Que dia preenchido e rico musicalmente que tive. Um concerto do Jorge Palma na Estação de Metro do cais do Sodré, para "relembrar os velhos tempos". Um espaço enorme, mas pequeno para conter a quantidade de gente que já o esperava, e os curiosos que iam passando e por ali ficavam. Uma duzia e meia de músicas, explorando o último album e os "hits" de outrora. É raro ir a um concerto gratuito e num espaço público, onde a audiência esteja toda em sintonia, com um sorriso de satisfação e trauteando as canções em uníssono. É nessas alturas que a pouca fé que temos na humanidade ressurge e nos dá esperança. Pena é que seja apenas nestas alturas que as gentes se unam.
Após o concerto encontrei uma amiga e fomos beber uma cerveja a um tasco ali perto. Lá, estavam outros amigos recentes,com um amigo que me esperava. Comiam algo no intervalo de um ensaio, e em breve nos abandonaram, sendo rápidamente substituidos por um acaso, por outro grupo de amigos, estes que se dedicam à musica. Foi nostálgico ouvir dum telemóvel certas músicas há muito esquecidas e em conversa recordar bandas como Peste & Sida, Censurados, Ocaso Épico, Mler If Dada, Pop Dell´arte, Madredeus, Herois do Mar, Sétima Legião etc...Foi também curioso relembrar a quantidade de espaços que havia para concertos em Lisboa, o Rock Rendez Vous, O Johnny Guitar, As palmeiras na rua da palma, entre outros. Comparando com o panorama musical destes nossos novos tempos fica-se com a impressão que falta algo, a música estagnou, não evolui muito mais, e parámos no tempo, salvaguardadas as devidas excepções. Dali seguimos para a Crew Hassan, onde iria ser o espectáculo duma daquelas novas bandas de valor acrescentado que serão os Projecto Atma ( www.myspace.com/projectoatma ), uma revelação neste planeta audiovisual moribundo. aqui fica a minha homenagem a todos eles e um semblante carregado de melancolia...
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
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5 comentários:
Gostava de ter lá estado... :|
Para ser um dia mais que perfeito tinhas de lá estar...
as ligeiras distorções da realidade... sacrificada pelo fim poético? não me parece mal...
Como li algures "A saudade define a certeza"...
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