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terça-feira, 9 de outubro de 2007

Corpo são em mente vazia

O individuo encontrava-se ciente aquando da sua entrada no bar. Os clientes olhavam-no curiosos. Sentou-se. Pediu uma cerveja e amendoins. O empregado negou-se a servi-lo. Apresentava sinais notórios de consciência, de lucidez e de percepção clara da realidade. Sem mais demoras a gerência chama a policia mental. O Cliente debate-se e discute com quem o prende. É levado à esquadra. Amarrado a uma cadeira, com uma venda nos olhos, e de boca tapada. Fazem-se os preparativos, o material esterilzado, o psicóloo a postos, os visores em espera. Entubado, electrocutado e perturbado. Era este o seu estado. As mensagens subliminares, as emoções controladas, os estados de consciência induzidos por imagens e sons. Estava pronto. Calmo. De olhar vazio, sem expressão... Pronto para sair para o Mundo. Iniciar uma nova vida. Um homem novo. Não mais criticaria. Nunca mais poria em causa o sistema, jamais veria as injustiças e crueldades. Incapacitado de ter qualquer ética ou moral que não a imposta. Um homem novo! E o mundo continuaria seguro.

1 comentário:

Anónimo disse...

A minha esperança de que os conscientes e lúcidos sobreviverão não morre...