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segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Essências


qual o objectivo da humanidade?
Quais os motivos que o fazem continuar?
Na aurora da mesma quando descemos das árvores era a sobrevivência e perpetuação da espécie. Nada mais havia para fazer e pouco nos diferenciavamos dos animais, apenas pelo cérebro e primeiras crenças, pois a imaginação e pensamento voavam e tudo nos era desconhecido.As religiões seriam básicas. haveria o deus sol, a lua, o mar, a árvore, o veado, o predador, o vento, etc.
Nos egipcios tornaram-se as divindades mais sofisticadas, nos gregos e romanos, a tecnologia aumentava a olhos vistos e havia já tempo para o ócio, para uns, à custa doutros,e os principios da ciência ainda eram rudimentares. E as divindade eram humanizadas, ou pelo menos antropomórficas.
Os homens que habitavam o planeta ainda meia-dúzia e o cruzamento de informação pouco vasto.
A técnica vai evoluindo... e na idade média surge a unificação das religiões no mundo ocidental. Havia um único Deus, belo, bondoso e perfeito(nÃO fossemos nos feitos à sua imagem). Se as desigualdade e assimetrias já se verificavam na época clássica, nesta altura agudizaram-se, haviam os nobres, o clero e o povo. Este último um fantoche na mão dos outros, a nivel laboral, cultural, social e económico.Nada se questionava, tudo o que era diferente seria eliminado, um facilitismo necessario, se não era explicado por Deus não tinha explicação logo mais valia nem se pensar nisso, o homem criou a heresia, seja lá o que isso for.
O tempo avançou e no prioncipio da idade moderna as 1ª interrogações...afinal a terra anda mesmo à volta do sol. O mundo não tinha 6 mil anos, pensou-se a concepção de um universo sem deus e uma evolucão bem terrestre das especies que vivem neste ecossistema global.
Chegou-se aos dias de hoje, a medicina avançou, um epiléctico já não era um ser possuido, um cometa já não seria um sinal divino de destruição, as doenças como causas naturais e não castigos dos céus.
Hoje em dia como no paleolitico trabalha-se para viver, para ter a casa e o carro, para procriar e estagna-se. Há demasiada informação tem-se acesso a tudo( Mundo Ocidental). A invenção da bomba atómica e com a ida às estrelas dos primeiros veículos,o homem igualava-se a deus. A descrença tomou conta deles, a certa altura nos estados unidos, já se viam ovnis por todo o lado, as seitas proliferaram. O mundo tornou-se pequeno e a informação instantanea. Já tudo está tudo feito e inventado, reformulado e repensado, cultivado e enlatado. Que sobrou? Nada que fazer, de "american way of life" propagou-se; o "dolce fare niente", os centros comerciais, a tv, a net, a comida levada a casa, o excedente monetário e o alcance de qualquer um a tudo o que é possivel e imaginário! Que procurar mais? Quando tudo já é dado de mão beijada? Criam-se tensões e assimetrias, uns adaptam-se outros não. Uns vêem o Mundo como ele é, outros vêem-no como na tv: lindo utópico e cor-de-rosa. que há mais? Nada. Há depressões, há demências, há sociopatias, psicopatias. Gente que se torna sem abrigo, gente que se torna alcoolica, toxicodependente, uns alienados, outros obcecados com o trabalho e em acumular mais riqueza, e as hipóteses expandem-se, entrecruzam-se e baralham-se. O Homem que já está no topo da cadeia alimentar, chega ao topo da curva exponêcial da evolução socio-cultural que já quase rasa o gráfico. Uns estão no Spa, no court de ténis, no jogo de bridge, no golfe, no casino, nas orgias, ocupados no algarve a esconder meninas irrequietas, outros acercam-se destes, pedem, exigem, gritam, enxovalham, fazem juizos de valor, prontos para os crucificar. Todos diferentes, todos iguais apregoa-se nas ruas! Todos esperando algo! O maná dos céus, o dia de amanhã! O ordenado na conta, o euromilhões? A decadência do ser e o acidente na auto-estrada que todos param para ver o sangue no alcatrão. a morbidez da morte ao vivo e a cores! As torres gemeas vistas a cairem vezes sem conta em camera lenta! O tsunami a consumir e a varrer milhões! Os F-16 precisos no ataque e na chacina de outros tanto no iraque! Enforcamento em directo! A morte no ecran, a vida futil de gente desconhecida e pequena que passa mal em Darfur! O big Brother, a humilhação. O tiroteio ao vivo na TVI, a destruição no Afeganistão, e os pontapés no vádio do cão! Então o homem vira-se para outros lados, já não tem alternativas neste mundo, uns para as florestas de Africa, outros para as culturas ideologicas da Asia, outros ainda embarcam em viagens, o turismo torna-se massificado, as culturas uma mescla, e há uma ausência de valores donde esta sociedade saiu, depois da revolução francesa, esbate-se e esvai-se no meio de tanta informação. A moda, a musica, a arte a filosofia estagna no final do séc XX, reinterpreta-se tudo. E que fazer? Para onde fugir? Que procurar. Sente-se perdido, o Branco ataca o Preto, O católico o muçulmano, O rico vinga-se no pobre e vice-versa. Chega-se aos extremo de quem tem tudo querer experimentar mais!Coisas novas, diferentes, perversas ou mórbidas! já não faz diferença...A pedófilia, a necrofilia, as drogas legais e ilegais, a fuga a este estilo de vida,o abraçar outras religiões, que têm como base comum praticar o bem, mas quem o faz? as nossas já não serviam, não davam alento. Então que fazer? Qual o nosso Objectivo? Viver? apenas? trabalhar para morrer? Como condenar o outro se nós próprios estamos condenados? como viver sabendo que não há mais nada? Os assassinios, os rebarbardos, os outsiders, alcoolicos, doidos, freaks, proliferam! Estarão eles mal? Quem tem consciência no mundo em que vive e se refugia em si, é culpado de quê? E aquele que durante 50 anos vive para o trabalho e morre tal qual como nasceu? Qual será o modo mais correcto? Poderemos nós criticar? Poderemos nós apontar o dedo? Nesta sociedade com classes, que classe temos nós? E numa sem classes? Que há pra classificar? Para igualar? O outro é pior que nós? A nossa vida é melhor que a deles? Quem tem razão num mundo sem ela? Não serão todos caminhos que vão dar ao mesmo fim? O mundo está perdido e nós também...Quem pode dizer que vive bem? Como se faz isso? Não se pensa? Não se sente? não se emociona? racionaliza-se tudo? O quê? Caminhamos então para a auto-destruição? Não obrigado...eu estou perdido também? Talvez. Mas quem é que me vai indicar a " salvação"?!!! Deus? Qual deles? E será que os nossos motivos e objectivos são diferentes das outras espécies?

