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segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Fábula


As cores perdiam o brilho na noite vazia, e os tons pardacentos cresciam assim como se criavam cenários de fantasia. Neste caos animalesco muita gente havia.Um corvo piava pela escuridão dentro, enquanto a Lua enchia. O Morcego gritava em ultrasom e ninguém ouvia, mas falava de coisas doces, insectos e poesia. Um cão tardio uivava à Lua que aparecia. Um rato da coruja se escondia, a Coruja das sombras se erguia. Naquele instante ninguém a Lua reconhecia. O Corvo pensava que era sol que não o aquecia. O Morcego olhava-a e contava aos outros que nunca a via. O cão dormente nada dizia. No meio da barafunda apareceu um rato que disse que se mais baixo tivesse que a comia! Todos o chamaram de fala-barato e ninguém o ouvia. A noite e a madrugada em parceria, sorriam ao ver nascer o dia. O Veu negro passou, o vento amainou, todos se calaram, veio o sol e não é que se fez mesmo dia?! ******************************************************************************************************

1 comentário:

Porcelain disse...

Cenários de fantasia criam-se todos os dias ao fim do dia quando a noite desce... e tapa o dia com o seu manto escuro, silenciando os raios de sol e a sua barulheira, substituindo os sons do que se vê pelos sons do que se não vê...

Cenários de fantasia... que coisa é essa que torna a noite tão misteriosa e tão fascinante? Que força é esta que move tantos de nós, como eu, em direcção ao desconhecido e que torna o que se conhece e se vê facilmente não tão interessante? É uma força daquelas como as das leis da natureza a que físicos e químicos dão voz, ou procuram dar voz, como aquela que diz que quando uma coisa falta num sítio, vem logo coisa dessa de outro sítio lá perto preencher essa lacuna...a tendência para o equilíbrio... ou a tendência para o caos?

E agora nunca mais daqui saía...

:-))