Na trincheira o Soldado tinha perdido os seus companheiros, o General morto há dois dias que cheirava a carne em decomposição era carvão, pelo binóculo observava no horizonte o inimigo. Vivalma. Barulhos de explosões preenchiam o seu espaço, olhava em volta e nada. sons de vozes mecânicas voavam por cima, pedindo a rendição e capitulação. Alucinava. Agachado dentro do seu tanque camuflado e meio enterrado, disparava um último morteiro sem apontar, como que a dizer que ainda ali estava. Tapou os ouvidos e seguiu o caminho do projéctil que se despenhava sobre a trincheira adversária. Não sabia o resultado de tal acção. O rádio avariado, transmitia interferências, o radar partido nada indicava. Não iria abandonar o seu posto, teria de procurar munições, avançou uma trincheira e procurou no meio dos escombros algum cadáver recente para se alimentar e munições para carregar a sua M4-mk. Não havia carne nos corpos e tudo estava incinerado e calcinado. Achou um par de granadas e um cantil. Era o seu dia de sorte naquela trincheira.Tirou a cabeça de fora e a poeira começava a assentar. seguiu em frente, caminhou quilómetros, alcançou uma floresta, composta apenas por troncos quebrados e negros sem uma única folha ou ramo. Subia por uma colina, que antigamente vibrava de vida, com o chilrear dos pássaros e os barulhos de raposas e lebres que passavam entre a vegetação, agora a terra estava petrificada e a floresta tinha desaparecido, sabia que dou outro lado, no vale havia uma vila, chegou ao cume e viu uma massa de cimento e cinza, as casas sumiram-se o alcatrão das ruas misturava-se com o metal retorcido dos carros e de esqueletos a eles grudados. Procurava um sinal de vida naquela paisagem horizontal negra, perdia-se, não distinguia as ruas das construções, tudo era uma amalgama de escombros cravados no chão e arrastados pela terra. Encontrou por acaso um abrigo, entrou e viu pela primeira vez cores. Uma escada de mármore, um corrimão de metal levavam-no a uma cave, descobriu uma adega, uma mesa comprida no centro, com dois banco um de cada lado com o mesmo comprimento da mesa. As paredes com fileiras e fileiras de garrafas armazenadas e na parede do fundo, presos com pregos presuntos e chouriços formavam um fumeiro. Sacou dum presunto, e de duas garrafas. sentou-se na mesa e comeu desalmadamente. Quase que rebentava de tão cheio, esboçou um sorriso por encontrar algo familiar, o que antes seria um lar. Acabou por adormecer estendido com os braços e a cabeça sobre a mesa. Não sabe quanto tempo tinha dormido. levantou-se pegando numa garrafa, por detrás dos enchidos uma pequena porta, estava fechada à chave. Disparou á fechadura e arrombou-a em seguida, lá dentro uma sala de garagem. Havia um carro antigo, várias ferramentas, pneus por todo o lado, e sentia cheiro a óleo, havia um portão que a muito custo abriu para fora, encontrava-se no meio da vila outra vez. caminhava sem destino, olhava à volta e observava a morte em todas as direcções, deitou a arma fora, o uniforme e as botas. Entrou novamente, fechou a porta, e sentou-se novamente. Pôs a mesa, dispôs os enchidos por categorias e garrafas de diferentes anos e qualidade à sua frente. Deu graças e começou a cear. Era o talvez o último homem, venceu a batalha portanto, estava em casa, reconstruiria um lar e a vila! Auto-intitulou-se de presidente da câmara e deu vivas! Tudo isto merecia um festim!
terça-feira, 23 de setembro de 2008
O festim( versão 1z)
Na trincheira o Soldado tinha perdido os seus companheiros, o General morto há dois dias que cheirava a carne em decomposição era carvão, pelo binóculo observava no horizonte o inimigo. Vivalma. Barulhos de explosões preenchiam o seu espaço, olhava em volta e nada. sons de vozes mecânicas voavam por cima, pedindo a rendição e capitulação. Alucinava. Agachado dentro do seu tanque camuflado e meio enterrado, disparava um último morteiro sem apontar, como que a dizer que ainda ali estava. Tapou os ouvidos e seguiu o caminho do projéctil que se despenhava sobre a trincheira adversária. Não sabia o resultado de tal acção. O rádio avariado, transmitia interferências, o radar partido nada indicava. Não iria abandonar o seu posto, teria de procurar munições, avançou uma trincheira e procurou no meio dos escombros algum cadáver recente para se alimentar e munições para carregar a sua M4-mk. Não havia carne nos corpos e tudo estava incinerado e calcinado. Achou um par de granadas e um cantil. Era o seu dia de sorte naquela trincheira.Tirou a cabeça de fora e a poeira começava a assentar. seguiu em frente, caminhou quilómetros, alcançou uma floresta, composta apenas por troncos quebrados e negros sem uma única folha ou ramo. Subia por uma colina, que antigamente vibrava de vida, com o chilrear dos pássaros e os barulhos de raposas e lebres que passavam entre a vegetação, agora a terra estava petrificada e a floresta tinha desaparecido, sabia que dou outro lado, no vale havia uma vila, chegou ao cume e viu uma massa de cimento e cinza, as casas sumiram-se o alcatrão das ruas misturava-se com o metal retorcido dos carros e de esqueletos a eles grudados. Procurava um sinal de vida naquela paisagem horizontal negra, perdia-se, não distinguia as ruas das construções, tudo era uma amalgama de escombros cravados no chão e arrastados pela terra. Encontrou por acaso um abrigo, entrou e viu pela primeira vez cores. Uma escada de mármore, um corrimão de metal levavam-no a uma cave, descobriu uma adega, uma mesa comprida no centro, com dois banco um de cada lado com o mesmo comprimento da mesa. As paredes com fileiras e fileiras de garrafas armazenadas e na parede do fundo, presos com pregos presuntos e chouriços formavam um fumeiro. Sacou dum presunto, e de duas garrafas. sentou-se na mesa e comeu desalmadamente. Quase que rebentava de tão cheio, esboçou um sorriso por encontrar algo familiar, o que antes seria um lar. Acabou por adormecer estendido com os braços e a cabeça sobre a mesa. Não sabe quanto tempo tinha dormido. levantou-se pegando numa garrafa, por detrás dos enchidos uma pequena porta, estava fechada à chave. Disparou á fechadura e arrombou-a em seguida, lá dentro uma sala de garagem. Havia um carro antigo, várias ferramentas, pneus por todo o lado, e sentia cheiro a óleo, havia um portão que a muito custo abriu para fora, encontrava-se no meio da vila outra vez. caminhava sem destino, olhava à volta e observava a morte em todas as direcções, deitou a arma fora, o uniforme e as botas. Entrou novamente, fechou a porta, e sentou-se novamente. Pôs a mesa, dispôs os enchidos por categorias e garrafas de diferentes anos e qualidade à sua frente. Deu graças e começou a cear. Era o talvez o último homem, venceu a batalha portanto, estava em casa, reconstruiria um lar e a vila! Auto-intitulou-se de presidente da câmara e deu vivas! Tudo isto merecia um festim!
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