Não era capaz de estar sem voar. Era um objectivo, um divertimento e uma obrigação. daqui para ali, e dali para acolá. Pairava olhando o céu, acelerava. Parava e poisava olhando o chão à distância. A gravidade não fazia parte da física, ignorava-a. Por isso continuava sempre a dar à asa! Um dia passou por um seu semelhante que sorria e dengoso numa planta esperava.
- Que esperas? perguntou.
- Uma variação no meu campo de visão.
- Mas se não te moves como a vês.
- Não sei mas tenho esperança.
- E achas que é aqui que a encontras?
- O quê? a esperança?
- Talvez, se é isso que procuras.
- Não, não foi isso que respondi, nem é isso que procuro.
- Mas porque estás aqui então?
- Porque de todos os lados se vê o mesmo.
- E não é maçador?
- Quem sabe...mas e tu? não te maças a voar?
- Pelo menos vejo sitios diferentes!
- E não acabam por parecer todos iguais?
- Alguns sim, outros não.
- E porque não ficas por lá?
- Onde? nos que são diferentes?
- Sim...
- porque gosto de voar para outro sítios!
- mas quais? Os que são iguais?
- Não ! Não ! os que são iguais ou diferentes não interessa!
- então porque te interessa que eu esteja aqui no mesmo sítio
- Porque é diferente do que eu faço.
- Mas ambos não olhamos as diferenças?
- Bom, em certa parte sim...
- Então fazemos assim, tu voas e eu fico aqui.
Um voou, outro não. A vida não mudou mas nada igual ficou.
Moral da história: Todos são iguais. ( Dentro da diferença)
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
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1 comentário:
Sim, somos parecidos. A base é a mesma, o topo é diferente... ou será que não?
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