João Cruz Oeiras de Portugal adesão a portal.membros@spautores.pt

Nome

Email *

Mensagem *

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

A mensagem

Colocam uma mensagem numa garrafa, atiram-na ao Tejo, a maré vazava. Saiu da Barra, vê ao perto o Forte de São Julião e do outro lado o Bugio, escapa à onduçação da Caparica e por um capricho dos ventos e do efeito de Coriolis segue a nortada, com o mar mais calmo e já quase em pleno Oceano, e dirigiu-se ao largo de Cascais e despede-se. Ai, e por força da corrente atlântica subiu o continente, passa o Guincho, já não espreita Sintra e evita o cabo da Roca.Por ai rebolou nas vagas, para cima e para baixo. Sujeita à corrente do Golfo continua a subir, passa as Berlengas, afasta-se evitando a foz do Mondego, e o Cabo com o mesmo nome com as sua Trilobites e Amonites, prossegue peninsula acima e passa célere por Espinho e vê ao longe o Porto, sai do nosso País , contorna a costa da Morte e vai por ali acima numa maré mais forte. A corrente do Golfo apanha-a e força-a a subir. Passam dias sem que veja nada, deixa a costa da Irlanda e navega já a caminho do Oceano Artico, ai a salinidade diminui e acelera, o frio quase a parte, mas derivado à pouca amplitude térmica segue caminho. Chega à costa, e tudo é gelado, uma foca brinca com ela, uma orca vê-a e segue-a!A garrafa bate-lhe forte no focinho por causa da ondulação, a foca escapa ilesa,e a garrafa, testemunha deste evento, dá à costa perto da Gronelandia. A Orca com fome, procura mais um mamifero incauto, um pescador baleeiro, que vê a garrafa, entusiasmado, atira-se à àgua e apanha-a, a orca de atalaia apanha-o e em duas dentadas, engole-o. A família espera-o para jantar, não aparece mais, dão-no como desaparecido, era o ganha pão daquela gente, o filho por depressão torna-se toxicodependente, a filha foge com o faroleiro, a mãe sem recursos, ruma a Toronto onde se torna prostituta. A garrafa é apanhada nas redes dum barco da apanha do bacalhau. Chega a Viana do castelo, o peixe congelado é descarregado, no meio, uma garrafa. Tiram-lhe a rolha. Lá dentro algo profético:

"Pela boca morre o peixe"

1 comentário:

Porcelain disse...

:-| Os teus finais são como os da Sophia de Mello Breyner, e os da Ilse Losa e os do Alexandre Dumas... acho que quando fores crescido vais ser um grande escritor, mas por outro lado, nada original (em termos de finais eheheh, apenas isso!! :-D)

Bjokas!