para toda a obra, palhaço de ocasião e toda e qualquer manobra.

Depois cresci, e percebi. Ninguém dá ponto sem nó ou actua sem qualquer facturação. Está sempre tudo muito amigo, interessado, agradecido ou grato se a eles favorecer. Sejam amigos, parceiros, colegas ou interesseiros. Pois o riso é forçado, a ajuda é paga, a amizade traz interesse, a palmadinha nas costas hipócrita, e algo a ti ofertado mais tarde ou mais cedo cobrado.

Só há gente boa por orgulho, ou ego e querer se redimir de algo que o magoa ou que lhe doa! 

Há quem seja honesto talvez por insegurança ou motivo funesto! Pois se é modesto talvez seja porque não consiga ser altivo. Se há gente sensível foi por recear mexer com a  besta ou pisar a cascavel! Tem quem seja amigo do seu amigo para demonstrar que será mais que tu ou o outro mesmo todos juntos. Pessoa conselheira não é mais-valia apenas oferece acções que não conseguiu alcançar e são já coisa corriqueira. Gente calada que dá sua opinião logo não faz mais sentido que a muito falada, uma tem ideias acertadas a outra pouco acerta. Tem gente boazinha, santinha que só tem para si muita paciência, atenção e manha, pois se a ti não a dá não ha quem a queira!

Pessoas sinceras, correctas e certas não apregoam conselhos, fazem juízos e estão sempre a anunciar sua presença, antes estão quedas e mudas para e reservadas para preservar sua apetência. Outras há que dizem acontecem e são demais para esconder sua inépcia. 

Não existe favor gratuito apenas em troca do escorbuto!

Se a minha opinião magoa, doi, insulta ou incomoda eu tenho pena, mas a realidade fere mais que qualquer frase e quem não gosta não se mace, e creia naquilo que lhe aprouver e dê mais que a face!

E mais! Estarei ao meio-dia de Domingo no largo do pelourinho para apedrejamento público. Traga o seu calhau!

" E que se lixe o que ele disse" e deseje com força e verá que falece...celebre com D. Perignon e sim é da casa Moet et Chandon

Fiquei com esta atravessada, pois aqueles que dizem" Falece?..." e acham que o D. PERIGNON É DIFERENTE DO MOET ET CHANDON! E de mim fez chacota por ser um puto pobre, boçal, mentecapto e deprimente... E nunca deu o braço a torcer, agora há outra luta, mas mais desigual, entre a ética e a moral repressiva e os princípios básicos do bom senso sem qualquer intuito de os impingir. A expressão da liberdade e a liberdade de expressão!...se é que me faço entender...

"Não há riqueza como a educação e não há pobreza como a ignorância!"

"Perdoai aos pobres de espirito Senhor, pois será deles o Reino dos Céus"


A primeira, uma espécie de máxima secular, para aqueles agnósticos ou não religiosos e a segunda tem em conta os religiosos. Pelo que a primeira terá o Aval de Platão na Parábola ou mito Da "Alegoria da Caverna" enquanto a última será abençoada por Dante Alighieri da Obra "A Divina Comédia"

E naturalmente que o fado dos primeiros está bem claro; indo parar na eternidade do Nono Anel ou círculo dos infernos, enquanto os outros serão acompanhados por bandos Alados de Anjos onde os espera o descanso eterno entre o Divino, Santos e outras entidades sacrossantas....Amen...


Nota: Esta última expressão ou parágrafos finais não tem qualquer intuito de manifestar sectarismo entre pro-religiosos e seus antagónicos, visa expressar apenas as divergentes opiniões que estão separadas entre si, não numa relação de forças opostas entre a religião e sua ausência, ou seja crença e descrença, mas antes a divergente e antiquada posição da igreja e não do fiel per si... que fique bem claro...

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