João Cruz Oeiras de Portugal adesão a portal.membros@spautores.pt

Nome

Email *

Mensagem *

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Alternativa

A encosta dificil, um passo em falso e uma queda verdadeira. Observava o cimo com fé, com ganas de lá chegar. Fumava o seu último cachimbo antes da partida. Montou o cavalo. sorriu embriagado e gritou para os céus. A trote ia subindo, a respiração da sua montada ofegante e pesada. Quanto mais alto, mais lento se tornava a passada. Ria para si enquanto afagava o cavalo que subia aleatóriamente, desconhecia o trajecto e pouco se importava! Uma calmaria invadia-lhe os poros, assim como o frio cortante da montanha. Quanto faltava? Não importava, havia de chegar. Deixa-se cair para a frente, agarra-se à sela e ao dorso do cavalo. O frio aumentava, e o ar mais leve. O cavalo a tudo resistia, Subiu até não conseguir mais, à sua frente , uma pastagem verde. Por ali parou, devorando a erva fresca, quase no limiar da congelação! Por cima dele, o cavaleiro adormeceu. Sem a roupa adequada em breve sucumbiria e entraria em hipotermia. O cavalo avançou mais uns metros, olhou o horizonte, reconheceu o rancho e o relinchar de seus companheiros, cavalgou rápido até à cerca. Relinchava também em unissono! O tratador saiu da cabana, retirou o homem da montada. Levou-o para dentro. colocando-o gentilmente junto à lareira. retirou-lhe a roupa impregnada de gelo, abafou-o com as suas mantas. Tinha chegado finalmente a casa, seria um eremita agora. Longe da sociedade! Dos conceitos e dos preconceitos, das linguagens, das gentes e dos olhares. Iria substituir o tratador e viver uma hibernação social. Seria feliz, abraçaram-se e brindaram à sua nova existência.

1 comentário:

Anónimo disse...

Uma nova existência que espero feliz. Jitus.