3 comentários:

Anónimo disse...

Até à Idade Média o Homem lutou pela sobrevivência. Não havia dinheiro e saúde. As doenças proliferavam pelos os humanos. Muita gente morria, sem qualquer tipo de condições de vida. Nessa altura, lutava-se pela sobrevivência. Os cerebros mantinham-se demasiado ocupados com a esperança de se ter o que comer, de não se apanhar uma simples gripe, de não morrer em guerras e batalhas. A vida era dura para a maioria das pessoas. O clero era quem ditava as leis do Universo. Ou estavas do lado de Deus ou do Diabo. Ou vivias ou morrias...
A Igreja defendia que o Sol e as estrelas giravam à volta do nosso planeta. E por volta de 1600, demonstrou-se o contrário. O povo, habituado a ser completamente guiado pelo Clero, sente-se perdido e desorientado. É o caos!! As desconfianças relativamente a Deus iniciam-se. Tudo começa a ser posto em causa. Começa a Idade Moderna. A desorientação espiritual é nítida, e então o Homem é "forçado" a virar-se para o material, para a segurança material. A luta pela sobrevivência termina aqui. Esta é garantida. Os sistemas sociais do mundo ocidental, permitem que exista o mínimo de condições de vida. Na generalidade essa preocupação é, finalmente ultrapassada. A segurança material conseguiu colocar de lado a insegurança espiritual. A nossa razão de viver passa a ser a luta por uma posição social confortável... esquecemos o plano espiritual... Os nossos objectivos foram todos atingidos: casa, carro, filhos...
Que estamos então aqui a fazer? Sim, voltamos a questionar-nos... O material não preenche o espiritual... de todo. O que nos falta, então?
A evolução espiritual.
Daí algumas pessoas possuírem o seu Castelo, o seu mundo...
Estou cá, não para ser rica, nem tão pouco para ter uma boa casa e bom carro.
Estou cá para evoluir como ser humano, para evoluir espiritualmente, para transmitir os meus preciosos valores aos meus filhos, para contribuir para um Mundo ainda melhor, para amar e ser amada. Para VIVER... Sim, chega. É suficiente...

Cruztáceo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cruztáceo disse...

será?